Refutação do Argumento sobre os Valores morais objetivos
Olá a todos. Me chamo Gabriel Melo e hoje demonstrarei como
refutei o argumento de William Lane Craig sobre os valores morais objetivos,
para isso, você precisará, saber do que estamos falando, Clique Aqui para o argumento ou Clique Aqui.
Para refutar esse argumento é necessário evidenciar que os
valores morais objetivos não apontam para um deus e sim apontam para o evoluir
social do ser humano e aproveitando a deixa, provaremos também que um deus
totalmente bondoso não existe. O motivo disso é que os dois argumentos estão
interligados e um anula o outro.
Craig diz que o argumento dos valores morais indicam a
existência de algum deus, no caso, o deus do cristianismo. Segundo a lógica de
sua argumentação baseado nas civilizações ou tribos que não possuem contato
umas com as outras, possuem valores morais idênticos, se não forem os mesmo. O
problema é justamente a implicação disso ao compararmos com outros fontes que
apontam para o oposto, provando que o argumento utilizado mesmo sendo
logicamente válida é falho em suas premissas, já que a informação foi
corrompida ou deixada de lado.
Se ele diz que os valores morais apontam para deus, portanto
ele deve incluir nesta equação que as expressões faciais apontam para deus, já
que uma tribo que não tem contatos com a civilização possuem as mesmas
expressões faciais que as nossas, tanto de alegria , tristeza, prazer, e assim
por diante. Ainda mais, podemos observar que, todo ser humano possuí emoções e
as emoções são as mesmas não importa onde o ser humano esteja.
Eu disse isso para demonstrar que quando a informação
utilizada é falha em algum ponto, o argumento não deixa de ser logicamente
válido e irá seguir logicamente suas premissas.
Vamos ao que importa. Uma evidência clara que os valores
morais objetivos é algo social ao invés de apontar para alguma entidade, são as
crianças. Esse primeiro exemplo é claro e objetivo. Uma criança não faz
distinção entre o certo ou errado de forma moral, isso porque ela não possuí e
o conhecimento necessário no momento para dizer o que é certo e o que é errado
de forma moral. Isso implica que conforme a criança vai conquistando
maturidade, vai aumentando seu conhecimento sobre os valores morais, dos quais
os valores morais são impostos pela cultura, ambiente e etc. Isso explica o
porque um valor moral muçulmano é totalmente diferente em países que não são
muçulmanos ou judeus se preferir.
Essa é uma evidência simples e comum que aponta para os
valores morais objetivos, como algo social e pertencente ao ser humano. Se
pudéssemos retroceder e vermos uma criança no tempo, veríamos que quanto mais
jovem, menos sentido os valores morais possuem, isso implica que em uma
determinada idade a criança começa a compreender como seu ambiente funciona,
desta forma ela se adapta a este ambiente. O que evidência que a criança não
possuí nenhum valor moral objetivo.
A evidência clara contra o argumento de Craig é que os
valores morais objetivos é facilmente explicados pelas emoções, a parte ruim
dessa evidência é que aponta para o evolução da sociedade ao invés de apontar
para uma entidade sobrenatural.
Quando digo emocional, eu me refiro que as Leis e a
moralidade que aceitamos, em primeiro lugar ela teve que ser emocional para
depois se tornar Leis de forma racional. Deixe-me explicar melhor para sua
compreensão.
Imagine que estamos em um tempo onde a escrita não foi
inventada e que ao invés de vivermos em tribos, vivíamos por conta com suas
crias (na época não existia a ideia de filhos). Imagine agora que um inimigo
apareça e ameaça a matar sua cria. O que você iria fazer¿ Provavelmente lutar
até a morte para defender o que é seu. Essa defesa não acontece por instinto,
ela acontece por causa das emoções. Sem as emoções se este inimigo fizesse um
jantar com seu filho, você até comeria junto, isso se não existissem emoções.
Por causa da existência de emoções podemos observar praticamente em todo o
reino animal, uma preocupação com as crias e nos cuidados da mesma, o que mais
uma vez não aponta para nenhuma deus. Dito isto, fica fácil compreender que,
quando alguém tenta fazer algo de ruim a seu filho, você rapidamente toma a
frente na defesa do mesmo. O intrigante neste ponto é que as emoções não
evoluem com o tempo, ou seja, permanecem as mesmas.
Vamos avançar um pouco no tempo, neste caso, iremos parar no
tempo onde vivemos em tribos e construímos nossas próprias Leis morais. Para
explicar o porque os valores morais existem, podemos observar a escrita e sua
importância, o que nos fez criar leis, para nos proteger e também para punir
aqueles que quebram as leis. As leis são necessárias para manter não apenas a
ordem, mas para proteger aquele que é seu.
Em uma tribo ou sociedade, para explicar o porque da
existência de uma determinada Lei Moral, é necessário compreender o emocional
em primeiro lugar, pois foi o lado emocional que permitiu que essas leis
tivessem sentido. Um exemplo para compreendermos melhor essa ideia é que, se
duas mulheres perderam seus filhos por algum motivo de alguém matar por
qualquer razão, isso será tido como ruim, pois as emoções para a perda é
tristeza, solidão, saudade, o corte da esperança, a perda do conforto e
confiança, e isso gera uma situação emocional muito ruim. Agora imagine que
isso aconteceu ano após ano, até que em um momento, pessoas decidiram que não
queriam mais sofrer, e então a Lei Não mataras foi implantada. Tanto que, você
pode ir em uma tribo que não tem contato com a sociedade, podendo ser os
canibais por exemplo, e observará que a tribo não mata pessoas da próprio
tribo, sem haver um motivo para isso. O que implica que antes de ser criada
essa Lei, mesmo que não esteja no papel ou em algum lugar assinada, quando essa
lei não existia, milhares de pessoas sofriam sem elas. O que implica que essas
Leis não apontam para um criador, apontam para o ser humano e sua necessidade
com o passar do tempo para se proteger de sua própria espécie. Desta forma,
trazendo uma oportunidade maior que morrer antes de seus filhos e terem uma
vida mais prospera e digna.
Esta evidência é fenomenal que evidência que os valores
morais é algo social e não provem de nenhum deus ou entidade. Podemos observar
que até mesmo naqueles que seguem algum deus possuem essas mesmas
características em relação as emoções e a criação de Leis morais dentro de sua
ideologia. Cada ideologia prega algo diferente em sua doutrina, e as punições
para a quebra dessas Leis. Percebemos que essas Leis foram evoluindo com o
tempo, mas possuem o mesmo tipo de começo, não importa se é em uma tribo que
nunca teve contato com a civilização moderna, ou se alguém que nasceu em uma
cultura diferente. Todos nós nos sentimos da mesma maneira em relação ao que
aceitamos como propriedade e desejamos que essa propriedade permaneça conosco
não importa quanto tempo passe. E para que isso aconteça é necessário Leis que
proteja nossa propriedade. Em primeiro lugar a necessidade é emocional (quero
que isto me pertença e não seja tomado de mim) e depois se torna Uma Lei moral
de forma racional (isso lhe pertence porque um lei diz que lhe pertence).
Se observar nossas leis, poderá dizer por si mesmo se é algo
social e que veio mudando com o tempo. Por exemplo, na bíblia em Êxodo 20 nos
diz os 10 mandamentos e um dele é não matarás, esse mandamento é algo que está
incluído mesmo em sociedade que não possuem contato com a civilização, o que
não apontam para deus e sim para o ser humano.
Podemos ver que a transgressão de qualquer um dos
mandamentos é morte. O que é bem interessante pois se um dos mandamentos diz
que a transgressão do pecado é a morte, então aquele que aplica a lei e mata
outro individuo, está matando, e seguindo essa lógica a pessoa que mata a outra
deve morrer. E assim deveria seguir o Loop até todos morreram. Como que existe
a tão famosa desculpa, de que aquele que aplica a lei não está sobre a Lei (o
que eu chamo de Fracasso da Lei, pois aquele que executa a lei tem o poder para
fazer o que a lei diz explicitamente para não fazer), o que implica que a Lei
Divina é injusta ou não inspirada por deus. Pois se analisarmos essa lei (é
aqui que provo que um deus totalmente bondoso não existe, não estou falando do
problema do mal) podemos perceber que deus mata pessoas na bíblia. Neste caso
estou apontando que existem cerca de 140 evidências bíblicas das quais
demonstra deus matando outras pessoas (no total foram cerca de 25 milhões) e
não sendo punido pela lei que criará.
Isso por si só, evidência que ou deus não é totalmente
bondoso ou é indiferente a nós. Ou é um ou é outro, o que oferecem para
defender o deus do cristianismo e as mortes que ele mesmo provocou, chamam de
problema do mal, e todas as justificativas são falhas. Agostinho falho, William
Lane Craig falhou e ateus falharam ao utilizar de forma errada o argumento que
refuta um deus totalmente bondoso.
Outra evidência chocante e aponta que Satanás o diabo
somente faz o mal se deus permitir, e com essa permissão o diabo matou cerca de
10 pessoas na bíblia, é o livro que conta a história de Jó. Deus em toda sua
bondade permitiu que o mal fosse feito a um seguidor fiel, simplesmente por causa
de uma aposta entre os dois. Por causa disso, as religiões e igrejas de hoje em
dia, por causa de sua ignorância e falta de conhecimento, se aproveitam de uma
má compreensão bíblica, para dizer que, o diabo ou satanás é responsável pelo
mal, quando claramente a bíblia aponta, como um massacre, que deus pratica a
maldade de forma de 2,5 milhões para cada uma vez que o diabo matou alguém com
a permissão de deus.
Outra incongruência que vemos na bíblia é o antigo
testamente e o novo testamento. Em minha opinião os dois não deveriam estar
juntos no mesmo lugar. Pois se seguirmos a lógica e principalmente deixarmos de
lado por um instante o ateísmo, ou o ceticismo e analisarmos as diferenças
absurdas entre os dois testamentos, veríamos que Jesus e o Deus do antigo
testamento não possuem nada em comum e parecem inimigos do que personagens que
lutam lado a lado.
A filosofia de Jesus é totalmente diferente da filosofia
baseado no antigo testamento. E o deus do antigo testamento sem dúvidas, não é
o deus do novo testamento. No novo testamento deus é transformado em um deus
totalmente bondoso e benevolente, e que quer salvar seus seguidores, no antigo
testamento, se você ousa-se seguir outros deuses, se decidisse ser gay,
homossexual, ateu, pensante livre, a única resposta era o apedrejamento.
Podemos ver no novo testamente o que Jesus fez com Maria Madalena. Essa
discrepância entre o novo e antigo testamento, evidenciam que os deuses
mencionados em um e o outro são totalmente diferentes.
Para esquentar este assunto, podemos ver que o deus bíblico
muda com o tempo, o que vai contra sua própria palavra de que deus não muda com
o tempo. Os apologistas deram um jeito nisso, mas cometeram erros. Podemos ver
deus claramente mudando com o tempo, ou melhor mudado conforme o povo ia
mudando. O que implica que não era deus que estava mudando e sim os povos
daquela época que forma mudando aquilo que acreditavam com o tempo.
Isso pode ser complicado de se entender, pois em muitos
casos, a pessoa não compreende como essa ideia era mantida. Isso implica que
quanto menos souber sobre o mundo a seu redor, maior as chances de aceitar algo
sem questionar ou questionar e buscar as respostas com as pessoas inadequadas
como pastores. Se quer respostas adequadas, não tente procurar em pessoas que
praticam determinada ideologia, procure nos inimigos desta ideologia. Eles vão
explicar o porque não aceitam determinada ideologia e a partir daí você decide
por si mesmo se vale a pena ou não seguir determinada ideologia.
Conclusão
1.
Os Valores morais objetivos é algo social,
facilmente explicado pelo lado emocional e do porque existem até hoje, em
diferentes localidades pelo globo.
2.
Evidenciamos de forma simples de que um deus
totalmente bondoso baseado na bíblia não existe.
3.
O deus do cristianismo são bem diferentes ao
analisarmos o novo e antigo testamento.
Essas foram algumas de nossas evidências, espero que tenha
apreciado e por favor nos mande suas críticas, estaremos respondendo assim que
possível.
Obrigado por ler. Atenciosamente Gabriel Melo.
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