Desconversão
3.3 3 –A história de Deus e A história
da bíblia – Parte I
Comentário: Achei interessante que a bíblia relata diversos deuses
diferentes atuando, mas, à medida que o tempo foi passando, eles foram sendo
substituídos por Javé simplesmente porque os javeístas tinham cada vez mais
poder numa sociedade.
O deus que conhecemos. O Deus do
mundo ocidental. O Deus do Judaísmo, Cristianismo e Islã. Tem uma história.
Moderna evidências sugerem que se você ler a bíblia como apresentada pelas
religiões modernas, em especial se você estiver lendo uma tradução para o
inglês, VOCÊ NÃO ESTARÁ LENDO A HISTÓRIA REAL. O que você está lendo é uma
versão editada dessa história, com adições e modificações, que apresenta a
história de uma forma diferente do que a evidência indica que realmente
aconteceu.
De acordo com a Bíblia esse Deus
sempre existiu e esse Deus não é só anterior aos seres humanos mas o universo
em si. De acordo com a evidência, esse Deus começou a EVOLUIR de ideias humanas
que se originaram a 14 mil anos e não se tornou único Deus do monoteísmo até
2600 anos atrás, em 600 AEC (Os estudiosos não usam mais
as notações de anos AC (Antes de Cristo) e DC (Depois de Cristo). Ao invés usam
AEC (Antes da Era Comum) e EC (Era Comum)). Se quer saber da história que a
evidência apresenta, a história que é entendida, apoiada pela maioria dos estudiosos
e professores de religião arqueólogos e antropólogos, o lugar para
começar NÃO É A BÍBLIA. É O ENUMA ELISH. A história da criação babilônica, que
foi descoberta por arqueólogos na biblioteca de Assurbanipal e foi datada como
tendo sido originalmente escrita em 1750 AEC.
Como essa história da criação
demonstra, quase todas as religiões da mesopotâmia daquele tempo eram
politeístas. NÃO EXISTEM TRAÇOS DA EXISTÊNCIA DO JUDAÍSMO MONOTEÍSTA NESSA
ÉPOCA.
Em Enuma Elish, Marduk líder dos
deuses babilônicos derrota o caos na forma de dragão Tiamat e então juntos os
deuses babilônicos criam o mundo. Na história babilônica (talvez seja por isso
que os judeus e cristãos dizem para deixar os deuses da babilônia na babilônia
e assim criaram seus próprios deuses com a mesma história babilônica) o mundo
primordial é descrito sem forma e vazia (assim como na bíblia, quanta
coincidência). Também na história da babilônia, a lua, o firmamento, terra
seca, o sol e a lua, e a humanidade, são criados nessa ordem (assim como na
bíblia).
Esses detalhes são importantes
porque como veremos 1150 anos mais tarde os ISRAELITAS SÃO EXILADOS PARA A
BABILÔNIA, esses detalhes são inseridos no livro de Isaias, e na história de
Gênesis como seu primeiro capítulo. O primeiro capítulo da Torá hebraica
inteira.
O nosso próximo ponto de interesse
é a Religião canaanita, que arqueólogos reconstruíram de tábuas de argila,
achados em Ugarit, uma antiga cidade portuária da Siria, em que as histórias
foram datadas como tendo sido originalmente escritas no ano de 1200 AEC.
Os cananeus também eram
politeístas (provavelmente por isso que o povo de Israel estavam em guerra
contra esse povo, como a bíblia diz). Dos vários deuses que os cananeus
adoravam três em particular são importantes para o resto da história, eles são:
Ø
El Elyon, cujo nome significa literalmente ‘Deus
Mais Alto’ e a quem se acreditava ser o pais dos outros Deuses;
Ø
Aserá a esposa de El elyon;
Ø
Baal, que era tanto deus da tempestade como da
fertilidade, o que ouvimos falar muito por causa dos cristãos como dizendo para
não seguir a Baal e assim por diante. No passado as guerras também eram
baseadas em Deuses e cada lado acreditava que seu deus iria prevalecer sobre o
outro deus, provando assim o deus verdadeiro.
O Deus Yahweh (Javé) de Israel e a
cultura de Israel em si ainda não mostram sinais de existência no registro
arqueológico. Ainda assim em algum ponto dos próximos 500 anos a cultura de
Israel tem que ter evoluído, porque nessa época, de 950 a 850 AEC, que os
escritores J e E começaram a escrever os seus relatos independentes do povo de
Israel (que naquela época ter um deus era algo comum entre as nações e todas
elas tinham ao menos 1 deus em comum, o que pode fazer homens como William Lane
Craig utilizar este argumento falho para justificar que se o povo antigo
acreditava em deus é porque este deus existe. O que é um argumento muito ruim
de se manter após as evidências que mostraremos aqui), que depois seriam
combinados em uma única história.
Começando em Gênesis 2 (já que
Genesis 1 não tinha sido escrito ainda), nada do que J e E escreveram se
alinham com os relatos dos babilônicos ou dos cananeus. Esses relatos, são
anteriores a eles em cerca de centenas de anos. Por causa disso e por causa da
natureza da história contada, é mais razoável inferir que essas eram histórias
completamente míticas, que eram histórias que os israelitas usavam para
explicar o mundo a sua volta e achar sentido nesse clima cultural, mas tudo
isto muda em Gênesis capítulo 12 com a história de Abraão e o Deus da Montanha
(El Shaddai).
É aqui que finalmente encontramos
a conexão com a religião dos cananeus. Nós podemos ver na versão em hebraico da
torá que Abraão dizia adorar a El Shaddai, um dos nomes do deus cananeu El
Elyon (quem diria que os israelitas não possuíam apenas um deus). Abraaão
interage com el Elyon de maneira muito pessoal que espelha as outras religiões
pagãs daquele tempo. Por exemplo, no gênesis 18, El Elyon visita Abraão na
forma humana e fala com ele em pessoa.
O seu descendente Jacó tem experiências
similares, onde ele escala uma escada para o céu e fala com El elyon em um
sonho. Mais tarde Jacó luta com El Elyon. Também do texto em hebreu que é
baseado nessas experiências Jacó faz de
El elyon o seu ‘elohom’, quer era um termo da religião canaanita, que significa
que Jacó estava fazendo de El Elyon o seu deus principal (ignorando todos os
outros).
A única forma que uso desse termo
faz sentido é se Jacó acreditasse que El Elyon fosse um DEUS ENTRE MUITOS (o
que implica que o deus bíblico se tornou único e verdadeiro e nem sempre foi
assim na crença teísta baseado nas bases do povo de Israel) e que Jacó estava
se comprometendo com esse deus para receber proteção especial (a ideia de se
sentir protegido por deus nos tempos atuais, é baseado na escolha de uma pessoa
no passado, que faz hoje as pessoas pensarem e adorarem um deus específico, mas
de fato era apenas mais um de muitos, dos quais foram ignorados para que o Deus
bíblico sobressaísse sobre todos, como muitos livros na bíblia declaram, deus
único (com a intenção de havia outros deuses), sobressai sobre todos (não
apenas inimigos mas sobre os deuses de outros inimigos, tornando assim deus
único), deus verdadeiro (com a mesma conotação anterior). O povo antigo não
dizia que o deus de Israel era único, eles se referiam a deus como superior aos
outros deuses que também existiam, logo quando você adora o deus da bíblia,
está adorando um dos deuses que se sobressaiu sobre os outros deuses). Em
outras palavras fica claro pelos termos que eles usavam e pelos deuses que ele
adoravam. Que Abraão, Isaac e Jacó eram politeístas e Pagãos.
Isso implica que as religiões que
se utilizam da crença nesses deuses de abraão Jacó e Isaac, são todos deuses
pagãos, que hoje, você conhece como o deus teísta (aquele pregado nas religiões
atuais, como católicas, evangélicas, adventistas, islâmicas, e assim por
diante). Do mesmo Jeito que seus contemporâneos pagãos em Canaã e na Babilônia.
A Adoração a El Elyon vai
desaparecendo do texto hebreu, a medida que entramos no êxodo (livro bíblico)
onde é substituído por Yahweh (Javé). A quem se atribuiu o resgate dos hebreus
da escravidão no Egito. A história do êxodo, em particular na sua interpretação
moderna no filme de animação O príncipe do Egito, descreve os egípcios como
sendo uns extremos mau caráter, maldosamente escravizando uma raça inteira para
o único propósito de erigir colossais monumentos para sua própria glória.
Muito embora essa seja uma
comovente história de trinfo e liberação de circunstâncias opressivas, no nível
histórico ela contradiz a EVIDÊNCIA arqueológica moderna que temos sobre os
trabalhos feitos na cultura antiga do Egito. Em particular em sua práticas na
posse de escravos.
Evidências arqueológicas modernas
dizem que os trabalhadores que fizeram todos os grandes monumentos do Egito de
pirâmides a esfinges eram cidadãos egípcios bem pagos, a quem era dada boas
condições de moradia e também bem alimentados, dados cuidados médicos e
enterros de honra. Mais ainda, como outra antigas civilizações, os Egípcios de
fato tinham alguns escravos, mas não há evidências que eles tinham essa
magnitude retratada pela Bíblia ou ainda que tenham sistematicamente
escravizado uma raça inteira. A bíblia falha em relatos históricos e antigos,
apenas oferecendo o que mais convém ao povo daquela época e sua necessidade de
crença no Deus de Israel.
Muito embora o relato do Êxodo
pareça ser em grande parte mítico, a maneira como ele pe contado mostra quais
eram as visões do mundo politeísta de J e D. Depois que os judeus foram
resgatados por Yahweh dos egípcios. Nós podemos ver até nas traduções em inglês
do Êxodo que eles dizem:
‘O YAHWEH, quem é como tu dentre
os deuses?’ (forte evidência de que no passado eles acreditavam em diversos
deuses e também colocaram sua força e crença em apenas um desses deuses). Êxodo
15:11.
E em êxodo 18:11 diz e ...’agora
sei que YAHWEH é maior que todos os deuses’ (evidenciando que o povo de Israel
acreditava em mais de um deus e que um desses deuses prevaleceu sobre os outros
deuses, criando assim a fé e crença teísta).
Êxodo 15:3 também estabelece
Yahweh como o deus da guerra de israel, chamando ele de grande guerreiro que os
liberou do Egito. A medida que a Torá avança sua natureza politeísta volta a
aparecer, depois que ele chegam a terra prometida, não há mais necessidade de
ajuda na guerra, em consequência não é mais necessário da ajuda do deus
guerreiro de Israel, ao invés disso desejando prosperar em paz, os israelitas
começaram a adorar mais uma vez, o deus canaanita da fertilidade Baal e Aserá.
Antes de ler ‘Uma história de
Deus’ versículos como esse não faziam sentido algum para mim, na versão em
inglês da bíblia, aos hebreus é dada a oportunidade de escolher entre O SENHOR,
Baal e Aserá. Como os hebreus podiam ser tão idiotas¿ Porque eles não adoravam
o único Deus de toda criação?
A história fica diferente quando o
Deus que você supostamente deveria estar adorando era Yahweh sabaoth, o que
significa o Deus dos Exércitos (outras menções a um dos deuses da antiguidade
contidos na bíblia demonstrando que o povo de Israel não adorava apenas um deus
como os pastores e teólogos dizem).
Yahweh começou como sendo
basicamente uma versão do deus grego Ares, não é de espantar portanto que ele
estivesse obcecado com MORTE no antigo testamento e é por isso que ateus
apontam cerca de 25 milhões de mortes no antigo testamente a esse deus, que os
teístas dizem ser totalmente bondoso e justo, mesmo matando milhares de
pessoas.
Agora a história faz sentido. Como
os antigos gregos os hebreus tinham um panteão de deuses que eles adoravam, ao
menos os deuses Yahweh, Baal e Aserá. Nós temos evidências arqueológicas da
natureza politeísta da antiga cultura israelita, de um dos mais antigos
artefatos arqueológicos de Israel de 1000 AEC.
Um público politeísta da Tanach (http://en.wikipedia.org/wiki/Yahweh#Development)
e registro histórico de Israel (http://en.wikipedia.org/wiki/History_of_ancient_Israel_and_Judah#Iron_Age_I
).
Apesar de politeístas entre os
Israelitas, alguns com uma incomum e forte devoção a Yahweh em particular, que
a partir de agora serão chamados de Yahwehistas (seguidores de Yahweh). Em
tempos de paz não havia muita razão para os israelitas darem muitos pesos as
opiniões radicais como os devotos de Yahweh. Mas em tempos de sofrimento
fizeram com que suas opiniões fossem levadas a sério pela cultura hebraica.
Depois da morte do Rei Jeroboão II
em 750 AEC, o reino do norte de Israel estava beirando a anarquia, e em cima
disso era sabido que a Assíria queria invadir Israel nesse momento de fraqueza.
Com esse estado de coisas, 3 profetas surgiram: Isaías, Amós e Oséias.
Todos os 3 imploraram por devoção
a Yahweh e deixassem de adorar a outros deuses. De suas profecias podemos ver
que suas versões de Yahweh foram criados a sua própria imagem.
Isaías, um membro da família real
via Yahweh como um rei.
Amós, um pastor descreveu sua
própria empatia com o sofrimento do pobres para Yahweh (de onde surge o deus
que se importa com os mais fracos e pobres, assim como Jesus também o fez).
Oséias que estava passando por
problemas conjugais, viu Yahweh como um marido diligente, que ainda sentia
ternura por sua mulher Israel.
No fim todas as suas súplicas de
nada adiantaram para salvar as tribos do norte e eles foram dominados pela
assíria em 711 AEC. Mas suas palavras continuaram nas escrituras hebraicas e na
imagem hebraica (por isso são considerados até hoje com muita importância pelos
teístas no geral). O culto de Yahweh recebeu outro empurrão durante o mandado
do Rei Josias em 633 AEC.
Ao contrário dos seus
predecessores que endossavam uma visão pagã, Josias era um devoto a Yahweh.
Como os profetas antes dele, Josias se convenceu que os problemas sociais de
Judá eram devido a uma falta de fé em Yahweh (e assim começa a adoração a apenas um deus de muitos).
Durante a reforma do Templo, o alto sacerdote de Josias, Hilkiah ‘descobriu’
(do nada) o livro perdido da lei que ele alegava ter sido escrito por Moisés
(que até hoje os teístas dizem a mesma coisa, para aqueles que desejam, essa é
o que a evidência demonstra, o livro foi ‘encontrado’, ‘achado’, como se eles
já não soubessem da existência deste livro), este livro é chamado de
Deuteronômio. E dada a sua conveniente descoberta no momento certo (no momento
certo, espero que tenha gostado desta frase) além de suas características
linguísticas, o consenso da maioria dos estudiosos bíblicos, como Richard
Elliot Freeman é de que este livro foi FORJADO.
Em deuteronômio uma estrita
aliança com Yahweh, bem como uma completa rejeição de outros deuses foi
estabelecida (e então surgiu o culto a um único deus adorado até hoje pelos
teístas).
Foi dito aos hebreus que
desmantelassem seus altares de outros deuses, destruíssem os ídolos de outros
deuses que eles adoravam. Em resposta a descoberta de Deuteronômio, Josias e
sua corte, implementaram reformas impiedosas (é por isso que os livros bíblicos
possuem tantas passagens bíblicas se referindo a punições e até de morte para
aqueles que se envolvessem com outros deuses, incluindo a lei de Moisés que
diz: não terás outros deuses diante de mim. Que ao mesmo tempo alega a
existência de outros e demonstra quando foi decidido que somente um deus era
verdadeiro e o restante falso. Controle político é o nome do jogo) que
oficialmente estabeleceram Yahweh como o Deus oficial de Judá.
Os reformates também reescreveram
a história israelita, os livros históricos de Josué, Juízes, Samuel e Reis,
foram revisados de acordo com a nova ideologia e mais tarde os editores do
Pentateuco adicionaram passagens que eram interpretações dada a deuteronômio e
do êxodo e as antigas narrativas de J e D.
O intendo ódio de Yahweh por
outros deuses (é por isso que um deus sobressaiu sobre os outros deuses) foram
estabelecidas na história hebraica reescrita. O sangrento deus Yahweh (que
matou mais de 25 milhões de pessoas no antigo testamento) se tornou ainda mais
sangrento, já que agora se dizia que ele mandou Josué cometer genocídio aos nativos
de Canaã (que até hoje os teístas dizem ser a terra prometida e em alguns casos
fazendo menção que é ela que iremos encontrar no céu, a terra prometida, onde
emana leite e mel) por adorarem outros deuses (assim como muitas outras guerras
por causa da adoração de outros deuses e não de apenas um). Interessantemente,
apesar de terem imposto essa estrita devoção a Yahweh, o monoteísmo ainda não
havia disso estabelecido.
A evidência da passagem de
Deuteronômio 5:7 e 7:26, ‘não farás outros deuses diante de mim’ e ‘não se
envolverás com a casa da iniquidade’. Indicava que mesmo Josias acreditava na
existência de outros deuses. Isso ainda era politeísmo. Apenas uma forma feroz
de politeísmo unilateralista, que ativamente rejeitava a adoração a outros
deuses, mas o palco estava montado e era uma questão de tempo.
Em 604 AEC o rei Nabucodonosor II
subiu ao poder na Babilônia. Era bem sabido nessa época que Nabucodonosor
visava conquistar Jerusalém. A medida que seus exércitos se juntavam e
preparavam outro profeta, Jeremias apareceu, mais uma vez disse que se
adorassem a Yahweh exclusivamente e rejeitassem os outros deuses, que seu
problemas seriam resolvidos. Exceto que dessa vez esse novo profeta afirmava
que era muito tarde para fazer algo.
Yahweh iria usar os exércitos
estrangeiros como instrumento para ensinar uma lição dura a seu povo. Como em
Jeremias 6:11: ‘Por isso, estou cheio de furor do Yahweh. ‘ Como os outros
profetas ele rejeitou suas emoções, como fúria em Yahweh. Como Jeremias previu
a queda de Jerusalém para a Babilônia foi inevitável.
As forças babilônicas eram
simplesmente muito massivas e Jerusalém estava muito enfraquecida. O templo foi
destruído, os hebreus foram exilados do seu país para viver na Babilônia. O
êxodo babilônico havia começado. O senso de derrota foi devastador. Os deuses
politeístas da mesopotâmia eram associados a territórios específicos de terra.
Quando os hebreus foram exilados para a Babilônia eles sentiram que não podiam
mais se conectar com Yahweh:
‘Como cantaremos a canção do
SENHOR em terra estranha?’ Salmos 137:4.
Ezequiel um profeta que surgiu
junto dos hebreus exilados expressou o quão alienados os hebreus se tornaram.
Ele também culpou o povo hebreu pela falta de devoção a Yahweh. Foi então
quando o povo hebreu parecia o mais destruído, em um tempo onde parecia certo
que o culto a Yahweh morreria, ele fez algo, que a religião tem feito durante a
história para sobreviver. Ela mudou, evoluiu, se adaptou para sobreviver.
Um novo autor, que os estudiosos
chamam de Segundo Isaías apareceu e suas palavras foram adicionadas as palavras
do primeiro Isaias:
‘Eu sou o primeiro, e eu sou o
último, e fora mim não há Deus.’ Isaias 44:6. O monoteísmo havia nascido,
finalmente.
Dessa nova cultura monoteísta a
fonte Sacerdotal ‘P’ apareceu. A história israelita foi reescrita mais uma vez.
O Êxodo foi reescrito por P para dizer
que EL Shaddai adorado por Abraão e Yahweh adorado por Moisés eram o mesmo
Deus.
Todas as referências a El Elyon
são explicadas por P como sendo diferentes nomes de Yahweh, o livro inteiro de
Levítico é alterado. O gênesis 1 é criado, como uma versão melhorada do relato
monoteísta da criação ao invés da criação através de vários deuses. O segundo
Isaias reescreveu os mitos babilônicos atribuídos a Marduk em Isaias 51: 9-10,
como a derrota do fragão Tiamar atribuído a Yahweh (da babilônia surgiram essas
hitórias incluindo a história que hoje conhecemos como a de Satanás, o dragão,
a serpente e diversas outras formas copiadas do povo da babilônia diretamente para
sua casa, em um livro chamado Bíblia). A torá é redesenhada por P para que ela
se parecesse como se sempre tivesse sido monoteísta, mesmo nas bíblias atuais e
suas traduções ainda podem ser encontrada a frase: não terás outros deuses além
de mim. Que implica que o passado de Israel continham vários deuses e não
apenas um.
Em 600 AEC, o Deus do monoteísmo
ocidental, o Deus do judaísmo, cristianismo e islã, NASCEU.
Quando eu soube disso, minha
percepção completa da Bíblia mudou completamente, mais uma vez. Versículos que
nunca fizeram sentido para mim tais como:
Ø
Genesis 1, 12, Êxodos
15:11, 18:11, Deuteronômio 5:1, Salmos 137:4 e Isaías 1: 9-10.
Agora faziam sentido.
Essa foi a morte do monoteísmo
para mim. Era a descoberta que eu podia pegar uma das milhões de bíblia na
América, de hotéis a lojas de presentes cristãs e ver suas páginas pingando
politeísmo. Eu podia ver com meus próprios olhos, SERES HUMANOS DANDO A VIDA AO
DEUS MONOTEÍSTA ADORADO ATÉ OS DIAS DE HOJE, COMO SENDO ÚNICO E VERDADEIRO.
Continua ....
0 comentários:
Postar um comentário
As opiniões expressas ou insinuadas pertencem aos seus respectivos autores e não representam, necessariamente, as da home page ou de quaisquer outros órgãos.