Infelizmente, o modo como reagimos
pode não ser sempre apropriado ao ambiente. Se visitarmos um país onde a mão de
direção é outra, nosso processamento automático poderá nos colocar em perigo,
uma vez que podemos errar facilmente ao alcançar uma rotatória ou fazer uma
curva. Não podemos manter uma conversa ou escutar o rádio. Conscientemente, devemos
nos manter alerta às decisões que, antes, eram automáticas. Às vezes podemos
achar que, emocionalmente, estamos vivendo em outro "país", outro
ambiente em relação àquele que nossos mecanismos de avaliação automática são
sensíveis. Assim, nossas reações emocionais podem ser inadequadas ao contexto.
Isso também se torna verdade
quando somos ateus ou teístas. Este é um ótimo exemplo. Como nossas emoções
estão direcionadas para objetos diferentes, é natural que o ateu não se sinta
bem em viver como teísta, e por essa razão tende a se afastar do ‘viver’ como
um teísta ou ‘ser’ como um teísta. O mesmo equivale para o teísta em relação ao
ateu.
Retirado do livro, A Linguagem das Emocões - Paul Ekman
0 comentários:
Postar um comentário
As opiniões expressas ou insinuadas pertencem aos seus respectivos autores e não representam, necessariamente, as da home page ou de quaisquer outros órgãos.