Introdução
As emoções determinam nossa qualidade de vida. Elas acontecem em todos os relacionamentos que nos interessam: no trabalho, em nossas amizades, nas interações familiares e em relacionamentos íntimos. Podem salvar nossas vidas, mas, também, causar danos. Podem nos fazer agir de um modo que achamos realista e apropriado, mas também nos levar a agir de maneira extrema, causando arrependimento mais tarde.
Meu objetivo é ajudar os leitores a
entender melhor e aprimorar suas vidas emocionais. As emoções podem começar
rapidamente, e isso ocorre muitas vezes; tão rápido que nossa consciência não
participa ou testemunha o que ativa uma emoção em nossa mente em determinado
momento. Essa velocidade pode salvar nossas vidas em uma emergência, mas também
pode arruiná-las quando reagimos de forma exagerada. Não temos muito controle a
respeito do que nos deixa emocionados, mas é possível, embora não seja fácil,
fazer algumas mudanças naquilo que ativa nossas emoções e em nosso
comportamento quando nos emocionamos.
Cada emoção também gera um padrão
único de sensações em nosso corpo. Ao nos familiarizarmos com elas, podemos
ficar cientes, desde o início, de nossa resposta emocional, a fim de termos
alguma chance de escolher se conservamos a emoção ou se interferimos nela.
Cada emoção também apresenta sinais
únicos, principalmente na fisionomia e na voz. Sabendo identificar as emoções
desde cedo, seremos capazes de lidar melhor com as pessoas em diversas
situações e controlar nossas próprias respostas emocionais aos sentimentos
delas. Além disso ao trabalhar nossas emoções estamos aumentando nossa
maturidade emocional e ficando ainda mais consciente de como o que sentimos
afeta o mundo ao nosso redor.
Gostaria que não fosse verdade, mas
nosso sistema, a sociedade, a mídia, a internet, não se concentra corretamente em
trabalhar nessa área tão importante. A maturidade emocional não é ensinada nas
escolas e como consequência criamos jovens que não estão preparados para a
realidade e naturalmente esses jovens se tornam adultos e assim o ciclo se
repete. Em muitos casos a responsabilidade é colocada nos pais, porém os pais
também não tiveram a oportunidade de trabalhar na maturidade emocional e o
ciclo se repete de pai pra filho. Acima disso temos que lutar para melhorar
nosso sistema e implantar a maturidade emocional nas escolas. Se realmente queremos
que nossos filhos tenham uma vida emocional melhor do que a nossa, devemos nos
focar em trabalhar as habilidades emocionais de nossos filhos.
As consequências de um baixo nível de
maturidade emocional nos afeta diretamente. Relacionamentos vão de mal a pior,
cada vez mais o sentimentalismo e positivismo tem ganho força. As pessoas cada
vez mais não conseguem lidar com julgamentos e com críticas, e naturalmente se
escondem em seu núcleo de pessoas que evitam julgar e fazer críticas. Esses
dificilmente crescem emocionalmente pois vivem em um mundo de fantasia distante
da realidade. Muitas pessoas ainda acreditam que existem emoções positivas e
negativas e outras pessoas ainda vão mais longe dizendo frases como: “Entre o
certo e o errado prefiro aquilo que me faz feliz” ou “se eu sinto alguma coisa
só vou, depois me preocupo com as consequências”. O mundo está cheio de pessoas
que destroem a si mesmas e no processo de destruição não se importam se irão te
levar junto com elas ou não. Essas pessoas não possuem a responsabilidade
emocional esperada e naturalmente devemos nos proteger para que não sejamos
atingidos negativamente por essas pessoas.
O mundo não é um lugar cor de rosa,
onde todas as pessoas podem viver em união, que tudo irá se resolver. Não! O
mundo não é um lugar onde devemos ignorar a importância de lidar com nossas
emoções. Querendo ou não temos que aumentar nossa resistência emocional e com o
conhecimento certo, estaremos cada vez mais próximo de conquistar esse
objetivo. O que sentimos afeta toda nossa vida e se não soubermos lidar
corretamente com o que sentimos, estaremos em grandes problemas.
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