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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A Convicção humana mais importante: Sentido de Vida



Todo ser humano possuí diversas convicções. Diversos processos cerebrais trabalham para que essas convicções tenham sentido. O intrigante é que, este trabalho inconsciente é feito de tal forma, que é quase impossível para um ser humano com a capacidade mental comum, perceber.

Temos muitas convicções, porém a mais importante de todas é baseada na necessidade existencial. Na grande maioria dos casos, essa convicção que gera o sentido de vida é muito mais importante que o amor de mãe, que o amor de filho, que o amor de pai ou amor de amigo. Supera todas as outras convicções. Essa necessidade existencial é responsável pelo Sentido de Vida.

O Sentido de vida é o processo cerebral que nos faz viver ou morrer por algo que acreditamos. Isso é para compreender o quão enraizada o sentido de vida está em nossa estrutura primária. Tudo o que somos, o que gostamos, está envolto pelo sentido de vida. Todo o conhecimento, experiências vividas, influenciam completamente em nosso background. O Background é tudo que nos envolveu até este momento, sendo experiências vividas, cultura, influências , ideologias, conhecimento, maturidade, mentalidade, comportamento, e etc. Isso quer dizer que duas pessoas podem seguir a mesma ideologia e agirem de formas completamente opostas.

Talvez tenha ficado confuso ao ler as palavras ‘Estrutura primária’ e ‘Background’. De forma simples:

(a)                   Estrutura primária é aonde é registrado e programadas as primeiras informações de nossa existência.

(b)                   Background é uma estrutura secundária, que registrou, apagou, modificou ou adaptou novas informações a estrutura primária, transformando assim a estrutura primária em uma segunda estrutura.

O interessante é que em nossas vidas podemos passar por diversas mudanças em relação a essa estrutura primária. Exemplos simples são os ateus que viram teístas ou os teístas que viram ateus. Outro exemplo, são homens e mulheres que sofreram desilusões e tiveram que se readaptar, modificar a estrutura anterior através de novas informações que foram adicionadas.

Tudo o que somos devemos a essa estrutura que todos nós temos. A conclusão é que, conforme o tempo passa, nossa estrutura vai aumenta de tamanho e adicionando novas informações e a partir de uma determinada idade, começamos a envelhecer e essa estrutura começa a ser modifica e debilitada.

Estava aqui pensando no quanto o Sentido de vida afeta nossas vidas, e descobri uma lista gigantesca de coisas que irei simplificar:

Ø     Influência na música que ouvimos : Lembro-me do tempo que eu era teísta e que ouvia somente músicas da minha ideologia. Nunca tinha ouvido um rock, funck, ou música pop. Existem dois pontos importantes aqui:

(A)                  Quando eu era pequeno minha mãe colocava Richard Claydman enquanto eu dormia. Então minha estrutura primária programou tal informação, que até hoje, ainda gosto de ouvir músicas instrumentais e clássicas.

(B)                   Conforme o tempo passa, em muitos casos nossa estrutura pode ser modifica para ouvir vários estilos de musicais e também pode se manter em apenas um estilo musical.

Ø     Influência com quem nos relacionamos e nos casamos : Este ponto é bem interessante. Uma vez que o sentido de vida programa e reprograma toda a nossas necessidade existencial, também existem a necessidade através da afinidade que em muitos casos nos leva a nos envolver ou associar com pessoas que compartilhem os mesmos ideias, crenças, convicções, ideologias ou filosofias, que nós. Por mais que tenha as questões biológicas por trás do que consideramos amor, desejo, prazer, satisfação, aquilo que sacia nossa necessidade existencial nos obriga a preferir pessoas idênticas ou que simpatizem com quem somos, seguimos ou fazemos. Da mesma forma, em relação ao termino em muitos casos.

Não tem como falar de relacionamento sem levar tudo aquilo que envolve um relacionamento, já que milhares de relacionamentos envolvem duas pessoas que possuem Sentidos de vida bem diferentes e mesmo assim, possuem uma boa relação. Porém neste caso, é muito importante avaliar questões como o sentimento e o background de ambas as pessoas. A Maturidade, o conhecimento, a experiência, estão todos interligados com a relação.

Ø     Influência no que defenderemos de forma pessoal.
Ø     Influência com quem nos envolveremos : Amigos, familiares, parentes, desconhecidos e etc.
Ø     Influência em nossa moralidade individual.
Ø     Influencia em nossa mentalidade e maturidade.
Ø     Influencia em quem poderemos ser no futuro e nas escolhas que faremos.
Ø     Influencia nossos sonhos e em quem somos.

Poderia continuar e continuar com essa lista, mas deu pra entender aonde quero chegar. Basicamente a principal convicção que temos, conhecida como Sentido de vida, influencia ou está de alguma forma presente em praticamente tudo que fazemos.

Algumas perguntas interessantes:

1.      Se o sentido de vida é um processo cerebral, como podemos saber se uma ideologia ou filosofia de vida é verdadeira ou falsa?

Primeiramente temos que corrigir um ponto aqui. Quando falamos de questões que envolvem nosso cérebro, temos que considerar que não é uma questão de certo ou errado, ou de saber o que é logicamente. Temos que compreender como ‘necessidades’. Por exemplo, se tenho a necessidade de comer, logo tenho fome. Porém não existe algo que diga que comer é certo, porém sabemos que é certo, por causa da fome. Devemos saciar está necessidade. Porém se vivêssemos em um mundo ao qual não precisássemos comer, ou seja, que não existisse a necessidade de comer, comer seria considerado inadequado. Ou seja, nossas necessidades moldam o que é certo e errado, racionalmente. 

Agora que compreendemos essa necessidade, compreendemos que todas as crenças, não importa se são racionalmente e logicamente corretas, não importa qual crença, ela é necessária. 

Necessária pois todos os seres humanos possuem a necessidade existencial, a busca por preenchimento e a busca para dar sentido a própria vida, seja utilizando Deus para isso ou utilizando o Ateísmo para atingir tal objetivo.

Agora que vem o que importa. Perceba que Deus e o Ateísmo, assim como o Agnosticismo, são objetos ao qual é direcionado a necessidade existencial. O processo cerebral utiliza as informações necessárias sobre Deus, Ateísmo e Agnosticismo, e assim processa essa informação saciando a ‘necessidade existencial’ e gerando assim a convicção de Sentido de vida.

Perceba que não importa se são falsas ou verdadeiras racionalmente, importa que elas fazem o papel de saciar a necessidade existencial e por isso se tornam verdadeiras para o individuo. Se parar para pensar, perceberá o quanto o mundo sofre por essas más compreensões do funcionamento de nosso cérebro. Para milhares de pessoas, esse processo cerebral que cria e gera as convicções de que algo é verdadeiro, não existem. A própria Bíblia, assim como outros livros, utilizam Deus para explicar esse processo cerebral, porém erradamente.

Qualquer pessoa mais simples, pode e irá compreender equivocadamente essas questões e irá desejar impor sobre milhares de pessoas suas crenças pessoais. Olhando ao redor do mundo, podemos compreender o quanto essa ignorância fez e faz mal a milhares de pessoas. A Bíblia mesmo é um ótimo exemplo de como o povo de Israel e os povos ao redor de Israel, utilizavam o que acreditavam como forma de dominar, matar, ou se impor. Hoje, nós temos o conhecimento de que não importa se Deus existe ou não, nosso cérebro trabalhará através de diversos processos para gerar a necessidade existencial, obrigando assim o individuo a acreditar que Deus existe ou não existe.

Neste sentido não importa se uma ideologia é verdadeira ou falsa, o que importa é que sacie a necessidade existencial. Essa é a razão de existirem tantos deuses ao redor do mundo. Essa também é a principal razão de milhares de pessoas perderem suas vidas. A ignorância nos cegou, agora é hora de abrir nossos olhos.

2.     Como posso acreditar então que algo é verdadeiro?

Como respondemos acima, em um aspecto geral não importa se algo é verdadeiro ou não, importa é que se é necessário ou não. Não importa saber se matar alguém é certo ou errado, o que importa é a necessidade por trás do ato de matar ou não matar. Por exemplo, a necessidade de viver, pode nos colocar em situações morais bem interessantes. Imagine que tem um trem vindo e existem dois caminhos. No caminho (A) existem 3 pessoas no trilho e no caminho (B) está alguém que ame. Não precisa ser um gênio para compreender que na maior parte das escolhas pessoais, seriam a resposta (B), mesmo que em relação a necessidade de sobreviver, a opção (A) seja a racionalmente e logicamente adequada. Nossa conexão emocional com as pessoas próximas a nós, nos obriga a escolher salvar quem amamos na maioria dos casos.

Essa questão é importante, pois não é necessário saber se um farol é verdadeiro ou falso, basta compreender a necessidade por trás da existência de um farol para compreender o porque dizemos que é correto e certo que exista um farol.

Basicamente tudo o que envolve o ser humano, envolve necessidades. Desde necessidades de sobrevivência, necessidades de reprodução e necessidades de melhorar a qualidade de vida.

Para muitas pessoas que compreendem a importância da racionalidade e da lógica, compreendem que a razão e a lógica também são necessidades. Não é possível eliminar o aspecto do ser humano, o separando da razão e da emoção. Uma depende da outra, caso contrário, basta criar robôs e eles tenderam a ser racionalmente e logicamente adequados e superiores nesta categoria aos seres humanos.

Conclusão


O Sentido de vida é a convicção mais importante que temos, e ela influência em praticamente todos os aspectos de nossas vidas. De fato, para nós seres humanos, não importa se acreditamos em algo ou não, o que importa é saciar nossas necessidades existenciais. Essa é a razão do argumento pessoal ser inválido e servir apenas como uma forma de demonstrar a necessidade através de um objeto que foi ou é direcionado para um processo cerebral gerando assim o sentido de vida, modificando a estrutura primária. 
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