Ateísmo Consciente: Sectarismo
Primeiro : Existe dois tipos de respeito que ainda não é bem espalhado pelo brasil, e é justamente aí que vocês religiosos já começaram perdendo a conversa. Tem o respeito a pessoa de forma individual e o respeito aos direitos de cada pessoa. O respeito de forma individual deve ser conquistado, e esse você não conquistaram e nem esperem receber de forma gratuita. O respeito aos direitos da pessoa (que é justamente o respeito que vocês pedem) é algo que devemos doar de forma gratuita, já que os seus direitos de ir, vir, falar, ouvir, criticar, dar uma opinião diferente, são os mesmos que os meus, logo este respeito você o tem gratuitamente. Veja que ao respeitar seus direitos você tem a impressão que te respeito de maneira individual, o que jamais será verdade, já que não te conheço e nem faço ideia de quem você é, e honestamente isso não fará diferença já que argumentos não são derrubados com o que acreditamos ou conhecemos de uma pessoa.
Segunda: Eu não tenho dúvidas referente ao cristianismo. Eu provo que o cristianismo é uma farsa. A principal diferença entre eu e vocês do cristianismo, é que eu tenho que derrubar cerca de 3000 mil deuses, sem contar o deus do deísmo, que diga-se de passagem não tem como ser derrubado por nenhum argumento, é praticamente irrefutável, eu disse 'praticamente' pois este deus pode existir ou não. Entenda que vocês do teísmo construíram uma ponte para lincar o deus do cristianismo com o deus do deísmo assim tendo apenas um deus verdadeiro.
Terceiro: derrubem meus argumentos e não minha pessoa. Ao pensar que tenho dúvidas ou que pensam que tenho algo contra a religião ou não, não faz diferença, já que o argumento continuaria válido independente de minha opinião ou sua opinião.
"O termo sectarismo (usado geralmente com conotação
pejorativa) pode ser definido como a visão estreita, intolerante ou intransigente.
Muitas seitas e religiões têm uma visão proselitista das verdadesque pregam. Algumas
atitudes de grupos ideológicos também podem ter comportamentos sectários na
defesa ferrenha de seus ideais.
Pessoa não aberta ao diálogo.
Classifica-se de sectário aquele que é praticante de uma seita ou apresenta comportamento típico do sectarismo ideológico."
Certo, é desse tema que gostaria de tratar nesse texto Sectarismo.
Como bem visto poderia se considerado visão estreita, intolerante ou intransigente. Uma visão estreita está necessariamente ligada a uma visão pré conceituosa, que só consegue ver por um prisma por isso é estreita. Intolerância como é a própria palavra está óbvia, que não tolera e intransigente que não muda, não volta atrás. Logo podemos definir como o inicio do sectarismo qualquer visão preconceituosa que só vê o seu lado e não muda mesmo mediante a provas e diálogos. Podemos definir "Racismo" como uma forma de sectarismo, alguêm que tenha tido alguma experiência com uma pessoa com a pigmentação de pele mais escura ou mais clara préconceituar todas as pessoas daquela etinia por uma atitude individual sem aceitar outro ponto de vista nem mudar de ideia. Porem o racismo não é a única forma de sectarismo. comumente se chama de sectarismo no rolé o preconceito de punks ou anarkopunks com skinheads que infelizmente generalizam toda a cultura por causa das laranjas podres, mas tanbem pode se considerar sectarismo o preconceito que venha a generalizar punk ou anarkopunks por causa de uns outros. Se um grupo que se revindique skin agir de forma covarde, machista, homofobica não se pode jogar todos no mesmo saco do mesmo modo se um grupo de anarkopunks venha agir de forma ganguista, preconceituosa e violenta não se deve dizer que anarkopunks são assim uma vez que isso não tem nada a ver com o anarkopunk de raiz. Dizer que todo anarkopunk é sectario é uma forma de sectarismo. Do mesmo modo se em algum lugar alguem ou grupo que se revindique RASH ou SHARP agir de mesmo modo não se deve culpar os RASHs e SHARPs em si que nada tem a ver com a atitude de uns ou outros que possam de má fé usar o nome. Dizer que todo trad e alienado ou pilantra tanbem são generalizações muitas das vezes falsas, enfim, varios senso comuns de pensamentos preconceituoso que existem no rolê e a muito são propagados e deveriam ser erradicados.
Classifica-se de sectário aquele que é praticante de uma seita ou apresenta comportamento típico do sectarismo ideológico."
Certo, é desse tema que gostaria de tratar nesse texto Sectarismo.
Como bem visto poderia se considerado visão estreita, intolerante ou intransigente. Uma visão estreita está necessariamente ligada a uma visão pré conceituosa, que só consegue ver por um prisma por isso é estreita. Intolerância como é a própria palavra está óbvia, que não tolera e intransigente que não muda, não volta atrás. Logo podemos definir como o inicio do sectarismo qualquer visão preconceituosa que só vê o seu lado e não muda mesmo mediante a provas e diálogos. Podemos definir "Racismo" como uma forma de sectarismo, alguêm que tenha tido alguma experiência com uma pessoa com a pigmentação de pele mais escura ou mais clara préconceituar todas as pessoas daquela etinia por uma atitude individual sem aceitar outro ponto de vista nem mudar de ideia. Porem o racismo não é a única forma de sectarismo. comumente se chama de sectarismo no rolé o preconceito de punks ou anarkopunks com skinheads que infelizmente generalizam toda a cultura por causa das laranjas podres, mas tanbem pode se considerar sectarismo o preconceito que venha a generalizar punk ou anarkopunks por causa de uns outros. Se um grupo que se revindique skin agir de forma covarde, machista, homofobica não se pode jogar todos no mesmo saco do mesmo modo se um grupo de anarkopunks venha agir de forma ganguista, preconceituosa e violenta não se deve dizer que anarkopunks são assim uma vez que isso não tem nada a ver com o anarkopunk de raiz. Dizer que todo anarkopunk é sectario é uma forma de sectarismo. Do mesmo modo se em algum lugar alguem ou grupo que se revindique RASH ou SHARP agir de mesmo modo não se deve culpar os RASHs e SHARPs em si que nada tem a ver com a atitude de uns ou outros que possam de má fé usar o nome. Dizer que todo trad e alienado ou pilantra tanbem são generalizações muitas das vezes falsas, enfim, varios senso comuns de pensamentos preconceituoso que existem no rolê e a muito são propagados e deveriam ser erradicados.
SECTARISMO RELIGIOSO NO CRISTIANISMO
“Porque não ousamos classificar-nos, ou
comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos, mas estes que se medem a si
mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento”
[II Co. 10:12]
Perde-se na noite dos tempos a
mentalidade segundo a qual o “meu” é melhor do que o “teu” e pronto; “ponto
final”! Com efeito, desde tempos imemoriais o ser humano exalta o seu “umbigo”
e exclui o “outro”, estendendo até aos dias de hoje. Foi a partir da primeira
afirmação humana pueril, segundo a qual “isso é meu”, começaram-se os conflitos
sociais. Esse fenômeno egocêntrico reflete nos inúmeros grupos e espaços
sociais e, como não poderia deixar de ser, nas organizações eclesiásticas.
Decerto, não é diferente no Cristianismo e suas diversas ramificações. Os
discípulos também pensaram em plantar, no início da Era Cristã, um sectarismo
religioso excludente, mas Jesus os repreendeu. Veja aqui.
“38. E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos
um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho
proibimos, porque não nos segue.
39. Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque
ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim.
40. Porque quem não é contra nós é por nós”
[Mc. 9: 38-40]
Nessa quadra, o grupo – que se diz
cristão – exclusivista, que se forma sob uma “revelação divina” excludente com
relação ao que “não joga no mesmo time”, “não bebe do mesmo cálice”, “não reza
na mesma cartilha” ou “não sobe as mesmas escadas”, dissemina uma mentalidade
sectarista, nociva, de intolerância, proclamando que Cristo está apenas consigo
e não aceita diálogo antagônico sobre o assunto. Não aceita questionamento de
seus dogmas, construídos sobre suas “verdades perfeitas”. Jesus responde:
“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí, estou eu no meio
deles” [Mt. 18:20]. Portanto, não há essa exclusividade, à luz da Palavra de
Deus.
Nessa perspectiva, quem – ou qual
grupo – está legitimado a afirmar que detém o monopólio da “revelação” de Deus?
Quem está autorizado por Deus a detê-lO encarcerado a uma organização? Quem tem
a chave da “revelação divina”? Quem consegue encarcerar o Espírito Santo dentro
de suas paredes sectaristas soberbas? Quem tem “autoridade divina” para
subtrair de outrem o ministério, se a Bíblia afirma, com todas as letras:
“porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” [Rm. 11:29]? Afinal,
ninguém é bom juiz em causa própria; sempre será suspeito.
Não
raro se vê uma organização religiosa inflexível que se auto-proclama “igreja
verdadeira”, “igreja perfeita”, “igreja mãe” (?!), “A Igreja Fiel” etc. Eis a
resposta de Deus, no texto em epígrafe: “Porque não ousamos
classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos, mas
estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem
entendimento” [II Co. 10:12] e “Porque não é aprovado quem a si
mesmo se louva, mas sim aquele a quem o Senhor louva” [II Co.
10:18]. Assim diz o Senhor, pela boca de Salomão: “A soberba precede a ruína, e
a altivez do espírito precede a queda” [Pv. 16:18]. Outro texto na mesma linha:
“Quem a si mesmo se exaltar será humilhado…” [Mt.23:12].
Deveras,
o próprio Jesus, alertando quanto àqueles que testemunham de si, apregoou: “Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro”
[Jo. 5: 31]. No Antigo Testamento, há um texto bem sugestivo: “Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estrangeiro, e não
os teus lábios” [Pv. 27:2]. No Brasil há centenas de denominações
religiosas que se dizem cristãs, dentre as quais uma meia dúzia acentuadamente
sectarista, cujo discurso aponta erros doutrinários nos outros e não enxerga os
seus, muitos dos quais maiores. Esses – fariseus contemporâneos – acreditam que
portam a melhor interpretação bíblica. E qual o grupo que não pratica algum
tipo de heresia? “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra”.
Sob esse viés, observar-se-á que há
características recorrentes em grupos sectarista, cuja mentalidade é formatada
por “líderes” espertos, utilizando de sutil linguagem hipnótica e um poder de
persuasão inconsciente, com reiterados “bombardeios fraseológicos” repetitivos,
“brados manipuladores repetitivos”, catequizando de tal forma que o “fiel”
subserviente se culpa por pensar diferente e abandonar o “barco sectarista”.
Quem está autorizado por Deus a afirmar: “nós somos os verdadeiros; nós somos
os melhores”? Esse testemunho é suspeito e falso. Constitui um evidente
fanatismo religioso.
Há dois textos veterotestamentários,
escritos por um pai e por um filho, ambos reis de Israel, a respeito do tema do
exclusivismo ou isolacionismo. Davi escreveu: “Oh! Quão bom e quão suave é que
os irmãos vivam em união!” [Salmo 133:1]. Seu filho, Salomão, seguindo linha
semelhante, proclama: “Busca o seu próprio desejo aquele que se separa; ele
insurge-se contra a verdadeira sabedoria” [Pv. 18:1]). Será que Davi estava se
referindo a um grupo isolado de irmãos (leia-se: organização religiosa) ou a
todos os que proclamam a mesma fé em Deus? Será que Salomão estava se referindo
a uma religião isolada ou a todos os que estão sob o mesmo estandarte da fé? É
intuitiva a resposta para quem tem olhos de bem enxergar.
Portanto, ninguém está autorizado ou
legitimado por Deus a proclamar que detém a melhor interpretação bíblica,
desprezando a alteridade. Decerto, a conclusão hermenêutica depende do olhar
interpretativo e da linha que se adota. Não existe verdade denominacional
irrefutável; existe versão subjetiva. Quem confere caráter absoluto e
irrefutável ao seu ponto de vista, cai-se num fundamentalismo, porquanto não
tolera o ponto de vista do outro e se diz portador da “verdade revelacional
genuína” (sob o ponto de vista de quem? Seu próprio?). Quando o líder
eclesiástico venera a sua “verdade”, deixa de tolerar a do outro e essa
intolerância gera agressividade. Certo é que a agressividade começa quando
faltam os argumentos.
Com efeito, quando se trabalha com o
tema “sectarismo religioso”, ou outro semelhante, conforme sinônimos acima
elencados em notas de roda-pé, tem-se em mente uma doutrina na qual se prega
que a vontade de Deus está presente exclusivamente dentro de uma organização
eclesiástica, que detém, em suposto monopólio, a salvação, a benção e o
conhecimento mais evoluído do plano de Deus e das “revelações” divinas, por
isso detém em suas mãos, a “verdade revelacional absoluta”; o “resto é resto”.
Destarte, a cúpula sectarista não admite questionamentos porque detém sozinha a
“revelação divina”, e quem a abandona é “réu de juízo”. Esse discurso, à luz da
Palavra de Deus, é opressor, herético e falso.
E quem está do outro lado do grupo
dos “nazistas religiosos”, é inimigo, razão pela qual é rotulado com expressões
pejorativas e irônicas. Os sectários são tristes, severos, arrogantes,
inflexíveis, pedantes, opressores, carregam uma “falsa santidade”, porque são
hermeticamente voltados para o seu ego religioso “imaculado”, daí não serem
acessíveis, nem flexíveis, ao diálogo das diferenças. Destarte, não respeitam o
ponto de vista teológico alheio. Não raro têm vida dupla e no seu discurso
monocular subjazem interesses “misteriosos”, voltados para si. Esse pequeno
fermento compromete a denominação exclusivista, pois, afinal, no texto bíblico,
“um pouco de fermento leveda toda a massa” [Gl. 5:9].
Assim é que, o indivíduo seduzido
inconscientemente por esse ensinamento equivocado acredita piamente, no seu
íntimo, que pertence a uma casta religiosa privilegiada e perfeita, frente a
outros irmãos que adotam outros dogmas, e é detentor de verdades mais elevadas,
e da “revelação” mais plena do desejo de Deus para o Seu povo. Trata-se de
comportamento manipulador. Isso é um estelionato religioso porque tende a
ludibriar os menos avisados, notadamente aos menos cultos, numa manipulação de
massa, em coletivização de dogmas sectarístas, num charlatanismo evidente,
porque escandaliza o que não está no mesmo redil.
Esse
“tribalismo religioso” e excludente, não tem respaldo bíblico. Não obstante,
apóiam-se em textos bíblicos fora do contexto, numa hermenêutica fechada e
distorcida, em simbologias bíblicas subjetivas não autorizadas pelo Texto
Sagrado, criando uma fronteira narcísica egocêntrica separatista. Esse
isolacionismo que transporta o fiel para uma ilha no meio de um oceano amplo
fere de morte a linha neotestamentária e não se compraz com o perfil do
Evangelho de Cristo. Aliás, Jesus Cristo nunca pregou o sectarismo. Vai dizê-lo
o Mestre: “Porque Deus amou o mundo de
tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo. 3:16). Decerto, a salvação não está
vinculada a um grupo exclusivista, elitistas, que se acha superior aos outros.
Sob esse viés, o sectarista religioso
não tolera o outro, tal aquele que “não bebe do mesmo cálice”, “não acende a
mesma vela”, não está “no mesmo ninho”, não navega “no mesmo barco” razão pela
qual não consegue conviver com a diversidade doutrinária evangélica, porquanto
se julga superior no conhecimento de Deus, vale dizer, se julga “representante
exclusivo de Deus” e, segundo entende, monopoliza a “revelação”, como o faziam
os fariseus dos tempos neotestamentários, o que se revela absurdo. Não há
respaldo bíblico para essa tese. Assim, o referido comportamento é fruto de
mente doentia, de idéia patológica, típica de quem não conhece, com
profundidade, as Sagradas Escrituras. Toda interpretação textual traz a reboque
um subjetivismo/relativismo questionável. E qual a interpretação correta? Sob o
ponto de vista de quem?
Cristo convivia com a diversidade e
nunca outorgou “mandatos” a quaisquer denominações eclesiásticas, como sendo “a
verdadeira” ou identificável como tal. Ao revés. Cristo mantinha diálogo com
grupos diferentes e os seus discursos mais rigorosos foram exatamente aqueles
em confronto com os religiosos, máxime os fariseus. Quem incitou a crucificação
do Messias foram religiosos sectaristas. Não se confunde igreja de Cristo com
organização eclesiástica. A primeira é espiritual/virtual; a segunda é
mensurável/visível. A primeira é difusa; a segunda é concentrada. A primeira
não se limita a espaço e tempo; a segunda se demarca em circunstância espacial
e temporal. A primeira não porta uma bandeira denominacional ou um rótulo; a
segunda se identifica por uma bandeira representativa de uma logomarca
exclusivista e excludente etc..
À sombra desse raciocínio,
observar-se-á que um grupo nos arredores da Grécia Antiga dos tempos
neotestamentários, adotava uma linha de gueto eclesiástico, grupo sectário,
descrito no Apocalipse [Ap. 3: 17], grupo em face do qual o Senhor Jesus
proferiu palavras de exortação: “pois dizes: Estou rico e abastado e não
preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre,
cego e nu”. A propósito, Jesus adverte: “Nem todo o que me diz; Senhor, Senhor!
Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está
nos céus” [(Mt. 7:21]. E a vontade do Pai não se coaduna com esse sectarismo
religioso.
A
propósito, sob a direção de Jean-François[2],
em pesquisas interessantes acerca das chamadas “Sociedades Secretas” – para
citar apenas um caso de sectarismo religioso registrado na história –
detectou-se nos arcanos do Vaticano, a “Opus Dei” (latim:
“Obra de Deus”) ou apelidada “A Obra”, organização sectarista criada num mês de
outubro (mês de seu aniversário), criada nos porões do Vaticano, pelo espanhol
José Maria Escrivá de Balaguer (1902-1975), cuja canonização em Roma se deu em
outubro de 2002.
Registrou-se que José Maria foi
declarado “venerável” em 1990, beatificado em 1992 e, dez anos mais tarde,
canonizado, pelo Papa João Paulo II. Extrai-se da revista “Sociedades
Secretas”, da Editora Larousse, um texto curioso que se amolda ao teor deste
pequeno estudo, ao comentar sobre o grupo sectarista romano “A Obra” (essa
expressão tem alicerce maçônico). Decerto, a menção ao caso investigado é
importante porque, sendo a história cíclica, o modelo sectarista é bastante
recorrente, Veja aqui.
“[...] De fato, a Obra continua veiculando hoje
expressivo número de fantasmas: é recriminada sucessivamente de ser uma seita,
uma sociedade secreta trabalhando nos bastidores para Roma e angariando
consideráveis somas de dinheiro, quando simplesmente não fosse uma ‘santa
máfia’. Não o é até para certos eclesiásticos que se inquietam com uma ordem de
idéias demasiado radicais e para quem a canonização de seu líder não era
francamente uma prioridade da Igreja. E, no entanto, o sucesso é evidente:
a Opus Dei conta hoje aproximadamente 80 mil membros
disseminados no mundo inteiro, principalmente nos países de língua latina. Com
boa penetração na cúria romana, a Obra conseguiu o apoio indefectível dos
soberanos pontífices e vários cardeais não escondem que pertencem à ordem, a
começar por Joaquim Navarro-Vall, nomeado por João Paulo II na função muito
diplomática e particularmente sensível de porta-voz do Vaticano. A história da
Opus Dei é indissociável da personalidade de seu fundador, José Maria Escrivá
de Balanguer (1902-1975). Foi em outubro de 1928, por ocasião de um retiro
espiritual, que o jovem padre tem uma revelação, contará depois que nesse dia
Deus o intimou a fundar uma ordem na qual os leigos pudessem prosseguir sua
vida cotidiana, aspirando ao mesmo tempo à santidade pela oração, pelo trabalho
e pelas obras [...]”.
Entrementes,
segundo consta da mencionada revista publicada em maio de 2012, José Maria Ruiz
Mateos, dirigente de um grande consórcio internacional, ligado à Opus Dei, em 1982, é acusado de fraude fiscal,
numa investigação que revelaria o patrocínio do grupo sectário “A Obra”, pelo
referido José Maria e o texto proclama:
“O escândalo Matesa revelou, por outro lado,
curiosas conexões político-financeiras: a filial luxemburguesa da sociedade Matesa,
a Sodetex, era dirigida pelo príncipe Jean de Broglie, tesoureiro dos
republicanos independentes, partido de Valéry Giscard d’Estaing. E o pai deste
último, Edmond, estava na chefia de um banco em que a Opus Dei, através do
Banco Popular Español, acabava de adquirir 35% de participação…[...]”.
Em retorno á linha principal do tema,
é significativo registrar que a linha sectarista tende a responder às críticas
dirigidas aos seus dogmas escudando na Teoria da Conspiração. Nesse sentido, a
Wikipédia informa que no final do século XX e inícios do XXI, as teorias da
conspiração tornaram-se um lugar comum nos meios de comunicação, o que
contribuiu para o conspiracionismo emergente como fenômeno cultural. Acreditar
em teorias da conspiração tornou-se, assim, num tema de interesse para
estudiosos em sociologia, psicologia, filosofia etc.
Assim é que, essa síndrome da
perfeição eclesiástica leva o afetado a adotar o comportamento que na
psicologia é denominada “transferência”, canalizando os questionamentos contrários
à sua doutrina como sendo uma conspiração de um “inimigo”, criando uma
vitimização inconsciente como contra-ataque aos questionamentos robustos.
Destarte, quando pela sua fragilidade no debate do argumento sectarista, não há
competência para atacar o pensamento contrário; ataca-se o pensador. É
sintomático. Essa conscientização deve ser publicada para não se incorrer em
heresia cujo teor não encontra respaldo bíblico.
Em considerações conclusivas – e não
sei se este pequeno e singelo espaço conclui o que reclama maior aprofundamento
no tema – vale aqui registrar que este singelo rabisco não possui o escopo de
criticar, agredir ou atacar quaisquer grupos, mas o de conscientizar acerca de
uma realidade que se vê amiúde. De toda sorte, o que se pretende é trazer
subsídio, elementos e idéias inacabadas, para instigação de uma pesquisa sobre
o tema, mesmo que palmilhando sobre alguns desacertos, possam outros, em maior
profundidade, apontar a vereda correta. Deus nos conscientize e nos ensine
todos os dias.
[1]SINONÍMIA: tribalismo eclesiástico, sectarismo
religioso excludente, exclusivismo religioso, fundamentalismo religioso,
monismo eclesiástico, fanatismo religioso, intolerância religiosa, mentalidade
de gueto eclesiástico, síndrome da perfeição eclesiástica, separatismo
religioso, inalteridade religiosa, etnocentrismo religioso, absolutismo da
verdade revelacional, enclausuramento religioso inconsciente, isolacionismo espiritual,
superioridade eclesiástica, xenofobia religiosa, casulo religioso exclusivista,
tribalismo religioso.
[2]Jean-François
Signier, Trad. Ciro Mioranza. “Sociedades Secretas”. V. 1. A inquietante influência da “Opus Dei” Larousse
do Brasil Participações Ltda. São Paulo: 2012, p.72.
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