Feminismo em questão : O erro da
comunidade da real
Primeiramente olá a todos. Sejam
bem vindos. Hoje falaremos sobre o feminismo e a abordagem da Comunidade da
Real em relação ao feminismo. O objetivo é esclarecer ideias e paradigmas, é
claro que eles me tornaram o inimigo por isso, mas isso é bom.
Feminismo e o Machismo
Se procurar no dicionário o
significado de machismo e feminismo, a primeira resposta deve estar mais ou
menos assim:
Machismo : 1. Características de
macho. 2. Preconceito em relação a mulher.
O feminismo segue a mesma linha de
raciocínio: 1. Características de fêmeas e 2. Luta por igualdade.
Com as definições prontas, podemos
partir para o argumento central.
Nos baseando que machismo e
feminismo são características de machos e fêmeas (no nosso caso, homem e
mulher), querendo ou não, todo homem é machista pois possuí as características
de macho e toda mulher é feminista pois possuí as características de fêmeas.
Espero que compreenda que está
primeira parte do argumento não tem a ver com a segunda parte, que irei
explicar agora.
A segunda parte deste argumento se
baseia, na segunda definição de machismo e de feminismo.
O machismo como preconceito é toda
forma de demonstrar que a mulher é inferior e merece ter menos direitos,
salário menor, se colocar no lugar de ‘mulher’, ser submissa ao marido e ao
homem no geral, entre diversas outras. Alguns homens se encaixam nesta
categoria. E de fato, temos diversas evidencias em nosso passado não muito
distante, do qual demonstra a posição social da mulher com inferioridade. Só
para constar isso também foi feito contra os negros, índios e etc, tal como com
os judeus e os nazistas. A diferença entre a escravidão, a perseguição dos
judeus e da mulher, é que a prisão da mulher era uma prisão com melhores
direitos e maior pressão social. E também por um recurso básico de procriação e
prazer, se não fosse por esses motivos, acredito que o homem neste caso, teria
feito o mesmo que fez com os negros, judeus, entre diversos, teria feito o
mesmo com a mulher. A prisão da mulher no passado era mais cômoda, por assim
dizer.
Esse preconceito machista de fato
existiu, de tal forma que ganhou foco mundial. Até hoje podemos ver os
vestígios de um passado dominado por homens com este preconceito. Em diversas
culturas, a mulher deve se portar, andar e se vestir, como o costume manda,
obrigação de casar com pessoas que não querem casar, obrigação de ser submissa
a seu marido, em muitos casos até apanhar dele. Não podem fazer sexo antes do
casamento, se não serão condenadas, em alguns lugares a pena para isso é a
morte por apedrejamento (vestígios de um passado radical e assustador). Segundo
a Onu, cerca de 5 mil mulheres morrem por ano por causa da ‘honra’ criada por
um passado machista, mantendo esse costume até os dias de hoje.
É claro que este passado surgiu a
sociedade moderna, mas ainda está sociedade nos mostra como nosso passado foi
um lugar sóbrio, escuro, do qual injustiças e posições não justificáveis
surgiam como algo bom e que deveria ser feito.
Neste caso, hoje, podemos separar
os homens em dois, os que ainda
acreditam que a mulher é inferior e os que não veem a mulher como inferior.
Aqui vamos separar esse ponto de
inferioridade:
Inferior tem como definição a
pessoa ou individuo que não possuí a mesma capacidade que outro individuo. Por
exemplo, o homem mais forte do mundo e o homem mais fraco do mundo, o homem
mais fraco do mundo é inferior ao homem mais forte do mundo, em relação a
força.
Jon Jones lutador do UFC é o
melhor lutador em sua categoria até o momento, isso implica que outros lutadores
na mesma categoria tendem a serem inferiores ao campeão.
Quando é utilizado a questão de
inferioridade em relação a mulher, devemos utilizar o mesmo requisito do
exemplo acima. Existem razões pelas quais homens e mulheres em muitas coisas
não lutam de igual para igual, e em outras ambos podem competir juntos, e em
outras a mulher será superior ao homem.
Um exemplo de separação e para
deixar algo mais justo, são os esportes, que podem ser separados em três:
Ø
Homens;
Ø
Mulheres;
Ø
Ambos;
Nos esportes onde somente homens
participam existem razões pelas quais a mulher não deve participar, e sim é
baseado na inferioridade não da mulher, mas da característica utilizada. Como
no esporte futebol e diversos outros. Podemos perceber que certas
características impedem homens e mulheres de participarem de certos esportes na
mesma categoria. Como no UFC.
Existe sim essa questão de
inferioridade, não pelo fato da mulher ser inferior ao homem, mas pelo fato de
certas características serem inferiores. Isso de forma alguma quer dizer que a
mulher é inferior ao homem, mas sim que algumas dessas características impedem,
querendo ou não, do homem e da mulher competirem na mesma categoria.
Em outros esportes como o poker,
xadrez, formula 1, corrida no geral, entre diversos outros esportes, homens e
mulheres possuem características em equilíbrio, o que permite que ambos lutem e
participem de esportes sem a necessidade de separação pela inferioridade.
Em alguns casos, ainda hoje, o que
é uma vergonha, certos esportes são considerados de ‘homem’ (sim, utilizando o
velho e antigo machismo como preconceito de inferioridade da mulher), da mesma
forma que algumas pessoas nos dias de hoje, ainda demonstram traços de racismo,
traços do nazismo, e assim por diante.
Agora que compreendemos melhor
sobre inferioridade e onde ela deve ser aplicada e o porque, podemos perceber
que neste caso, a inferioridade entre os gêneros é baseada em características
pelas quais homens e mulheres podem estar em equilíbrio na mesma página, mas em
certos casos, as características entre os gêneros divergem, obrigando a
separação através da inferioridade.
Caso duvide ou queira negar tudo
isso que disse até o momento, basta colocar dois times do futebol para jogar um
contra o outro, um totalmente de mulheres e outro totalmente de homens. No UFC
colocar Jon Jones x a campeã na mesma categoria. Eu garanto que nestes casos, a
mulher teria grandes problemas baseando-se na inferioridade das características
e não em relação a inferioridade através do preconceito.
Antes de entrarmos em assuntos
como salário, como surgiu a luta pelos direitos iguais e diversas outras
coisas, vamos entrar de vez no assunto feminismo e na conclusão abordaremos o
que a real diz a respeito de tudo isso.
O Feminismo além das
características de fêmeas é a luta por direitos iguais. Assim como foi a luta
pela libertação da escravidão e da guerra mundial contra o nazismo.
Está guerra por direitos acontece
a muito, mas a muito tempo. Nossa história é repleta de exemplos, como guerras,
mortes, injustiças e assim por diante.
A Luta da mulher é mais uma em
meio a tantas lutas. O problema neste ponto é que, muitas pessoas compreendem
de forma equivocada o feminismo. Muitas vezes, chamando todas as mulheres de
feministas baseando-se na pressão social do momento. A Comunidade da Real é
excelente em fazer isso. Em diversos artigos e debates, eles demonstram essa
posição equivocada e se posicionam contra todas as formas de feminismo.
Para a comunidade da real, assim
como para muitas outras pessoas, o feminismo é uma coisa só. Eles não enxergam
o feminismo como ele realmente é.
Antes de sair me chamando de
feminista, tenha a decência de ler o texto e até o final para depois tirar sua
conclusões precipitadas.
A Categoria Feminismo se divide em
diversas subcategorias. Assim como os Peixes possuem subcategorias, assim como
no futebol existem divisões separadas por idade ou pela superioridade de certos
times.
Dentro do feminismo existem
diversas subcategorias, tais como:
Ø
Feminismo tradicional;
Ø
Feminismo Radical;
Ø
Feminismo Conservador ou Liberal;
Entre diversos outros. Para saber
mais Clique Aqui.
O feminismo Radical é o feminismo
que tem tido grande visibilidade principalmente pela mídia. Por esse fato,
muitas pessoas dizem que o feminismo no geral, é somente o feminismo radical.
Ao qual não busca apenas direitos iguais, busca sobrepuja-lo.
Elas literalmente veem os homens
(no geral) como o problema. Elas atacam costumes, saem sem roupa nas ruas, com
cartazes do tipo ‘meu corpo me pertence’ como se nós não soubéssemos disso.
Isso é tão estranho pra mim ao menos, ver uma mulher chegar a se impor desta
forma. De fato o corpo é dela e ela faz o que quiser, agora, chegar a sair na
rua com um cartaz com algo desta forma, demonstra duas coisas:
1.
Ela está lutando contra os homens que querem
impor regras sobre o corpo da mulher;
2.
Achar que não merece críticas pelo comportamento
que escolheu.
No feminismo radical, os dois
pontos acima são válidos. Disso porque, neste tipo de feminismo, não é baseado
na maturidade. Caso o fosse, essas mulheres não achariam ruim ouvir certas
críticas pelo comportamento que escolheu. Eu mesmo já debate com mulheres
dentro deste tipo de feminismo, ao qual, pelo fato de eu demonstrar o equivoco
na argumentação, elas me colocaram como um homem machista (no sentido
pejorativo da palavra) ao qual eu estava indo contra o direito e a maneira como
ela escolheu para se ‘impor’ (acredito que está é a palavra correta) contra o
machismo (preconceito).
Não foi apenas com uma mulher
dessas que debati, mas no geral, os debates eram os mesmo. Demonstrava as
falhas e elas ignoravam e me taxavam de inimigo, machista, patriarca e assim
por diante.
Este tipo de feminismo é um
problema, assim como o machista que acha que a mulher é inferior.
Em compensação existem outros
tipos de feminismo, por exemplo, o feminismo Conservador. Este tipo de
feminismo, se coloca contra o feminismo radical, o problema é que, muitas
mulheres que pertencem a diferentes tipos de feminismo não compreendem essa
separação entre as subcategorias, e compreendem o feminismo como algo único e
geral, então elas se colocam contra o feminismo no geral, normalmente segue a
frase abaixo:
Mulheres contra o feminismo.
O que acaba sendo uma contradição,
pois o feminismo em primeiro lugar são as características de fêmea, o correto é
dizer a frase abaixo:
Mulheres contra o feminismo
Radical.
Agora a frase faz todo o sentido
ao meu ver.
Uma mulher feminista conservadora,
que também pode ser chamada de mulher conservadora, possuí suas bases voltadas
para as características de fêmeas, muito parecidas como em um passado não muito
distante.
Assim como no feminismo
tradicional, a maneira escolhida para lutar pelos direitos iguais, é de forma
totalmente diferente da encontrada no feminismo radical. Se as mulheres
tradicionais e conservadores, saírem para fazer uma caminhada contra a
inferioridade da mulher, garanto que não verá agressões a outras pessoas ou ao
menos terá em quantidade bem menor, não verá elas tirando a roupa ou saindo
quase peladas nas ruas.
Existem sim essa diferença entre
os tipos de feminismo. Tanto que a mulher conservadora ou tradicional,
preferirá os meus coerentes para conquistar seu espaço, e não o fará como
obrigação.
Por outro lado, mesmo que o
feminismo radical não seja algo positivo a curto, médio ou longo prazo, as
mulheres dentro do feminismo radical, conseguem a atenção da mídia, por causa
disso, a mulher fica em foco. Como por exemplo, fazer a passeata das vadias,
sair sem roupa em espaço público, serem presas por agressão, por invadir
propriedade particular, por forçar as pessoas a não terem certos costumes. Isso
por mais negativo que seja, chama atenção.
Por outro lado, é também criado
uma onda, ou se preferir uma pressão social, da qual faz muitas pessoas, verem
o feminismo e suas categorias, como sendo único e somente, o feminismo radical.
Isso acontece com frequência.
Essa pressão social, faz as
pessoas enxergarem somente aquilo que foi colocado diante de seus olhos. Isso
impede que a pessoa veja além ou aceite uma nova visão sobre as crenças e o
mundo a sua volta.
Na comunidade da real, por este
erro simples e fácil de ser percebido, eles chamam todas as feministas de
feminaze. Que foi uma forma pejorativa para rebaixar e ofender esse tipo de
mulher. O problema com isso é que eles se referem a todas as feministas. Eles
não separam o joio do trigo.
Eles tendem a debater contra
feministas radicais, mas como não possuem o conhecimento para fazer a separação
correta dos tipos de feminismo, eles dizem que toda feminista (no geral,
falácia da generalização) pertencem a mesma categoria.
Se a mulher não possuí
características de fêmea, ela possuí características do que¿ do machismo¿ Você
mesmo pode chegar a conclusão que não.
Neste caso, a comunidade da real,
assim como outros milhares de pessoas que não fazem parte desta comunidade,
cometem o mesmo equivoco.
O movimento teve inicio do
feminismo teve um inicio simples. Naquele inicio, o movimento feminista era
visto como um movimento conservador. Iniciou-se em relação ao trabalho, ao qual
a mulher trabalhava tanto quanto o homem, mas não recebia a mesma quantia e
muito mesmo direitos iguais.
Este inicio do movimento,
enfrentou muitos problemas, pois era um costume de que a mulher tinha a
obrigação de ser submissa ao homem, era vista como inferior e por isso recebia
salário menor e direitos inferiores.
Por incrível que pareça, no inicio
este movimento não se chamava como hoje é aceito como movimento feminista, foi
simplesmente um grupo de mulheres que decidiram se unir e lutar por direito
igualitário ou próximo a isso em salário, horário e direito oferecido pelo
sindicato.
Esse movimento de libertação, além
de enfrentar ameaças, tanto de homens como de muitas mulheres, esse movimento
continuo. Não parou e se espalhou pelo mundo.
No inicio deste movimento, as
mulheres não saiam praticamente nuas na rua, evitavam a agressão e muito menos
não destruíam patrimônios públicos. Cartazes, gritos de libertação, canções,
era o que era visto naquela época.
Ao compreender como as mulheres
começaram a conquistar seu espaço profissional, assim que os maridos perceberam
o dinheiro aumentando, muitos desses homens ficaram satisfeitos, mas ainda sim,
muitos outros, viam a mulher como, deve cuidar de casa, deve abaixar a cabeça
para seu homem, ser submissa, cuidar dos filhos e da casa.
Nos dias atuais, essa ideia de
machismo é ultrapassada. Não é uma obrigação apenas da mulher cuidar da casa e
dos filhos, mas é uma obrigação do homem também. Algumas mulheres gostam desse
tipo de posição, ser submissa, cuidar da casa e dos filhos, outras mulheres
preferem uma igualdade entre o homem e mulher. Cuidar dos filhos é uma
obrigação dos dois, arrumar e organizar a casa é uma obrigação dos dois. Alguns
podem pagar empregadas outros não.
Algumas pessoas não compreendem
que pode parecer que não, mas o serviço da mulher neste aspecto, de submissão,
pode ser algo muito cansativo, nos dias atuais. A mulher se tornou
independente, podendo comprar as próprias coisas sem precisar de um homem para
isso. Hoje, diferentemente do passado, a mulher pode sorrir mais e sofrer
menos. Pode discutir sem medo de represália ou de agressões.
O problema com este paragrafo
acima é que ele tende a ser verdadeiro e falso. Isso por causa da maturidade e
da posição dos indivíduos.
Quanto menor a maturidade, maiores
são as chances de acontecerem brigas, separações, agressões físicas e verbais,
quanto maior a maturidade de ambos (homem e mulher) melhores são as chances do
relacionamento durar por mais tempo e ser melhor para ambos.
Agressão física
Aqui no Brasil conhecemos a Lei
Maria da Penha. O problema é que não existe uma mesma lei voltada para o ser
humano e não apenas para um deles. Se a luta é por direitos iguais, sem dúvida,
todas as leis devem ser reformuladas para melhor atender o ser humano no geral.
Na comunidade da real, parece que
eles adoram mostrar gráficos e números, sobre agressões e inferioridade,
principalmente em relação ao homem.
Eu apenas discordo da maneira como
expõem esses gráficos e números. Por diversos motivos, tais como:
Ø
Os gráficos não demonstram qual o nível de
maturidade das pessoas envolvidas neles. Por causa disso.
Ø
Os gráficos não demonstram como as situações
ocorreram e o porque ocorreram;
Por causa desses pontos
mencionados acima, eles cometem o erro da falácia por generalização.
Eu posso garantir que, quanto
menor a maturidade, piores são as
agressões. Quanto maior a maturidade, menor são as agressões e os direitos se
tornam equilibrados para todos.
Conclusão
É muito fácil ser mais um na
multidão, a pergunta é, você quer ser mais um¿
Espero que entenda e compreenda
que eu não sou inimigo da real, e muito menos me faço de vítima. Este foi um
dos artigos, dos quais demonstram o erro de muitos líderes da real, do
feminismo radical e de posições contra o feminismo. Ao qual cometem erros e
dizem que aquilo não é um erro, pois a real aceita aquilo como certo.
Se é errado, não é a real que irá
dizer que é correto. E se aceita como correto o erro, isso implica que a
influência do acreditar no que a real oferece é maior do que a oposição,
portanto mesmo que algo seja errado, o individuo iria negar o erro para poder
continuar com a crença que ele possuí, com a desculpa de ‘tem coisas positivas
que a real oferece’. Este tipo de postura jamais será uma justificativa.
Um erro não deixa de ser um erro,
se você se sente bem ou não em relação ao erro.
Bem é isso. Obrigado por ler.
Atenciosamente Gabriel Melo.
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