Processos em seu cérebro –
Realidade ou Ilusão
Nosso cérebro a todo momento, está
passando por diversos processos. Analisando estes processos, percebo a linha
estreita entre realidade e simulação da Realidade. Facilmente podemos perceber
o mesmo padrão se repetindo vez após vez ao nosso redor. NeuroCientistas e a
NeuroTeologia.
Alguns processos devem acontecer
de forma obrigatória, independente se é um sonho, uma ilusão, uma simulação ou
algo real, e são elas:
1.
Processos de Imagens: Nós temos um banco de
dados em relação a imagens extremamente gigantesco. Toda imagem em um sonho,
uma Eqm, até mesmo no dia a dia do que realmente vemos, como um carro na rua,
em nosso cérebro aquilo é a imagem de um carro. Tudo que vemos ao nosso redor é
a imagem de algo, como uma casa, um computador. Através de outros meios como os
sentidos, podemos separar se a imagem que vemos é real ou apenas uma simulação.
O processo de Imagens é o mesmo, tanto para a realidade como para qualquer simulação
feita por nosso cérebro.
2.
Processos de emoção, sensações, sentimentos:
Aqui estamos falando de sentir que algo é real. Toda simulação ou imagem ou até
mesmo a realidade, ela não seria nada sem as emoções, sensações ou sentimentos.
Na vida real, se não temos emoções, sentimentos em relação a algo, este algo
não existe para nós e nas simulações e ilusões feitas por nosso cérebro, tenta
copiar ao máximo como essas emoções e sensações seriam na realidade. Quando
sonhamos que estamos caindo e temos a sensação de que realmente estamos caindo,
sentimos até mesmo frio na barriga da queda, de fato isto é seu cérebro
copiando ou fazendo você sentir como se aquilo fosse a realidade. Assim como em
Eqms, experiências espirituais e religiosas. De onde as emoções, sensações e
sentimentos provem, não é possível diferenciar realidade de uma simulação, e de
fato, este processo é o mesmo tanto para o mundo real quando para um simulação.
Por isso diversos sonhos, simulações e ilusões são tão reais, fazendo a pessoa
sentir que passou por um experiência real ou ao menos como se fosse a
realidade.
3.
Processos dos sentidos: Como sabemos que algo é
real ou não¿ imagine-se por um momento sem qualquer um dos sentidos, entre
nesta simulação de não possuir nenhum sentido como tato, olfato, paladar, visão
ou ouvir. Pelo que sua realidade seria guiada¿ Você não saberia o que é a
realidade, a não ser pelo que sente. Em nosso dia a dia, dizemos que algo é
real, como um carro passando na rua, porque podemos ver o carro (em nosso
cérebro a imagem do que seria um carro), podemos ouvir o barulho de um carro
(banco de dados de sons), podemos tocar o carro, sentir o cheiro de gasolina,
isto nos oferece evidências de que aquela imagem que estamos vendo é um carro,
mas jamais saberíamos diferenciar uma imagem de um carro em uma simulação de um
carro na realidade, principalmente se o ‘eu’ está imerso nesta simulação como
em uma EQM.
Estes três processos, pode ser
encontrado em qualquer lugar desde a realidade a simulações de nosso cérebro.
Quando eu vejo as experiências religiosas, posso facilmente deduzir que além de
estarem entrando em uma simulação do que a realidade seria baseado naquilo que
eles acreditam, o papel do ‘eu’ é muito importante, pois quanto mais o
religioso adentrar nesta simulação mais real ela vai parecer, e fornecer todas
as emoções, sensações e sentimentos necessários, assim como os processos do
sentido, desta forma o religioso pode dizer que possuí ‘evidências’ de que sua
simulação (ilusão ou cópia do que seria na realidade) seja real. A simulação
nas experiências religiosas se parecem como as experiências que temos no dia a
dia, eles podem dizer que tocaram, sentiram, processaram imagens, mas isso
aconteceu apenas na simulação como uma cópia da realidade ou o que seria a realidade,
e de fato, mesmo que tenha sido apenas uma ilusão criada por seu cérebro, como
um sonho, tendemos a acreditar que aquilo foi real. Religiosos acreditam nestas
simulações como se fossem algo real.
Eventos que podem
causar experiências espirituais
Técnicas de concentração,
meditação ,contemplação e que focam a atenção
Ø Oração
Ø Rituais religiosos
Ø Experiências de quase morte
Ø Exercícios de respiração
(Ex : Pranayama)
Ø Música
Ø Dança
Ø Jejum prolongado
Ø Consumo de substâncias
psicoativas (Como DMT (Ayahuasca), Salvia divinorum, Peiote e várias outras).
Todas são simulações do que seria na realidade,
através dos 3 processos explicados acima.
Partes do cérebro relacionadas a
experiências espirituais
ü Lobo frontal em azul; Lobo
parietal em amarelo; Varias partes do cérebro estão relacionada com
experiências místicas. São elas: *Lobo occipital em vermelho; Lobo temporal em
verde.
ü Lobo parietal : Diminuição
de neuro-sinapses levando a sensação de união como o universo.
ü Lobo frontal : Concentração
ampliada (meditação) bloqueia impulsos neurais externos, como sons, toque, frio
, calor.
ü Lobo temporal : Ativação
intensa de emoção, como alegria extrema.
ü Lobo occipital : Processa
imagens que facilitam praticas espirituais (Símbolos religosos como a estrela
de davi, cruz, velas, etc.) História e Metodologia de estudo.
Cientistas há muito tempo têm
especulado que sentimentos religiosos poderiam estar ligados a lugares
específicos no cérebro. Um dos mais antigos escritos sobre o assunto datam de
1892, nos quais alguns textos sobre doenças cerebrais falavam de uma ligação
entre "emoção religiosa" e epilepsia.
Em estudos na década de 1950 e de
1960 , foram tentados o uso de EEGs para estudar o comportamento das ondas
cerebrais relacionado com estados espirituais. Em 1975, o neurologista Norma
Geschwidn descreveu pacientes epilépticos com intensa experiência religiosa.
Durante a década de 1980s o Dr.
Michael Persinger estimulou o lobo temporal de pacientes humanos com um campo
magnético fraco usando um equipamento que ele chamava de capacete de Deus (God
helmet). Os pacientes relataram ter a sensação de "uma presença celestial
no quarto". Esse trabalho ganhou atenção na época, mas não foi explicado o
mecanismo que causava esses efeitos. Em 1987, Michael Persinger publicou um
livro sobre o assunto intitulado "Neuropsychological Bases of God
Beliefs".
Numa tentativa de focalizar o
crescente interesse no campo, em 1994, o professor Laurence O. McKinney
publicou o primeiro livro com o termo neuroteologia no título:
"Neurotheology: Virtual Religion in the 21st Century" (Neuroteologia:
Religião Virtual no Século XXI), escrito para uma audiência leiga. O livro
ganhou grande interesse de pessoas como o Dalai Lama e o eminente teólogo
Harvey Cox.
Um livro de 1998 sobre o assunto
ganhou muita atenção foi "Zen and the Brain", escrito pelo
Neurologista e Praticante de Zen, James H. Austin.
No final da década de 90, os
neurocientistas Andrew Newberg e Eugene d’Aquili usaram varias tecnicas de
neuroimagem em budistas experientes em profunda meditação, e nos anos
subseqüentes fizeram testes em freiras enquanto estavam rezando. Andrew Newberg
e Eugene d’Aquili escreveram vários livros sobre o assunto:
· em
1999, "A mente mística : entendo a biologia da experiência religiosa"
em 2002, "Porque Deus não
quer ir embora: Ciência do cérebro e a biologia da crença".
· em
2006, "Porque acreditamos no que acreditamos: Descobrindo sobre nossa
necessidade biológica por significado, espiritualidade e verdade"
· em
outubro de 2007, "Nascidos para acreditar: Deus, Ciência, e a origem da
crença ordinária e extraordinária".
Alguns recentes estudos com o uso
de neuroimagem para localizar as regiões no cérebro ativas durante experiências
que os pacientes associam como espiritual. David Wulf, um psicólogo da Wheaton
Universidade de Massachusetts, disse que o "estudo de imagens do cérebro
com os novos e poderosos aparelhos de neuroimagem como o MRIscanner (imagem),
junto com a consistência do histórico de experiências espirituais por várias
culturas, pela história e por religiões, sugerem um ponto em comum , e que isso
reflete a estrutura e processos no cérebro humano. Ecoando antigas teorias de
que sentimentos associados com experiências místicas ou religiosas são aspectos
normais do funcionamento do cérebro sob circunstâncias extremas, e não
comunicação direta com Deus ou outras entidades."
Alguns cientistas dizem que a
neuroteologia pode reconciliar religião e ciência, mas, se não conseguir, a
neuroteologia pode desevolver métodos seguros e precisos de indução a
experiências espirituais para pessoas que nao conseguem tê-las facilmente. Por
causa dos efeitos positivos que essas experiências causam em pessoas que já a
tiveram, alguns cientistas especulam que a habilidade de induzí-las
artificialmente pode tranformar a vida de algumas pessoas, tornando-as mais
felizes, saudáveis e com melhor concentração.
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