Ocasionalmente, as emoções começam
depois de uma avaliação reflexiva, em que consideramos conscientemente o
evento, mas ainda não temos certeza de seu significado. A medida que a situação
se desenvolve ou nossa compreensão progride, algo entra em sintonia, encontra
correspondência em nosso banco de dados de alerta emocional e, então, os
mecanismos de avaliação automática assumem o controle. A avaliação reflexiva
lida com situações ambíguas, situações em que os mecanismos de avaliação
automática ainda não estão sintonizados. Suponha que você encontre uma mulher
que começa a falar sobre sua vida, mas não fica claro por que ela está falando
com você. Você pensa a respeito do que ela diz, tentando entender o que isso
significa para você. Em certo momento, você percebe que ela está ameaçando seu
emprego. Então, os mecanismos de avaliação automática assumem o controle, e
você começa a sentir medo, raiva ou outra emoção pertinente.
Esse é o preço da avaliação
reflexiva: tempo. Os mecanismos de avaliação automática nos poupam esses
minutos. Frequentemente, nossas avaliações automáticas podem nos salvar do
desastre, e fazem isso cortando aqueles momentos requeridos pela avaliação
reflexiva.
Retirado do livro, A Linguagem das Emocões - Paul Ekman
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