13 “golpes de sorte” que permitiram o surgimento da vida na
Terra
Por Stephanie D’Ornelas em 20.07.2012
as 10:38
Não são poucos os astrônomos que dedicam tempo, energia e
recursos em busca de evidências de vida em outros planetas espalhados pelas
galáxias afora, e um número crescente de pessoas parece acreditar que não
estamos sozinhos no universo.
Mas você só está hoje lendo este texto e respirando neste
mundo graças a um intrincado conjunto de condições ambientais, e sem qualquer
uma das quais este planeta seria tão deserto quanto qualquer rocha cósmica por
aí.
Confira uma compilação de “acasos” que se juntaram para
permitir a prosperidade dos seres vivos da nossa Terra:
13 – DISTÂNCIA EXATA PARA O SOL
A distância que separa a Terra do sol é de aproximadamente
150 milhões de km (uma Unidade Astronômica – UA). Se estivéssemos alguns
milhões de quilômetros mais próximos, seria quente demais. Um pouco mais
distantes, seria frio demais. A razão para haver esta zona habitável é simples:
a temperatura é ideal para haver água em estado líquido.
12 – INFLUÊNCIA DA LUA
Você já parou para pensar que as primeiras formas de vida da
Terra, que surgiram no mar, jamais teriam como alcançar o solo seco se o oceano
fosse apenas um grande lago de água parada? E não é mais novidade que a lua é
responsável por controlar as marés. Sem um empurrãozinho das ondas, é possível
que a vida em nosso planeta ficasse restrita aos mares.
11 – ROTAÇÃO
Se a rotação de nosso planeta não fosse regular, um dos
lados estaria exposto aos raios solares permanentemente, enquanto o lado oposto
jamais receberia esta benção. Obviamente, a vida seria inviável em qualquer uma
das condições, com calor ou frio extremos. Dessa maneira, mesmo que você não
goste de acordar de madrugada antes do sol nascer, ou que escureça à tardinha,
é graças a isso que estamos aqui.
10 – GRAVIDADE CONSTANTE
Grande parte dos conceitos físicos que permeiam a vida, de
maneira geral, é possível apenas graças à famosa força de atração que Newton
enunciou. A forma e o peso dos objetos só podem ser definidos devido a isso.
Atividades básicas da vida, tais como movimentar objetos e os próprios corpos,
seriam muito mais complicadas sem a gravidade.
9 – CAMPO MAGNÉTICO
Uma força invisível, mas facilmente comprovável, nos protege
de sermos atingidos por partículas que o vento solar carrega até a Terra. Tal
campo funciona, segundo as teorias mais aceitas, exatamente como um escudo. Tal
escudo é formado a partir de uma linha circular, como um bolsão, traçada entre
os polos magnéticos sul e norte da Terra. Sem esta proteção, estaríamos fritos.
Literalmente.
8 – ZONAS TEMPERADAS
Compare o número de espécies animais das quais você já ouviu
falar nas extremidades da Terra: provavelmente, não irá muito além de pinguins
no polo sul, ursos no norte, além de alguns peixes exóticos que conseguiram se
adaptar a condições tão adversas. Agora pense na tropical floresta amazônica:
incontáveis variedades de bichos, desde pequenos insetos até grandes mamíferos.
O fato de haver áreas atingidas pelo sol em quantidades equilibradas é
considerado essencial para a manutenção da vida.
7 – ÁGUA, ÁGUA POR TODOS OS LADOS
Não é à toa que qualquer avanço na observação de possíveis
fontes de água em marte ou na lua é sempre comemorado e incita novas
investigações: a existência de água em estado líquido é um dos indicativos mais
claros de condições para haver vida em um planeta. A Terra, com 70% de sua
superfície coberta de oceanos, é privilegiada por essa razão.
6 – NÍVEL DO MAR ESTÁVEL
Ainda falando de oceanos: é realmente muita sorte que o
nível geral do mar, sob condições normais, se mantenha estável. O fato de as
águas não invadirem o continente com periodicidade e constância indefinidas
facilita o estabelecimento de seres vivos em ambos os ambientes. É uma pena, no
entanto, que esta situação esteja mudando para pior com o aquecimento global e
o derretimento das calotas.
5 – PLANTAS VERDES
Uma interessante teoria afirma que a cobertura vegetal da
Terra em seus primeiros milhões de anos pode ter sido roxa, e não verde. Apenas
quando foi concluído o “esverdeamento” de nossos vegetais é que a vida animal
teve condições de surgir. A razão para isso é muito simples: plantas verdes são
sinais da existência de clorofila, que por sua vez é um indicativo de
fotossíntese, que produz oxigênio para nós. Na época do planeta roxo, os
vegetais usavam alguma outra molécula para seus processos biológicos.
4 – ELETRICIDADE
Há quase 60 anos, dois cientistas americanos simularam a
origem da vida na Terra em laboratório, com o experimento batizado de
Miller-Urey em homenagem a eles próprios. Os pesquisadores utilizaram, em
estado primitivo, os gases e outros componentes químicos que estariam
originalmente envolvidos no surgimento do primeiro ser vivo. A partir disso,
foram-se criando os mais básicos aminoácidos, que dariam o pontapé inicial da
vida na Terra. Como essas reações se ativaram? Segundo tal experimento, foi
graças a descargas elétricas. Exatamente iguais às que hoje observamos pela
janela em noites de trovoada.
3 – MOVIMENTOS GEOLÓGICOS
A existência de placas tectônicas é um ponto crucial,
segundo as teorias mais aceitas, para que a vida no planeta pudesse se
desenvolver. A constante movimentação da crosta terrestre a partir de vulcões e
terremotos nos primórdios da Terra permitiu que houvesse maior circulação de
componentes químicos importantes para tal surgimento. Se toda a superfície terrestre
fosse agrupada em um único e estático bloco, estes eventos poderiam não ter
acontecido jamais.
2 – O ESPAÇO A NOSSA VOLTA
Cientistas concordam que a Terra não “nasceu” com tudo o que
era necessário para que tenhamos vida atualmente: alguns elementos,
possivelmente até a água, foram trazidos de fora por gigantescos corpos
celestes que colidiram com nosso planeta ainda nas primeiras etapas de sua
formação. Além disso, o consenso básico é que a Terra jamais poderia abrigar
vida se estivesse no vácuo: é necessário que ela esteja inserida no ambiente do
sistema solar.
1 – “TEMPO DE MATURAÇÃO”
Hoje em dia é difícil impressionar alguém citando a atual
idade aproximada da Terra: embora 4,54 bilhões de anos seja um período de tempo
incomensurável, já nos acostumamos à ideia de que sim, o planeta é velho. Mas
nem todos os planetas já observados têm tanto tempo de vida assim: alguns
nascem e são destruídos em questão de poucos milhões de anos ou ainda menos.
Por essa razão, é válido destacar que a vida só prosperou no planeta porque ele
mesmo resistiu. Os ancestrais mais antigos do ser humano surgiram há cerca de 4
milhões de anos, menos de um centésimo da idade do planeta. [Live Science/Educação.T.E]
0 comentários:
Postar um comentário
As opiniões expressas ou insinuadas pertencem aos seus respectivos autores e não representam, necessariamente, as da home page ou de quaisquer outros órgãos.