Ø
Em relação a fé, algo pessoal e um deus pessoal;
O Objetivo deste artigo é tentar compreender o que está por trás da fé, o que faz a fé ser exatamente o que ela é. É claro que toda objeção é bem vinda, e estamos disposto a corrigir qualquer equivoco ou mal entendido. O texto abaixo é de responsabilidade de seu autor. Nada do que está escrito aqui deve ser aceito como uma verdade da qual nega o lado oposto, este artigo é para observar, sendo uma visão do autor sobre a fé, baseado em uma observação pessoal, qualquer critica ou postura contrária serão respondidas dentro do possível. Ele sabe que tem erros, mas essa é justamente a ideia, melhorar o artigo.
Alguns textos interessantes, já que eu defendo que a fé é uma ferramenta para o individuo:
> A fé em deus pode ajudar na recuperação psicológica Clique Aqui
> Laboratória da Fé Clique Aqui
> Fé e Psicologia: Relações possíveis Clique Aqui
Quero começar dizendo que, muitas vezes quando entro neste tipo de assunto as pessoas tendem a compreender de forma errada o que digo, pois, elas começam a colocar pensamentos como colocou, como algo do tipo:
Você não sabe o que eu vivi ou o que eu passei para afirmar
sobre algo pessoal.
Alguns até dizem, que eu me acho o deus. Isso é muito comum,
tanto porque não espero menos de pessoas que não tiveram a oportunidade de
conhecer ou estudar sobre emoções.
Nossas emoções podem ser fáceis de ler se a pessoa for uma
boa leitora de linguagem corporal, micro expressões faciais, tonalidade e
timbre de voz, palavras, combinação de palavras, transições e assim por diante.
Se eu compreendo e leio essas informações, não é difícil
saber o nível de maturidade de uma pessoa, simplesmente lendo o que ela diz sem
perceber que está dizendo. De fato, normalmente em 15 minutos de conversa ou
menos, consigo ter uma base muito próximo da maturidade que essa pessoa possuí.
E isso não é nem um pouco difícil.
Eu não preciso conhecer o que uma pessoa vivenciou ou o que
ela teve de experiências, se eu sei como rastrear o emocional de uma pessoa,
posso facilmente compreender o que essa pessoa passou até o momento, sem ao
menos ter ouvido qualquer história sobre ela.
Eis a sua resposta a sua pergunta de como eu conheço, ou sei
muito próximo a isso sobre sua maturidade, sem ao menos nunca ter te visto em
minha vida.
Em relação a fé:
Se olharmos nos dicionários veremos que a fé é acreditar
fortemente em algo sem ter evidências para isso.
Por exemplo, eu não tenho fé na gravidade, tanto porque
mesmo que eu não a veja, posso sentir seu efeito todos os dias. Não tenho fé no
sol, no planeta terra, no espaço, no tempo, no universo, e consequentemente não
tenho fé que algo possa ser criado no nada ou surgir do nada(o nada é apenas mal
interpretado hoje em dia, de fato ao dizer nada poderíamos estar certos ou
dizer que ali não tem nada, mas se olharmos mais a fundo perceberemos que o
nada é fruto de nossa ignorância, pois no nada tem muita coisa), não tenho fé
em nenhuma dessas coisas. Por isso é um absurdo o que muitos teístas dizem
sobre os ateus possuírem fé no nada, eles apenas defendem que se deus não
existe, sobra apenas uma opção, e desta forma, aceitam o nada como aceitam a
gravidade. O problema é que muitos teístas não compreendem essa forma de defesa
do nada. Muitas vezes confundem essa defesa com fé, pois os ateus defendem tão
firmemente este ponto de vista, que se não analisarmos as emoções de ambos,
poderíamos de forma racional, dizer que ambos possuem o mesmo tipo de fé, mas
quando analisamos as emoções percebemos que essa ideia não se firma.
Em minha opinião é um absurdo dizer que um ateu possuí fé,
pois o próprio termo ateísmo se refere ao oposto de teísmo, logo seguindo as
premissas podemos deduzir que no ateísmo não existe a fé, como no teísmo. Já
que um é a ausência do outro. Um nega o outro.
Não que eu seja ateu, ok, apenas demonstrando um equivoco
teísta em relação ao ateísmo, da qual essa ideia vem se propagando como algum
tipo de vírus forte.
Nós temos um enorme problema para analisar, que seria de
forma pessoal.
Milhares de pessoas no mundo acreditam em deuses diferentes,
da mesma forma que um judeu ou muçulmano acredita em seu deus. A fé é a mesma e
não muda de uma religião para a outra.
Outro problema é que, poucos possuem o conhecimento de que a
fé, é baseada em emoções. Sim, pois é, essa acredito que você não esperava.
Nossas emoções trabalham para dar sentido a nossa vida, a
gerar a fé, a gerar o amor por exemplo, entre diversas outras. O que muitos não
compreendem é que para cada um dos nomes que citei, temos diversas emoções que
são direcionadas a elas. Imagine uma sacola cheia de coisas, ou um circulo com
diversos outros círculos dentro, é assim que a fé seria, assim como o sentido
da vida seria, falando de forma emocional.
Outro fator muito importante, é que através de nossas
emoções tendemos a decidir entre o certo e o errado de forma que o certo ou
errado deve ser aquilo que nos faz feliz. O que também podemos observar o mesmo
tipo de frase na definição de fé de forma racional: fé é acreditar fortemente
de que algo é verdadeiro sem ter qualquer evidência para isso.
Em ambos os casos a ideia é a mesma, o preenchimento
emocional e não decisões racionais.
Portanto, não importa a evidência que eu lhe mostre, quando
mais intensificada for sua fé, menos irá querer saber, e de tal forma, que pode
começar a utilizar o sectarismo, como projeto de vida. Se afastar das pessoas e
ter a tendência a cegueira.
Quando eu digo que algo emocional não evidência nada, isso é
porque nossas emoções não podem evidenciar que o que sentimos existe. Eis
alguns exemplo:
O pai que acabou de perder a filha, mas que não consegue se
livrar do que sente em relação a filha. Aqui o que é dito é que o pai de forma
racional aceita a ideia do falecimento de sua filha, mas de forma emocional,
ele não pode esquecê-la. Neste caso, em particular podemos verificar facilmente
que nossas emoções não trabalham de forma alguma em conjunto com qualquer forma lógica ou racional, me baseando em apenas um exemplo de diversos ou até milhares de
outros exemplos. Até hoje, todas as tentativas de conciliar razão e emoção
falharam.
Quando você diz que se baseia na decisão que tomou em sua
vida, por causa de sua fé, o que está afirmando é que tomou uma decisão
emocional, está seria a melhor forma de traduzir a decisão que tomou através da
fé. Até hoje, eu não vi o lado emocional transformar uma realidade subjetiva em
um realidade objetiva, ainda espero pra ver rs.
Um exemplo claro disso, são nossas crianças e na crença da
existência do papai noel, para uma criança que não tem qualquer maturidade
emocional, o papai noel é real, e não importa o que você diga, ou quantas
evidências você demonstre, é a mesma resposta toda vez. Papai noel existe e aí
de você se não comprar os presentes.
Aqui temos um paralelo entre as crianças e os adultos, que
neste caso, aquilo que se é acreditado é intensificado a ponto de se tornar
real. Em outro ponto de vista, podemos analisar que, em ambos os casos, podemos
observar que aquilo que se é acredito traz sentido para a vida do individuo. É
como se as emoções estivessem ligadas diretamente com a crença, fé e sentido da
vida.
Pelo fato das pessoas não compreenderem o que está por trás
da fé e do sentido da vida, de forma emocional, eles tendem a se equivocar em
relação a fé, muitas vezes dizendo que a fé é algo irracional, ou argumentos do
tipo.
O sentido da vida, possuí um pacote de emoções, com emoções
que tendem a trazer:
Confiança, conforto, felicidade, prazer, satisfação,
esperança, gozo, deleite, e assim por diante.
A fé possuí as mesmas emoções ditas acima. Hoje podemos
mapear exatamente em seu cérebro, onde elas afetam e o porque afetam. Podemos
dizer como você se sente e de onde elas surgem.
Por outro lado, tudo que é o oposto do sentido que tem em
sua vida (como ser ateu X teístmo, e assim por diante) traz emoções de aversão,
insatisfação, infelicidade, pouca esperança ou nenhuma, e assim por diante. Por
isso tendemos a nos afastar daquilo que não nos traz prazer, satisfação e
felicidade.
É por isso que o teísmo tem sentido para alguns e o ateísmo
não tem sentido algum. É por isso que tendemos a gostar de um estilo de música
e odiar outro.
Outro fator importante sobre isso é que, quanto maior a
intensificação dessas emoções, com maior frequência a frase:
Não preciso de evidências para crer ou acreditar no que eu
acredito.
Se torna real e mais intenso!
Já foram feitos diversos testes, em pessoas apaixonadas e
pessoas não apaixonadas. A diferença em relação ao parceiro, ou seja, a
diferença entre dizer se seu parceiro é bom ou não, estava relacionada diretamente
com a cegueira provida pelas emoções, da qual é o motivo de alguém dizer que
não necessita de evidências pois possuem a comprovação pessoal.
Foi relatado que pessoas que estavam apaixonadas não podiam
ao certo dizer que seus parceiros não eram os ideais em mais de 80% dos casos.
O que acaba nos dizendo que nossas emoções tomam papel importante na tomada de
nossas decisões , em nosso dia a dia, de tal forma que, nossas emoções nos
impede de ver de forma clara se estivermos sobre efeito delas. A fé em muitos
caos, pode cegar o individuo e deixar próxima a porcentagem de 100%.
Pude constatar que todas as pessoas que dizem que não
necessitam de evidências para o que acreditam, tendem a se basear no mesmo
problema em relação a fé.
Um fundamentalista possuí uma intensificação emocional bem
maior que um teísta comum, e os motivos para isso podem ser diversos, de tal
foram que o fundamentalista poderia matar outra pessoa baseada em um livro
sagrado, enquanto o teísta que não possuí uma intensificação de emoções iguais
a do fundamentalista, evitaria matar outra pessoa baseada nas escrituras.
Outro fator que devemos levar em consideração é o fator da
cultura e do ambiente do qual o individuo tende a crescer, pois isto o pode
transformar em racista se seu ambiente for racista, assim como pode se tornar
fundamentalista, assim como os filhos que nascem em famílias tendem a serem
ateus quando adultos e os filhos que nascem em famílias teístas tendem a ser
teístas quando adultos.
Podemos perceber que a ideia de emoções, sentido da vida, e
as decisões que tomamos, possuem uma excelente base emocional, da qual, tudo o
que acredita ou possuí fé, não faria sentido algum, sem as emoções.
Quando você diz a definição da fé de forma racional, imagino
que realmente não está levando a sério quando digo que a fé é algo emocional.
O mais intrigante é que, este argumento baseado em emoções
explica a necessidade humana de criar deuses pessoais dos quais lhe trazem a
satisfação emocional que esperam. Quando psicólogos dizem que deus é necessário
para o ser humano, estão se referindo a deus como ferramenta da qual lhe
proporciona felicidade, prazer e satisfação, desta forma, com estas emoções em
especial, tudo aquilo que se é acredito, ganha sentido e é geralmente por isso,
que tendemos a gostar de algo ou odiar algo, dependendo das emoções que foram
direcionadas.
Por isso tantos deuses existem, pois é baseado em uma
necessidade humana básica em relação a suas emoções e satisfação emocional
(pessoal se preferir).
Quando eu digo que um deus pessoal não existe, você deve
evidenciar o contrário de tudo o que disse acima. Provar de alguma forma que A
existência de um deus pessoal, não provem de emoções ou da necessidade do ser
humano na busca de prazer, satisfação e felicidade.
Os teístas mesmo dizem, que sem deus suas vidas não fazem
sentido e acrescentam as diversas emoções providas que foram direcionadas para
esse acreditar em seu deus especifico.
Me desculpe quando duvido de sua iluminação pessoal, como eu
fui religioso por mais de 20 anos, sei bem o que isso significa, então estamos
juntos nessa ideia de um deus pessoal. Um deus pessoal é igual a preenchimento
emocional, e até hoje não vi um argumento melhor que esse acima e de fato, até
hoje não vi ninguém contradizer ou refutar essa argumentação, que de fato
explica até mesmo, o porque muitas pessoas que passam pelas EQMs, acreditarem
fortemente naquilo e também ajuda a explicar, a ideia do terceiro homem,
existem muitos relatos de pessoas que dizem que quando estavam passando por um
momento de intensa pressão emocional, como estando dentro de um prédio caindo
ou algo do tipo, algumas pessoas, relatam que viram uma pessoa, que muitas
vezes é o pai ou alguém que teve uma importância principalmente na infância, da
qual não existe qualquer indicio de controle emocional, foi relatado que
sentiram um toque e tudo ficou em paz, ou em muitos casos eles dizem como se
sentiram.
O que não é nenhuma novidade, pois sabemos que nosso cérebro,
trabalha de forma espetacular e é capaz de gerar ilusões das quais tomamos como
reais. Um exemplo disso seria se tivesse a oportunidade de observar pessoas com
delírios. Quando essas pessoas falam de imagens que aparecem e sentem o toque,
geralmente falam de alguma coisa que existe ou que ouviram falar que teve
alguma importância, elas também dizem em relação ao que sentem, ou seja, elas
começam a falar que foi a melhor ou pior sensação que tiveram na vida, neste
caso, falam de como suas emoções foram intensificadas para gerar a sensação de
realidade. O bacana disso tudo é que, as emoções podem ser rastreadas, e
acredito que se conseguirmos rastrear de onde essas emoções são providas,
talvez possamos ajudar pessoas que sofrem com delírios, mas essa pode ser uma
ideia louca. Quando acordam ou passam por essa experiência, passam a acreditar
naquilo fortemente ao ponto de dizer que aquilo que viram e sentiram é real. Não
importa a evidência que mostre, isso não irá invalidar o que a pessoa sentiu,
mesmo que invalide.
Qualquer experiência ou memória, podem ser intensificadas,
pois se isso não fosse possível, você não saberia a diferença entre seu pai e o
pai de seu vizinho.
Um exemplo fácil e simples sobre intensificação de emoções,
me diga quais foram as 3 melhores lembranças que teve em sua vida e as três
piores. É óbvio que iria me dizer 6 memórias importantes, só que pelo fato de
você me dar justamente essas memórias você acabou de provar que o que falo
sobre intensificações de emoção é real.
Se as emoções não fossem intensificadas para essas memórias,
provavelmente nem lembraria delas assim como não se lembra do janta que comeu a
três anos atrás nesta mesma data.
Um simples almoço pode se transformar em uma experiência
única se as emoções forem intensificadas, como se eu perguntasse: Qual a melhor
macarronada que comeu na vida?
Quando você fala de fé para mim, suas palavras não fazem o
menor sentido, ao menos pra mim, que passei pelo teísmo.
Quando teístas utilizam o argumento pessoal ou a
argumentação da fé, podemos ver que o oposto se também for baseado em fé, ou
seja, na crença que o nada pode existir e que um deus é irrelevante, e se o
teísta pergunta o porque dessa pessoa acreditar nisso e ela responder por causa
que tem fé ou porque acredita nisso. Este argumento é tão válido como o do
teísta sobre fé. Ou seja, provaria a inexistência de Deus.
O que por dedução é melhor deletar o argumento pessoal e o
argumento baseado na fé como irrelevantes, pois ambos os lados iriam ficar
dizendo que coisas opostas que não podem coexistir uma com a outra, ao mesmo
nessas filosofias, é tão válido como a que seu oponente diz ser válida.
Entramos em uma forma de argumento circular do qual é muito
mais simples, não utilizar nenhum desses argumentos, por uma simples questão
lógica. Assim como não ousamos ficar perguntando quem criou deus, não faz
sentido pois entraríamos em uma argumentação infinita, é melhor deduzir que
deus é eterno.
Caso não queira, se alguém acredita e tem fé que THOR
existe, baseado em sua fé, este argumento é tão válido quando o argumento do
teísta, e mesmo ambos sendo tão contraditórios, nenhum deles necessitam de
evidências pois são aceitos pela fé. Qualquer coisa pode ser aceita pela fé, e
é por isso que a contagem de deuses no mundo chegam próximo a 2 Bilhões, isso
se não passou. Tem diferenças entre THOR e DEUS mas como estamos falando de fé,
e do argumento pessoal, ambos são válidos e ambos existem, já que para se
basear na fé não é necessário evidências. Por isso em minha opinião é tolice
alguém que possuí fé, afirmar que a sua fé é válida e a de outra pessoa que
segue um deus totalmente diferente é inválida. Ao meu ver isso não faz o menor
sentido. É até estranho um Cristão querer convencer um Judeu e vice versa, em
muitos casos é como se ambos entrassem em contradição ao afirmar que a fé de um
é verdadeira e a fé de outro é falsa.
Portanto, quando utiliza um argumento pessoal ou o argumento
baseado na fé, pode ter certeza de que, este argumento é irrelevante e não faz
o menor sentido ficar utilizando ele como se realmente fosse algo válido. Por
isso que se chama argumento pessoal, pois não necessita de evidências.
E como refutação ao que acabei de dizer, deve-se argumentar
que algo é possível ser real, baseado em emoções, e nisso, eu não faço a menor
ideia de como é possível fazer.
Olhando para o universo, se um deus existir, tenho certeza
que não é um deus pessoal, que se importa contigo, ou que dá a mínima pra você.
Observando o universo e como as coisas são, se um ser como deus existir, este
ser seria totalmente indiferente a sua criação. E uma evidência disso é quando
diz que deus é eterno, ou seja vivi para sempre e sempre existiu, o que
demonstra que, não havia necessidade alguma de criar a humanidade, isto seria
mais como um jogo, caso esse deus existisse, do que uma ideia de salvação
baseada em um deus pessoal. E o contrário não é possível evidenciar ao menos ao
meu ver, pois, se algo não é necessário para este ser, portanto ele não pode
ser perfeito, pois para algo ser próximo a perfeição, em minha opinião, este
ser precisa ser indiferente a sua criação, e é justamente isso que parece
quando tratamos o problema do mal, é como se deus estivesse desaparecido, pois
bondade no deus do antigo testamento, ainda estou pra ver.
Tanto a fé e o argumento pessoal, evidenciam que qualquer um dos milhares de deuses existem e todos são verdadeiro. E se a fé evidencia realmente alguma coisa, então todas as coisas evidenciadas pela fé, são igualmente válidas.
No aguardo de sua resposta.
0 comentários:
Postar um comentário
As opiniões expressas ou insinuadas pertencem aos seus respectivos autores e não representam, necessariamente, as da home page ou de quaisquer outros órgãos.