O
Livre arbítrio não EXISTE!
Bem, este é um assunto importante
dentro do mundo teísta. O livro arbítrio segundo eles é a escolha que fazemos
de forma consciente entre seguir a Deus ou não.
Alguns ateus compreendem errado
este conceito e ao invés de refutar o livre arbítrio eles se preocupam se a
escolha a ser feita é justa ou não, Clique Aqui e veja o erro do ateu.
O correto ao se argumentar se a
escolha é justa ou não, será baseada em um Deus totalmente bondoso ou
totalmente justo. Ser justo é um atributo que se remete a justiça, e também ser
justo pode ser tipo como separar duas partes iguais para duas pessoas, como
separação de Bens em um divórcio.
Muitos ateus argumentam e
inclusive sou um deles, que a escolha que deus oferece é totalmente injusta.
1.
Se você não escolher seguir a deus, você deixa
de existir, pois não aceitar a deus é aceitar a morte. Essa é a escolha que ele
oferece.
2.
O ser consciente pode ser mudado por um deus
todo poderoso onipotente. Isso quer dizer que todas as pessoas que morreram,
podem ser em um estalar de dedos, reprogramadas. Se deus não pode fazer tal
ato, pode ser porque, ele não seja onipotente, porque ele sente prazer em
destruir aquilo que criou ao invés de formatar ou reiniciar o programa, ou ele
faz isso para não deixar rastros daqueles que ele considera os ímpios. De
qualquer forma, ou deus não é onipotente ou ele é injusto.
Esse argumento é muito poderoso e
demonstra que através da escolha consciente, nos baseando se ela é justa ou
não, podemos dizer se deus é justo ou não, pois ser justo é uma das qualidades
de ser totalmente bondoso. Algo totalmente bondoso não é injusto em nada que
faça, como a escolha oferecida é totalmente injusta, ou seja, não existe termo
igualitário, é a vida ou morte, deus não é justo com o ser humano e muito menos
em permitir que ele escolha um caminho, independente de que caminho seja esse.
Mas esse não é o que queremos demonstrar aqui. Muitos teístas podem rebater o
argumento mencionado acima mas não podem refutá-lo.
O principal ponto a se notar aqui,
é que os teístas principalmente os de antigamente, eles utilizavam o livre
arbítrio como uma escolha consciente, ou seja, você conscientemente escolha em
uma opção e outra. Naquele tempo assim como muitos teístas ainda hoje, não
possuem o conhecimento sobre o inconsciente.
Neuro Cientista e psicólogos
chegaram a um consenso que toda decisão que pensamos que estamos a fazendo de
forma consciente, essa decisão foi tomada muito antes de decidirmos sobre ela.
Em outras palavras, qualquer
decisão consciente ela é tomada antes pelo inconsciente e passada para o
consciente de tal forma que você acredite que está tomando uma decisão
consciente sem influência alguma.
Isso implica que não temos
escolha, nós pensávamos ser o piloto mas descobrimos que somos apenas um
passageiro nesta viagem.
Vamos a alguns exemplos:
1.
Imagine que você está em uma loja escolhendo se
decide se leva um tapete azul ou
vermelho.
Enquanto você pensa em qual cor
vai levar, seu inconsciente está fazendo cálculos e mais cálculos do qual irá
te obrigar a aceitar uma cor ao invés da outra. Esses cálculos levam em
consideração, seu estilo e o estilo de sua casa, combinação de cores com
móveis, a intensificação de seu estado emocional entre preferir uma cor e
outra, o que sua família poderá achar de sua escolha, até mesmo a pressão
social está presente nesta escolha.
Se você fosse fazer esses cálculos
de forma consciente você poderia levar dias e gastar muita energia para
simplesmente escolher entre duas opções de cores: Azul ou vermelho.
Quando todos os cálculos são
feitos, uma resposta é dada e será essa resposta que de forma consciente irá
escolher. Você não teve escolha, você não estava livre para escolher a cor que
desejava. É claro que é possível estar consciente de uma pequena parte desses
cálculos, isso quer dizer que, você pode imaginar alguns locais como, sua casa
e a cor azul ou vermelha lá, você pode imaginar sua família entrando e vendo o
tapete. Até mesmo você vendo parte do cálculo é levado em consideração.
Depois de tudo isso, você decide
de forma consciente, comprar o azul.
Perceba que de forma consciente
você tinha uma escolha, mas de forma alguma você é livre para escolher se o
azul ou o vermelho é melhor. Você apenas pode aceitar a resposta, acreditando
que está tomando uma decisão consciente.
2.
Como decidimos?
O professor Matthias Brand, da
universidade de Duisburg-Essen, estuda as mensagens secretas da nossa mente
inconsciente que orientam nossas decisões.
Na tarefa do jogo Iowa, os
voluntários escolhem cartas de quatro baralhos. Entretanto, a transpiração de
sua pele é monitorizada, até as mínimas reações de stress são medidas, com um
polígrafo.
Há ‘bons’ baralhos que rendem
regularmente pequenas quantias de dinheiro e baralhos ‘ruins’ que implicam em
pequenas perdas de dinheiro. Lenta mas seguramente, os voluntários desenvolvem
preferencia pelos baralhos bons, mas somente após a 80 jogada, conseguem
explicar o porque começaram a escolher o baralho bom ao invés do ruim. Porém, o
seu cérebro percebe muito antes.
Após, apenas dez jogadas, o
voluntário já mede reações de stress, depois de cada escolha de um baralho
ruim.
Antes de nossa mente consciente
entrar em ação, até antes de termos uma vaga ideia do que é bom para nós, já
detectamos sinais corporais que nos alertam para as más decisões. Esses sinais
corporais não tem origem no desconforto corporal, tem de ser relacionados com a
agitação do nosso cérebro, é assim que nosso cérebro nos guia na tomada de
decisões.
Até os novos pensamentos
conscientes são nos dados pelo subconsciente.
3.
Porque nos apaixonamos por alguém?
Podemos notar também que até mesmo
na escolha de uma pessoa que amamos, não é uma escolha consciente.
Sistemas de filtragem
inconscientes guiam-nos pelo tumulto do dia a dia, como um sistema de navegação
interno. Só em um caso especifico e que nossa mente faz praticamente tudo para
evitar que vejamos os outros como realmente são: Quando nos apaixonamos.
Por causa das emoções, tendemos a
ignorar diversos detalhes como sem importância, quando na verdade são esses
detalhes que mais importam.
Cientificamente falando,
apaixonar-se é uma reação de stress. O nosso botão de pânico, a amígdala, fica
ativo, tal como reage quando há perigo a vista. Ficar em alerta desencadeia a
emoção que sentimos quando nos apaixonamos. Ao mesmo tempo, o modo de pânico
cega-nos, e isso nos faz certificar de que não analisamos a fundo o nosso
parceiro, crença ou alguma coisa que acreditamos, como um pingente que traz
sorte ou um santo que irá fazer um milagre em sua vida.
Ao mesmo tempo, os nossos centros
de recompensa entram em ação: endorfinas, opiássemos produzidos pelo hipotálamo
do cérebro deixa-nos eufóricos, tal como a serotonina que estimula a
disposição. Este cocktail de felicidade atua como uma droga, no núcleo acumens,
o interruptor nos nossos cérebros que antecipas as recompensas. Sentimos a
ausência do outros como uma ressaca. Quanto ao nosso cérebro o amor é um vicio.
Ingenuamente ignoramos pequenos
detalhes e ações de qual a pessoa que estamos apaixonados tende a fazer, e somente
nos damos conta desses detalhes depois que essas emoções diminuem. É por isso
que muitos tem a impressão de que o amor partiu ou desapareceu, mas na verdade,
após um tempo, é normal nosso cérebro diminuir essas emoções, mas isso não quer
dizer de forma alguma que tu deixou de amar a pessoa com quem está. Se a cada
vez que isso acontecesse, teríamos um número bem maior de divórcios.
Enquanto o nosso córtex cerebral,
o nosso consciente, nada em hormonas de felicidade, o hipotálamo ativa a
produção de cortisol, uma hormona de stress, que estreita nosso campo de visão,
quando estamos em risco ou quando estamos apaixonados.
No inicio de um relacionamentos é
fácil alguém se aproveitar de nós. Não apenas em um relacionamento mas também
em diversas outras áreas onde somos iniciantes, como na religião, na escola, em
faculdades, ou em algo que compramos pela primeira vez. Pela nossa inocência e
de não conhecer o padrão tendemos a não enxergar todo o quebra cabeça.
Falando neuro biologicamente
estamos viciados, cegos e estressados. Tornamo-nos cada vez mais parecidos
graças a hormona sexual masculina, a testosterona. Surpreendentemente, o
hipotálamo e a glândula pituitária reduzem a sua produção em homens
apaixonados, enquanto as mulheres apaixonadas produzem mais. Assim a droga do
amor, surte efeito durante semanas ou até meses. Quase não conseguimos largar a
pessoa pela qual nos apaixonamos.
Está é a fase em que haveria maior
probabilidade de gerar filhos, se os cérebros humanos não tivessem inventado os
contraceptivos, estaríamos perdidos rs.
Após seis a nove meses, o êxtase
começa finalmente a se desvanecer. É bem provável que os indivíduos comecem a
imaginar que não amem mais seus parceiros como antes, e isso é algo natural,
mas se tudo correr bem, já estaremos sob o efeito da oxitocina, uma hormona de
vinculação que a glândula pituitária produz durante o orgasmo. As mulheres
também a produzem quando amamentam. A oxítona não cria stress, mas vinculação,
predispõe-nos para um compromisso a longo prazo, não importa se é com sua
parceira ou com algo que tu acredite, como teísmo, agnosticismo entre diversos
outras crenças das quais nos vinculamos com ela. Em questão dos
relacionamentos, a nossa mente inconsciente quer que cuidemos bem de nossa
prole, embora conscientemente negamos tal pensamento.
Mesmo depois de 20 anos de rotina
de uma relação Helen fisher (doutora que estuda cérebros apaixonados) detecta a
mesma atividade nos centros de recompensa dos cérebros de casais felizes. Por
causa dessa ação desencadeada por nosso cérebro, também demoramos para esquecer
uma pessoa após o termino do relacionamento, pois os efeitos desse coktail de
emoções ainda estão nos oferecendo seu efeito prolongado. Algumas pessoas com o
tempo, se acostumam em passar por essas situações e o efeito é menos prolongado
e dura muito menos. É por isso que algumas pessoas conseguem não se apegar a
outras pessoas com tanta facilidade em relacionamentos, enquanto outras se
apegam rapidamente.
Este efeito e a convivência com
essas emoções, fazem diferença entre se apaixonar loucamente ou se desapegar
com maior facilidade. Por causa disso, mesmo que passe muito tempo após o
termino, ainda é possível sentirmos, mesmo após anos, sentirmos essas emoções
em relação a quem nos apaixonamos.
Mesmo quando estamos discutindo
com a pessoa que amamos, os circuitos inconscientes atuam e permitem os
conflitos se agrave, contra a nossa razão. As vezes até o melhor raciocino não
é tão importante quanto as cadeiras em que estamos sentados.
4.
Porque nos apaixonamos por determinadas pessoas
e por outras não nos apaixonamos?
Helen Fischer pesquisou mais de 28
mil pessoas para chegar a uma resposta. Ela afirma que existem quatros
arquétipos de cérebros, determinados pelos níveis de hormonas nas nossas
cabeças. Exploradores estimulados por dopamina e construtores de ninhos,
estimulados por serotonina, apaixonam-se por parceiros do mesmo tipo. Em
contrapartida, diretores, estimulados por testosterona apaixonam-se por
negociadores estimulados por estrogénio. Mas nada disso é consciente para nós.
Temos, no nosso cérebro, todo o
tipo de mecanismo inconscientes, que nos farão sentir uma atração natural por
um certo tipo de pessoa ao invés de outras. O que vestem é um sinal de suas
raízes, de sua formação e assim por diante. Até mesmo como se movem é um sinal
de energia que tem. A sedução (ferramenta que trabalha para despertar essa
atração ) trabalha muito bem com essa área comprovada pela ciência.
O cérebro inconscientemente
calcula todas essas coisas.
5.
A Navalha de Occam
A Navalha de Occam diz que:
‘Quando confrontando com duas
explicações opostas para o mesmo conjunto de evidências, nossas mentes vão
naturalmente preferir aqueles que fazem o menor número de pressuposições.
Então se um evento ou processo
pode ser explicado sem um elemento superficial, as nossas mentes vão
automaticamente cortar aquele elemento, usando a Navalha de Occam.
Por exemplo, se eu ouço um barulho
no meu armário, de imediato imagino que tem um animal ali dentro, se movendo.
Entretanto se eu abro a porta do armário, eu descubro que uma caixa
precariamente próxima da borda da prateleira e que essa caixa está agora no
chão, eu provavelmente não pensaria que existe mais um animal ali dentro. Mais
ainda, se eu olhasse cuidadosamente no armário com uma lanterna e não achasse o
animal ou qualquer evidência de um animal como pelos ou arranhões ou evidência
de que uma animal escapou de lá, como um buraco na parede, eu provavelmente
pensaria que não há um animal ali.
Em minha mente eu tenho duas
explicações opostas. Uma é que o animal derrubou a caixa do armário causando o
barulho e a outra é que a caixa do armário por causa de processos naturais,
como uma superfície muito lisa e gravidade ou o fato que a prateleira estava um
pouco torta.
Se eu continuar acreditando que um
animal causou o barulho, eu vou ter que assumir coisas para as quais eu não
tenho qualquer evidência.
Por exemplo, eu teria que assumir
coisas como, que o animal tivesse escapado sorrateiramente do armário quando eu
o abri, sem que eu o visse.
A explicação que faz menos
pressuposições e ainda explica as evidências que eu tenho, levam na direção de
que não havia nenhum animal em meu armário. Então a Navalha de Occam seria
automaticamente usada pela minha mente, para cortar o animal da explicação,
como sendo um elemento extra e desnecessário. Um animal não é necessário para
explicar os eventos. Portanto não existe evidências que me motivasse a crer que
havia um animal em meu armário. Ainda seria possível que um animal houvesse
estado lá, mas eu não tenho razões para me motivar a crer nisso.
Em alguns casos a Navalha de Occam
não funciona de forma psicológica e emocional, o que implica que, por causa
dessa nova implicação como emoções envolvidas, uma determinada explicação mesmo
que verdadeira seria excluída, como acontece com a explicação menos plausível
para o evento.
Outro fator que pode influenciar
na escolha da explicação menos plausível para o barulho em meu armário, é o
ambiente do qual eu vivo. Se em meu ambiente, eu aprendo que o gato derrubou e
todos a minha volta afirmam a mesma coisa, minha mente, irá aceitar essa
resposta como a verdadeira, independente se está resposta for a mais inadequada
das explicações.
Outro fator que pode implicar na
pessoa escolher a resposta inapropriada, é o fator conhecimento. O
conhecimento, a analise de duas opções e das ferramentas para analisar essas
duas opções permitem que o individuo, deduza qual das opções é a mais provável
de acontecer, mas se uma dessas pessoas não possuí essas ferramentas,
logicamente iria aceitar ou a primeira resposta que recebeu ou iria aceitar a
resposta pelo que elas não conhecem.
Como pode ver, o livre arbítrio de
fato não existe, tomamos decisões antes do que imaginávamos. De forma
consciente você pode pensar que é livre para escolher se deus existe ou não,
mas processos psicológicos influenciam a tomam a decisão por você te fazendo acreditar
que a sua escolha é uma escolha que você queria.
O Livre Arbítrio não existe, ponto
para a ciência, demonstrando que é a melhor ferramenta de análise inventada
pelo homem.
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