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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Desconversão 3.2 – Deuses não teístas e Evolução

Desconversão 3.2 – Deuses não teístas e Evolução

Nos artigos anteriores quando eu descrevi para o professor, como eu me sentia com respeito aos meu companheiros cristãos, ele respondeu com: ‘’você leu Fernão Capelo Gaivota?

O que você está descrevendo é que você está voando em círculos acima de seu bando.’’

Eu disse que não tinha lido, mas pedi o link do amazona, eu estava ansioso por ler qualquer livro que me ajudasse a entender minha nova identidade e direção na vida. Quando o livro chegou e eu comecei a lê-lo. Fiquei um pouco perplexo. Porque era literalmente sobre uma gaivota. Parecia como um livro infantil sobre gaivotas. Mas assim como no livro ‘Ser Bom’ havia muito mais nesse livro do que o título sugeria.

Enquanto eu lutava contra o começo do livro ser bem desinteressante, uma dica de sua alegoria me surgiu em mente. A medida que eu lia, de repente o livro explodiu em uma vibrante pintura alegórica e sua riqueza me deixou abismado.

Eu nunca li uma história que fosse tão simbólica e que me parecia tão profundamente relevante para minha própria identidade.

Enquanto eu lia a história a minha mente encontrou minhas próprias entidades e experiências da minha própria vida que combinam com os símbolos da história.

O BANDO, eram as pessoas da igreja. VOAR, era a arte de aprender e buscar a verdade não importando onde ela o levasse. Era uma coisa que eu sentia que o pessoal da igreja só fazia aos domingos. E mesmo assim minimamente. ALIMENTAR, era o ato de viver o dia a dia e ganhar o seu sustento. Era o que eu ironicamente sentia que o pessoal da igreja passava o maior tempo fazendo. O se trabalho, sua diversão e sua repetitiva recitação e reinterpretação de dogmas da era do bronze. Eram todas quase totalmente atividades mecânicas.

Nenhuma dessas atividades os desafiava ou lhes ensinava algo novo. De interagir com eles na escola dominical, parecia que a vida mental deles era como um mar morto de velhas ideias que se estagnaram e misturaram, mas muito raramente faziam contato com água fresca.

Jonathan, descobriu a alegria de voar, a alegria de aprender e de florescer com novas ideias e novas informações, a alegria de procurar a verdade na sua totalidade e paixão. Quando ele tentou compartilhar essa alegria com o bando, eles o baniram.

Foi nessa passagem que eu senti que passaria pela mesma coisa, se eu tentasse compartilhar os meus pensamentos com a igreja. Porque como você talvez fique surpreso em descobrir eu ainda era um membro da igreja e a igreja era a única organização onde eu sentia que podia colocar a minha identidade filosófica e saber sobre a identidade filosófica de outras pessoas, apesar de ser um ateu.

Meu único corte nessa paisagem cristã, era um homem que vivia a centenas de quilômetros de distância. Eu me sentia como um infiltrado na igreja e eles não eram capazes de reconhecer nenhuma mudança na minha identidade espiritual, apesar de rezarem, cantarem e falar comigo em línguas.

Isso foi mais uma evidência de que eles não estavam sendo guiados por uma deidade sobrenatural onisciente, mesmo eles declarando plenamente de que eram. Eles não me trataram diferente e eram bem receptivos as minhas novas ideias filosóficas, apesar de que eu sabia, que todos esses pensamentos vinham de uma perspectiva completamente ateísta.

Mas tal como Jonathan, eu sentia que se eu compartilhasse toda minha visão, somente exilio social e desentendimento maciço me esperavam. E com respeito a minha própria jornada teológica. Uma ideia do livro que sobressaiu para mim foi que:

‘Todos nós somos ideias na mente da Grande Gaivota’. Em outras palavras, somos todos uma parte da mente de deus. Essa ideia é basicamente um tipo de panenteísmo, que é a crença de que o TODO está contido DENTRO de Deus. É compatível com o panteísmo, porque diz que tudo é Deus, mas adicionalmente a isso também diz que tudo está DENTRO de Deus.

Uma razão pela qual eu achei essa teologia convincente, foi por causa do livro que eu li, como estudante de graduação em Inteligência Artificial chamado ‘Inteligência de Enxame’. Este livro argumentava que inteligência só tem significado como sendo um processo social entre entidade múltiplas. Ele também argumentava que inteligência não seria limitada a criaturas biológicas. A partir dessas premissas eu extrapolei que o universo em si poderia ser pensado sendo um tipo de mentes como mencionada no livro.

Eu consegui suporte a essa ideia do livro ‘A face oculta de Deus’ de Gerald Schroeder. Que eu li apesar do fato e provavelmente porque eu sentia que o livro que o professor passou não concordaria.

Eu queria ter certeza que eu não estava trilhando o meu novo caminho as cegas. E o livro anterior de Schroeder foi tão convincente para mim que eu sentia que esse livro pudesse me trazer novas ideias e novas soluções para alguns problemas que o professor apontou. Pelo livro, Schroeder descreve vários sistemas biológicos de nosso corpo com ilustrações do seu intricado trabalho interno. Ele argumentava que a engenharia biológica não podia ser explicada pela evolução gradual devido a falta de fósseis transicionais, e da improbabilidade de mutações aleatórias criando as mudanças certas para tal sabedoria se manifestar.

Alguns anos mais tarde eu descobri porque essas são críticas falaciosas da evolução gradual, mas nessa época eu os achei bem convincentes. No fim das contas Schroeder argumenta que devido as deficiências da evolução gradual para a vida ter tanta sabedoria em seu design, algum tipo de sabedoria deve esta impregnada no universo em si. Esse tipo de ideia é um tipo especifico de panteísmo chamado pampsiquismo. Que pode ser definido como a crença de que TUDO que é material, mesmo que seja pequeno, tem um elemento de consciência. Em outras palavras, o argumento de Schroeder é de que o universo em si é consciente.

Ele desenvolve esse argumento com algumas interpretações da Mecânica Quântica (1. Toda matéria é composta de energia. 2. Toda energia é composta de informação) que depois eu também descobri que eram falaciosas. Mas também achei convincente naquela época.


Além de casar com o pampsiquismo, Schoroeder também argumenta sobre o deísmo, na forma de uma ‘não – coisa’ metafísica que deve ter percebido o mundo físico. Deísmo pode ser definido como a crença em um CRIADOR do universo que NÃO INTERVÉM no universo depois de cria-lo. O seu argumento começa afirmando que antes do Big Bang o tempo e o espaço não existiam, então o que quer que disparou o Big Bang, deveria estar fora do tempo e do espaço e deve ser portanto não físico portanto deve ser metafísico.

Como seus outros argumentos eu aprendi muitos anos depois que este argumento também é falacioso, mas também como seus outros argumentos eu achei convincente naquela época.

A medida que eu continua os estudos em teologia, eu comecei a nota dois problemas com as posições que eu estava tomando. Uma delas é que as vezes as posições contradizem uma a outra, por exemplo, o deísmo não é prontamente compatível diretamente com o pampsiquismo. Porque o deísmo, implica que deus intervém no mundo físico e o pampsiquismo implica que o mundo era constantemente guiado por uma consciência universal. Eu remediei este conflito, assumindo que todos esses conceitos eram apenas hipóteses e talvez vários ou um o provavelmente nenhum deles eram corretos.

Eu aprendi minha lição com o teísmo e não afirmava nenhuma dessas hipóteses com muita convicção. O único compromisso que eu tinha agora era em encontrar a verdade, não importa qual ela seria.

O outro problema com essas crenças, em especial o deísmo e o pampsiquismo é que algumas vezes eles se confundem com o teísmo, afirmando ou sugerindo que o criador ou o universo em si eram inteligentes. Remediei este conflito, aceitando pelo menos naquele tempo, que meu ateísmo era pouco claro e que eu ainda acalentava fortemente a possibilidade que existisse uma inteligência que tivesse precedido ou permeado o universo como um todo.

Dado o tempo que eu me dei para apreciar mais os argumentos sobre teologia e até mesmo uma forma mais avançada de teísmo, eu foquei meus estudos mais uma vez em ler livros feitos para desmantelar os argumentos para o cristianismo convencional.





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Item Reviewed: Desconversão 3.2 – Deuses não teístas e Evolução Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli