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domingo, 3 de novembro de 2013

O inglês nas escolas públicas no Brasil - Geração de Valor

QUEM LER ATÉ O FINAL VAI GANHAR UM PICOLÉ.

Hoje eu tive uma conversa muito agradável com uma família portuguesa. Como cheguei atrasado no almoço, porque estava no primeiro hangout do GV, foi inevitável que eles perguntassem muito sobre o evento e o seu conteúdo.

Depois de conversarmos bastante sobre o GV, uma das pessoas que é professora numa Universidade, perguntou-me sobre qual seria a minha opinião a respeito do ensino de empreendedorismo nas Universidades, pois apesar de existir esta cadeira, ela me questionou o fato de ser tão ineficiente.

Em minha resposta, fiz uma analogia sobre a primeira empresa que eu fundei, a WiseUp, que vendi recentemente.

Esta foi a minha resposta:

"No Brasil, apenas 3% da população fala inglês, mesmo considerando que em todas as escolas públicas e privadas, estuda-se inglês a partir do ensino fundamental até o final do ensino médio. Ou seja, um aluno que entra na Universidade, no Brasil, no mínimo, ele estudou inglês por 10 anos, tempo suficiente para se aprender inglês, mas como isso não acontece, esta é a razão pela qual existem dezenas de marcas de escolas de inglês no País.

Mas por que a escola é tão incompetente? Convidei para a reflexão. Por algumas razões bem simples:

1. 95% dos professores de inglês das escolas não sabem falar inglês com fluência. Simples assim. A condição para se dar aulas de inglês, segundo o MEC, é que o professor seja formado em letras e ninguém aprende a falar inglês na faculdade de letras. Na faculdade eles aprendem a gramática e pedagogia para ensinar a gramática, mas não são aptos em sua maioria a falar o idioma com fluência.

2. Não há metodologia de ensino. As escolas adotam livros, muitas vezes importados, mas não há uma construção metodológica que crie nexo entre o conteúdo transmitido em cada série, além do que o foco não está na fluência da língua.

3. Há um grande desnível entre os alunos, pois alguns fazem curso de inglês e outros não, além de estudarem geralmente numa turma enorme com 40 alunos.

O resultado da combinação desses três fatores é o fracasso absoluto das escolas no ensino de inglês. Pense comigo, se o próprio professor não sabe falar a língua com fluência, como ele seria capaz de ensiná-la? Pra concluir, se a escola fosse competente, simplesmente não existiriam tantos cursos de inglês no Brasil."

Para estudar história, bilologia, geografia, dentre outras matérias básicas, basta ler um livro; mas para falar inglês é preciso ter um professor que domina a língua, que tenha uma metodologia e que o aluno pratique bastante para desenvolver a sua performance no idioma.

Pra concluir, expliquei que EMPREENDEDORISMO é como ensino de idiomas, pois é uma questão de performance. Não é possível alguém que nunca empreendeu com sucesso ensinar empreendedorismo, apenas porque estudou, gosta do assunto ou leu livros sobre o tema, ainda que faça isso com muito carisma e entusiasmo. Neste caso, não basta ter entusiasmo, pois, por mais bem intencionado que seja o professor ou com todo suporte da pedagogia que aprendeu, jamais terá a autoridade e nem a experiência para ensinar os seus alunos a arte de empreender como no mundo real.

Este conceito vale para a vida. Na hora de adotar referenciais, olhe para a OBRA, para o tamanho dos resultados e conquistas concretas alcançadas pela pessoa que você deseja seguir. Avalie bem se, ao ser guiado por esta possível referência, você não está correndo o risco de se tornar um cego sendo conduzido por outro cego com a missão de atravessar a avenida Brasil em pleno horário de pico. Seria uma tragédia...
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Item Reviewed: O inglês nas escolas públicas no Brasil - Geração de Valor Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli