Você é uma boa mãe, um bom pai? A viagem para o sul
Essa é uma pergunta necessária e a resposta não cabe a você,
ela será demonstrada no comportamento de seu filho ou filha.
A um tempo atrás resolvi viajar para o sul, essa ex-amiga,
tinha um filho do qual ela disse que o filho estava ficando mal educado e
respondão. Segundo ela, foi por motivos de mensagens subliminares em desenhos
da Disney, que sem dúvida é uma coisa sem cabimento algum. Como isso é para
outro artigo e não para esse, essa escolha dessa mulher e culpar os desenhos
animados ao invés de se perguntar o que estava fazendo de errado ou quais as
circunstâncias que estavam fazendo seu filho ser do jeito que era.
O problema ao meu ver, não está em ensinar o filho, acredito
que está em duas coisas:
Ø
Analisar seu trabalho como pai ou mãe e
Ø
Compreender o porque uma criança age como age;
Essas duas análises são de extrema importância, pois caso
não faço isso, a tendência é tomar decisões como a moça do sul, que para negar
seu próprio erro, arranjou justificativas para não ver o óbvio.
Colocar comida na mesa, dar estudo, isso é importante, mas
não muda se você é um bom pai ou boa mãe, isso vem como pacote ao decidir ter
um filho.
Eis algumas situações interessantes, do que pude observar:
Ø
O menino praticamente evitava mijar no banheiro,
ele fazia está necessidade muitas vezes, na varanda, na escada e na rua;
Ø
Por duas vezes peguei essa mulher dizendo para
seu filho que desse jeito ia se arrepender de ter tido o filho, bem, ela disse
isso para o próprio filho. Como o filho não compreende o que essas palavras
significam, não fez muita diferença para ele, mas para mim, que sou um adulto,
ao ouvir algo deste porte, estava na cara que o problema era a mãe;
Ø
Bateu no filho de forma desnecessária;
Ø
Ao filho não compreender algo, ao invés dela
explicar de forma decente, ela se colocava em um aposição de dominância, por
exemplo, o filho começava a discutir com ela, ao invés dela, dar um jeito de
parar, ela se colocava em pé, olhando para baixo, na famosa posição de eu sou
superior a você e você deve me respeitar, como o menino tinha apenas 3 anos,
ele não tem consciência de que certas atitudes são ruins de forma moral, e
muitas vezes as crianças apanham até possuírem maturidade para conquistar isso.
O problema não é o filho e sim os pais, que preferiram, um caminho comum, ao
invés do caminho mais desejado.
É muito importante compreender que uma criança age através
de suas emoções e não em relação aos valores morais.
Dito isto, seu filho pode chorar dias por causa de um
sorvete e por não entender que para comprar um sorvete ou um presente é
necessário ter dinheiro, como ele não compreende isso, ele ira fazer diversos
jogos emocionais para conseguir o que quer, como chorar, espernear, te tratar
muito bem, responder, ficar nervoso, tudo isso para obter aquilo que o deixará
feliz. Se compreender como é o lado emocional de uma criança, seu
desenvolvimento será muito melhor. A frase das crianças nesta idade é: entre o
certo ou errado, procuro tudo o que me deixará feliz e me trará alguma forma de
prazer.
Quando os pais compreendem o porque de seu filho chorar,
espernear, quando compreendem o porque desses jogos emocionais para conseguir o
que quer, os pais podem criar um antídoto para que esse problema seja
diminuído, isso não implica que irá acabar, mas apenas de diminuir já é um
grande alivio, principalmente se forem crianças que possuem muito energia para
gastar.
O problema é que como essa mãe não possuí esse tipo de
consciência, ela faz o que milhares de pessoas fazem:
- O filho é meu, eu crio como eu quiser.
Eu me lembro dessa frase, pois em um domingo, eu estava
deitado em um quarto e ela estava no outro, e seu filho, estava praticamente
aos berros com seu vô e vó na varanda, eu me lembro desse dia como se fosse
hoje, lembro de ouvir essa moça, dando passos firmes, longos e rápidos em
direção a varanda, lembro de ouvir ela batendo no filho, e dizer, isso é pra
vocês aprenderem que quando vocês estiverem fazendo isso com meu filho é ele
quem vai apanhar e foi direto para o quarto com o filho.
Lembro dos pais dizendo: Pra que isso ‘filha’?
E lembro da irmã dela dizendo algo parecido e ela responde:
- O filho é meu eu cuido como eu quiser, você vá cuidar dos
seus.
Isso é uma boa mãe?
A resposta é óbvia não e sim. Não está no sentido de que ela
por sua inocência de não buscar conhecimento e melhorar como mãe, preferi
seguir o que seus instintos dizem, em outras palavras, seguir suas emoções. O
que pode ser um problema, pois, quando ela bateu no filho na varanda, ela
exagerou na quantidade de cintadas e exagerou na força, o que demonstra que as
emoções estavam fora de controle, das quais a fizeram exagerar. E isso
demonstra a falta de maturidade da mãe.
O problema é que isso acontece em todo o mundo, e sim, a culpa
é do individuo por não saber lidar com suas emoções e por não possuir ou ir
atrás de conhecimento. Por outro lado isso também e culpa do governo, por não
oferecer melhor educação do qual gera milhares de adultos, que não possuem
maturidade ou conhecimento necessário, o que gera diversos problemas como nos
vídeos abaixo:
Eis os links: Clique Aqui
A inocência dos pais, a falta de informação e conhecimento,
a preguiça de ler mais de um livro por ano, juntamente com o socialmente
correto, possuem o suficiente para criarem problemas e dificuldades amais do
que já tem na criação dos filhos. Muitas vezes os pais exageram, em outras os
filhos, se o ciclo se repetir, problemas maiores virão.
Eu mesmo passei por situações da qual apanhei com pedaços de
madeira, ou com a fivela de uma cinta, mas ainda bem que não tive a
oportunidade de apanhar com pedaço de corda, pedaço de ferro, não tomei murros,
socos, pontapés, e muito menos fui parar no hospital por causa disso, mas
milhares de pessoas passam por isso, sem necessidade.
Me lembro que fiz duas operações, das quais eu não conseguia
tomar o remédio de tão ruim que era, e nas duas vezes eu apanhei e não gostei
nem um pouco. Na primeira vez minha mãe chegou na hora, e tomei apenas duas
cintadas, na outra vez não tive tanta sorte, lembro que tomei várias cintadas
até o marido da minha mãe dizer, que eu não aprendia, então ele dobou a cinta
ao inverso, permitindo que a fivela ficasse na ponta e assim começou novamente.
Lembro que se eu não levantasse meu joelho para ficar na
reta dos meus pontos, ele teria acertado meus pontos e a situação ficaria muito
pior, por sorte a fivela quebrou e ele acordou e parou de me agredir sem
necessidade.
Muitos pais cometem erros, meu pai por exemplo, por não ter
tido a oportunidade de estudar devido a pobreza, ele fazia exatamente o que o
pai dele fez. Se eu apanhei assim, ainda foi pouco comparado a como meu vô
batia em seus filhos.
Minha dica é, para ser um bom pai ou boa mãe, não adiantar
achar que é um bom pai ou boa mãe, essa resposta não cabe a você, e o
comportamento do seu filho vai dizer, que tipo de mãe ou pai você foi. Muitas
vezes são os filhos que sã ruins e cometem erros em outras vezes são os pais.
A moça do sul, se achava uma boa mãe e por causa disso,
falhou e vai falhar mais vezes, até obter maturidade através da dor e não do
amor.
Sua ingenuidade e inocência não justificam a força e a
maneira com que faz seu filho aprender a ser alguém. Sua falta de conhecimento
e preparação é problema seu, e as consequências certamente virão, é uma questão
de tempo.
Obrigado por ler. Atenciosamente Gabriel Melo.
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