Ateísmo, suicídio e o Sentido da
vida
Diversas vezes, ouvi de diversos teístas, as palavras:
- Se um ateu soubesse a realidade em
que se encontra, cometeria suicídio.
Geralmente essas palavras são acompanhadas de:
- A vida é sem tem propósito no
ateísmo
O interessante de ouvir algo assim é que o teísta realmente
pensa que o ateu, não pensou ou pensa sobre isso. Grande parte dos ateus estão
bem cientes disso e mesmo assim continuam sendo ateus, porque¿ É o que
tentaremos responder.
William Craig faz a mesma comparação em um debate contra
Christopher Hitchens. De qualquer forma, em ambos os casos a ‘acusação’ teísta
é um argumento emocional e não um argumento válido e racional, como provarei a
seguir.
Geralmente quem utiliza esse tipo de argumentação, realmente
acredita que está utilizando um argumento válido para o teísmo, que no caso
seria que no teísmo possuem um propósito um sentido para sua existência.
Albert Einstein Diz assim:
‘QUAL O SENTIDO DA VIDA? Tem um sentido a minha vida? A vida
de um homem tem sentido? Posso responder a tais perguntas se tenho espírito
religioso. Mas, “fazer tais perguntas tem sentido?” Respondo: “Aquele que
considera sua vida e a dos outros sem qualquer sentido é fundamentalmente
infeliz, pois não tem motivo algum para viver”.’
A resposta a acusação teísta de que cometeríamos suicídio é
facilmente refutada. Eis duas razões simples para que o suicídio aconteça:
1.
A pessoa deve estar em um estado emocional
destrutivo;
2.
A vida
para essa pessoa não faz sentido algum;
Na primeira alternativa, devemos nos questionar, o que leva
uma pessoa a cometer suicídio¿ A resposta com frequência estará relacionada ao
estado emocional em que a pessoa se encontra. Este estado emocional geralmente
se caracteriza por:
Ø
Culpa;
Ø
Fardo;
Ø
Perda;
Ø
Trauma;
Ø
Abuso;
Ø
Amor;
Ø
Bulling;
Ø
Opção Sexual sem o apoio familiar e de amigos;
Ø
Solidão;
Ø
Não poder dar o suficiente que a família merece;
Ø
Uma decisão que afetou a vida de uma forma muito
negativa;
Em minha opinião, esses são os principais motivos de alguém
cometer um suicídio. Como em São Paulo recentemente, um rapaz se matou em
frente ao serviço de sua ex namorada, dizendo que jamais iria esquece-la.
Podemos perceber que o ateísmo não se envolve com o
suicídio, já que o suicídio, em sua maior parte, acontece por motivos
emocionais. Portanto um ateu ou um teísta, poderiam muito bem cometerem
suicídio, dependendo de seu estado emocional. Neste caso não importa a posição
e nem a racionalidade, pois quem manda agora é o lado emocional e não racional.
Esse é um argumento forte, onde é facilmente demonstrado que o lado emocional
pode dominar o lado racional, quando o lado racional consegue dominar encontramos
o equilíbrio e maturidade emocional.
Nenhum dos motivos
acima das causas mais prováveis de suicídio, nenhuma se chama ATEÍSMO ou
apontam para o ateísmo. Portanto fazer essa comparação é uma estupidez e não
possuí valor argumentativo.
Em relação a morte do universo, a vida é sem sentido¿
Os pirahã é a única tribo no mundo onde nenhum trabalho
religioso (olha que já foram vários) conseguiram convencer eles de que deus
existe. Eles vivem totalmente para o presente, aproveitam ao máximo a
oportunidade que possuem de estarem vivos, incluindo converteram um pastor para
o ateísmo.
Os pirahã foram questionados sobre o que eles acham sobre o
suicídio e a resposta deles foi sorrisos e gargalhadas, pois não podiam
compreender como alguém seria tão tolo de tirar a própria vida. Somos obrigados
a concluir se um povo como esses vive tão bem sem a religião, a religião ou
teísmo realmente é uma solução para o mundo¿ Observando esse povo, temos que
responder que não.
II. A vida para a pessoa que vai cometer suicídio
perde todo o sentido
Neste segundo caso irei abordar o primeiro e o segundo
juntos. Quando é dito acima que ‘perdeu o sentido’ estamos falando de um vazio
emocional ou como muitos chamam um ‘fardo’. É como se toda a beleza que a vida
possuí, não estivesse mais ali, em outras palavras esse ‘fardo’ ou ‘vazio
emocional’ acontece justamente pela perda de felicidade, prazer e satisfação em
relação ao que a pessoa sentia antes. Um exemplo clássico é quando o namoro ou
casamento entra na rotina. Este sentir
de um ‘vazio emocional’ é o que faz as pessoas no geral buscarem respostas até
mesmo cruzando países, buscando respostas ou tentado se encontrar de alguma
forma.
Este eu Interior é o que chamo de lado emocional. A pessoa
não está em busca de algo que a faça se encontrar, está em busca de algo que
traga o que ela possuía antes, quando tudo era completo. Esse ‘completo’
novamente se remete ao lado emocional, em relação as emoções que a faziam
sentir uma maior alegria, maior satisfação, felicidade e prazer. Esse ‘preencher
o vazio’ não passa de um estado emocional, sem satisfação, prazer, felicidade,
alegria e harmonia.
Esse vazio emocional é o que muitos teístas chamam de ‘peso
do mundo’ ou ‘fardo’, este ‘fardo’ para eles pode ser qualquer coisa que esteja
fazendo acontecer o ‘vazio emocional’. Como por exemplo, a perda de alguém.
Muito religiosos estão nas religiões justamente por causa do famoso ‘vazio
emocional’, o que com frequência indica:
Ø
Imaturidade emocional;
Ø
Pouco conhecimento sobre Inteligência emocional;
Ø
Pouco conhecimento sobre Negociação voltada para
resolução de conflitos e problemas;
O teísmo ou qualquer religião, raramente ensina sobre
Inteligência emocional e maturidade emocional. Podemos pegar diversos exemplos
bíblicos onde existe o contrário de Maturidade e Inteligência emocional,
podemos começar com Davi, que não possuiu maturidade o suficiente para segurar
seus impulsos. Ou Sansão, que não possuía conhecimento sobre jogos emocionais.
Podemos falar de Paulo e de vários outros personagens. Não estou afirmando que
esses homens não possuíam maturidade emocional, estou dizendo que cada um deles
possuía um nível de maturidade emocional parecido e esperado, principalmente de
líderes. Neste caso irei pedir para pensar em porcentagem sendo 0% (sem
maturidade) e 100% (conhecedor de maturidade emocional), sendo que pessoas
comuns possuem pouca maturidade emocional, neste caso menor que 50% (aqueles
que jesus buscava se enquadra por aqui) e aqueles que se questionam, buscam
conhecimento, aqueles que são líderes, ou
possuem conhecimento emocional, estão próximos a 90-100%. Não era para
esses que Jesus pregava e ensinava, já que esses não possuíam um vazio emocional,
logo não possuíam um fardo pesado.
Raramente uma pessoa que possuí maturidade emocional comete
suicídio. O vazio emocional, o fardo, a culpa, entre diversos outros motivos,
saem disparados na frente. Outro problema em relação a pessoas que cometem suicídio,
é que, pelo fato das pessoas no geral, não possuírem conhecimento sobre como
identificar um provável suicida, raramente esses suicidas são encontrados a
tempo para um tratamento.
Um teísta que afirma que o ateísmo é sem sentido ou
propósito, é infeliz ou está dando uma justificativa com argumentos emocionais
do porque não vê sentido no ateísmo. A única e principal diferença (ao menos
pra mim) entre o teísmo e o ateísmo, é a
fé. No restante somos completamente iguais. Tire o Deus de Jesus e verá um
homem comum fazendo o bem, sem ver a quem. É preciso DEUS para alguém ser bom
ou fazer a bondade¿ Definitivamente não. É estupidez seguir a Deus para ser bom
ou fazer a bondade. Ter uma testado de Cristão, não significa fazer a bondade.
A principal razão das pessoas estarem dentro de uma religião
é por causa de algum acontecimento emocional, como vazio emocional, doença,
perda de alguém, solidão, não vê sentido no mundo ou na vida, problemas com
drogas e álcool, culpa. É claro que existem outros motivos que levam alguém a
ir para uma determinada religião, por exemplo, curiosidade, algo novo e nunca
visto, certas evidências, argumentos, algumas pessoas que comparam o mundo com
a vida da religião (o ‘mundo’ não tem nada a ver com ser ateu, e o ‘mundo’ é
uma forma que os religiosos encontram de se separarem das outras pessoas que
não seguem o mesmo que eles, neste caso são pessoas que estão ‘perdidas’, são
pessoas que não enxergam a verdade, quando na verdade o problema são eles),
entre outros motivos.
A fé é algo totalmente emocional e não racional ou
irracional. Quando um religioso acorda ou tem uma epifania em relação ao que
antigamente lhe incomodava, como a morte de alguém que o levou a ser teísta,
essa pessoa descobre que o motivo de ter se tornado teísta é fraco. Um ateu
também passa por problemas emocionais da mesma forma que um teísta.
Um homem que não conhece seus limites, é um homem perdido.
Conclusão
É impossível o argumento teísta fazer algum sentido ou ter
algum valor de forma racional. Vimos também que o suicídio está relacionado
diretamente com o estado emocional do individuo, e que raramente é possível
chegar a tempo e leva-lo para um tratamento.
Vimos também que os principais motivos para alguém se tornar
religioso é baseado no estado emocional do individuo. Jesus mesmo, sempre
buscava os pobres, oprimidos, tristes, cansados, aqueles que carregavam um
fardo, e Jesus dizia que iria aliviar este fardo. De fato ele fazia isso
utilizando sua maturidade emocional e conhecimento como aliados, em outras
palavras, Jesus sempre se mantinha em um estado de equilíbrio, o que podemos
perceber em todos os homens que foram grandes pensadores, filósofos, sábios e
assim por diante.
Com essa simples analise, tanto o ateu como o teísta, é
obrigado a concluir que o suicídio não tem nada a ver com ser ateu ou teísta, o
suicídio tem a ver em sua maior parte sobre o estado emocional do individuo.
Saiba mais neste link, onde demonstramos melhor que o
ateísmo não tem nada a ver com o suicídio. Boa leitura
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