Parte VIII - Objeções a Teoria do Big Bang - Estrutura que gerou o universo + Conclusão
Isto significa que a idade do universo não é aquela que os
teóricos do Big Banf previam?
Pode o universo, depois de tudo, ser eterno¿ Em que medida
os cosmólogos são realmente capazes de saber?
O Universo do Plasma
Estamos agora num estágio que pode ser chamado de universo
de plasma. E não temos o privilégio de saber a partir de qual estágio evoluiu o
universo de plasma. Não temos acesso a está informação, não sabemos e
provavelmente nunca saberemos. E está é uma grande diferença entre a cosmologia
do universo do plasma e a cosmologia do Big Bang, que afirma estar chegando a
resposta final.
O universo descrito pela cosmologia de plasma é bem
diferente. Aqui estamos falando de um universo sem começo nem fim. Um universo
infinito, evoluindo continuamente. Uma evolução que está aumentando
continuamente num ritmo cada vez mais rápido. É um universo no qual há uma
coerência entre o que podemos compreender no aqui e agora na terra, e o que
podemos compreender do restante do universo.
A diferença principal entre o plasme e todas as outras
formas de matéria, isto é, sólidos, líquidos e gases, é que um plasma produz
radiação eletromagnética e também tende a formar filamentos.
De tal forma que deveríamos observar numa simulação , sendo
isto que vemos e numa experiência, sendo isto que observamos, esperaríamos
encontrar por todo o universo uma estrutura filamentar. Isto é, correntes na
forma de espaguetes se entrelaçando no cosmo. Podemos usar a teoria de plasma,
derivada de experiências no laboratório, de conceitos básicos das
instabilidades do plasma, das equações de Maxwelle e das leis bem conhecidas da
gravitação, para descrever e prever como surgiu a estrutura do universo e o que
é está estrutura.
Assim, a questão principal é, como surgiu está estrutura?
Ora, na teoria do Big Bang o universo começa de maneira
extremamente homogênea. Muito Regular. Isto está em contradição direta com o
universo de plasma que insiste que o universo em toda parte, tem de ser
composto de filamentos. Mas o que temos hoje em dia é uma matéria extremamente
condensada, quando falo sobre estes imensos vazios, a estrutura dos vazios, a
matéria dentro dos vazios, tem uma densidade menor que 10% talvez menor que
alguns por cento em relação a média. A matéria nas fronteiras destes vazios,
onde estão localizados, os filamentos do super aglomerado de galáxias, é 10 ou
20 vezes maior que a média. Existe assim uma acumulação extrema.
Ora, qual o problema que o Big Bang encontra para explicar
isso?
Há um problema imenso. Não há tempo o suficiente desde o Big
Bang para formar estas estruturas. Estas estruturas são muito mais velhas do
que o tempo que supõe ter transcorrido
desde o Big Bang.
Novamente, ao interpretar a informação, fornecida pelas
observações podemos voltar para o laboratório, onde temos o privilegio de poder
realizar diagnósticos de várias maneiras e de fazer o número de experiências
que se queira, o que já não pode ser feito com o universo. Mas também voltamos para as simulações nos super
computadores.
O que uma simulação faz é que ela permite que você modele o
plasma não importando o seu tamanho. Insere as poucas equações básicas iniciais
e então acompanha a simulação através de seus vários estágios não lineares e
das várias formas que o plasma assumirá.
Nas simulações de Tony Peratt, na medida em que a corrente
percorre um caminho aspiral em direção à galáxia centarl, ela vai girando ao
redor dela e se afasta ao longo do eixo da galáxia. Naquela área central, onde
a corrente está extremamente concentrada, parece existir as condições para
eventos violentos. Alfvén e Peratt levantaram a questão, se não poderia ser
está a maneira de explicar os eventos extremamente violentos que ocorrem no
centro das galáxias, que são conhecido como Quasares. Nestes eventos são
liberadas quantidade enormes de energia em um intervalo de tempo relativamente
pequeno em termos astronômicos. Isto é,
milhões de anos em comparação coms os bilhões de anos da existência das
galáxias.
Inicialmente os quadros temporais mostrados representam ao
redor de um bilhão de anos para ver o que acontece. Mas agora vamos realizar
cálculos para dez bilhões de nos, para ver o que acontece a estas rádio
galáxias duplas, ou quasares, na medida em que os filamentos evoluem. E
descobrimos nas simulações que as caudas das galáxias começam a se alongar e logo podemos ver uma estrutura espiral se
formando.
Quanto mais próximos 10 bilhões de nos, vemos na simulação a
estrutura de uma galáxia espiral.
Alfvén desenvolveu vários conceitos fundamentais para uma
compreensão completa do universo de plasma. Em primeiro lugar há o conceito
básico de invariância de escala de variância nos plasmas. Isto significa que há
alguns fenômenos nos plasmas que não mudam, independente se você está lidando
em um laboratório ou com uma escala do sistema solar de milhões de quilômetros,
ou com a escala galáctica de centena de milhares de anos-luz. Isso significa
que o tempo varia em função da escala da mesma maneira que varia a distância.
Isto significa não apenas que os fenômenos do universo podem
ser estudados em laboratório, mas devido à compressão temporal, os fenômenos
cósmicos são essencialmente fenômenos transientes. É engraçado pensar que uma
galáxia durante bilhões de anos é um fenômeno transitório. Mas isto é análogo a
eventos no laboratório que duram apenas alguns milésimos de segundo.
Outra forma de colocar isto é dizer que o universo de plasma
é extremamente dinâmico.
Não se trata de hipóteses. Fomos além de hipóteses, estamos
definitivamente no segundo estágio, a análise e estamos nos dirigindo em
direção ao terceiro estágio.
O universo previsto pelo Big Bang e o universo da cosmologia
de plasma são universo bem diferentes e levam implicações muito diferentes.
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