A memória acerca dos eventos que
escolhemos recordar, que não nos conduzem a uma nova vivência das emoções
originalmente sentidas, possibilita aprender como reconstruir o que está
acontecendo em nossa vida e temos, assim, a chance de mudar o que nos emociona.
A imaginação é ainda outro meio de
provocar uma reação emocional. Se usarmos a imaginação para criar cenas que
sabemos que nos emocionam, poderemos ser capazes de suavizar um gatilho. Em
nossas mentes, podemos interpretar de outras formas o fato para que não
combinem com nossos gatilhos habituais.
Falar a respeito das experiências
emocionais do passado também pode ativar emoções. Podemos falar com a pessoa
com quem tivemos uma reação emocional a respeito de como nos sentimos e por que
achamos que nos sentimos daquela maneira. Podemos conversar com um amigo ou um
psicoterapeuta.
Às vezes, o simples ato de falar
acerca de um episódio emocional nos induzirá a uma nova vivência da emoção, da
mesma forma que acontece com nossas experiências quando pedimos para as pessoas
tentarem fazer isso.
Voltar a vivenciar os sentimentos
de um episódio emocional do passado pode trazer benefícios ao nos dar a chance
de elaborar um final diferente para as questões e inspirar o apoio ou
compreensão da pessoa com quem falamos. Claro que, às vezes, voltar a vivenciar
as emoções nos coloca em apuros. Por exemplo, um marido se acha capaz de falar
desapaixonadamente com sua esposa a respeito de um mal-entendido ocorrido
alguns dias antes, mas conclui que ainda se irrita, tão ou ainda mais do que
originalmente. Isso poderia acontecer mesmo se ele esperasse isso. Na maior
parte do tempo, não temos controle quando a emoção toma conta de nós. Quando
isso acontece, nossa expressão provavelmente revela isso aos outros, e eles
podem se enfezar, porque voltamos a nos enfezar.
Retirado do livro, A Linguagem das Emocões - Paul Ekman
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