Aprendi muitas coisas em minha
vida e uma delas foi identificar pessoas problemáticas, falsas, com caráter
falho, pessoas difíceis e complicadas. Na visão dessas pessoas elas não são
complicadas e acreditam que a vida é um ‘perde e ganha’. Eis um exemplo de
discurso de uma pessoa com as características mencionadas acima:
Ø
Talvez para alguns eu seja tão pouco, pra outros
sou mais que o suficiente, e ao longo do tempo passei por muitas tempestades
mas eu sobrevivi. Hoje sou bem melhor que antes e diferente, até mesmo
experiente para não cometer os mesmos erros. E te digo que sou feliz bem longe
daqueles que m dia se fingiam ser amigos.
Esse é um discurso muito comum,
porém raramente ou nunca utilizado por pessoas que possuem um QI elevado, ou
que possuem uma maturidade, conhecimento e adaptação em nível ideal ou acima do
ideal. Sabemos que todos erramos porém cada erro tem um peso e uma medida. Cada
erro é diferente e as pessoas tem o direito de julgar. Quem foge de ser julgado
foge do problema e é provável que culpe as pessoas por julgarem. É como se a
pessoa estivesse jogando na cara de outras pessoas que elas são hipócritas e
por causa disso não são ‘verdadeiras’.
Recentemente ajudei uma moça
chamada Marcelle do Rio de Janeiro e ela apresentava todos os sinais de ser uma
pessoa complicada e difícil de lidar. Ela perdeu tudo e estava ciente disso,
pois quem mandou ser obreira e ao mesmo tempo amante de pastor, como
consequência os amigos se afastaram dela e os que não se afastaram é porque não
sabiam o que ela tinha feito. De fato, a melhor amiga dela ao saber, não
acreditou. Continua sendo amiga, mas jamais será como antes. Os familiares então
nem se fala, mais uma grande decepção. Para coroar a situação ela utiliza a
frase “os verdadeiros eu sei quem são” como meio de justificar que no futuro
não terá amizade com muitas pessoas pois como sabemos, ela acredita que esses
amigos estão sendo injustos com ela. Isso significa que a pessoa é incapaz de
compreender o tamanho do próprio erro, assim como é incapaz de compreender a
medida e o peso do próprio erro. De fato, ela jogou na cara da irmã que o erro
dela tinha o mesmo peso que o erro da irmã, o que foi um absurdo. Acredite ou
não, o sentimento a obriga a agir de forma irracional. Ao invés dela direcionar
a raiva e frustração ao homem que a levou a traição, não, ela prefere culpar os
amigos, as pessoas que a ajudaram, os familiares, o consultor que a ajudou. Isso
porque ela decidiu ficar com o ex pastor e como consequência está direcionando
sua raiva e frustração para os amigos, familiares, e para o consultor. Tudo
isso para manter o sentimento intenso pela pessoa que ama.
Acredito que a pior parte é que
essas pessoas são tão cegas que no futuro elas aceitam que erraram, seguem em
frente e ainda jogam em sua cara que “você não as perdoou”. Essas pessoas
continuam sendo problemáticas mesmo quando “superam” o erro. Ainda assim, nos
condenam pelos erros que elas cometeram. Nós somos culpados pela dor que temos
segundo essas pessoas.
Solução
O melhor a fazer é se isolar
dessas pessoas. Não existe outra escolha. Nós sempre seremos culpados pelos
erros deles. Eles nunca são culpados pelo que cometem e é comum se colocarem no
papel de vítima. Eles acreditam que o “erro” não foi grande coisa. Eles nos
condenam pelas próprias ações e pela maneira como foram tratados ou seja, ao
invés de condenarem a si mesmos e pedirem desculpas pelo que cometeram preferem
achar um culpado, pois é mais fácil culpar alguém por não aceita-los do que
pedir perdão pelo erro que cometeram. De fato, acredito que no fundo eles sabem
que não serão perdoados e tem medo de enfrentar as consequências do próprio
erro. Como gosto de dizer, um ladrão só vai para a cadeia quando é pego, em
outras palavras, nos erros que cometemos dos quais não vamos para a cadeia,
dificilmente alguém que cometeu o erro, irá se humilhar e pedir desculpas. É
muito mais fácil culpar terceiros e depois ainda cobrar deles por se afastarem
ou não perdoarem o erro. Isso chamamos de falsidade ou se preferir incapacidade
de olhar para si mesmo e corrigir ou amenizar o mal que causou.
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