Toda crença possuí uma base. Não
importa qual seja ela. Pode ser a crença em Deus ou na Descrença em Deus.
Acreditar que sua Mãe é sua mãe é uma crença. A ideia de propriedade como
filhos, carros, casa, também são uma crença. Toda crença é uma convicção
íntima.
Quando falo sobre a Base Primária,
não me refiro a crença mas sim aquilo que está por trás da crença que faz a
pessoa sentir como se o que é acreditado fosse verdadeiro e também é o que torna a Crença em algo tão pessoal ao qual a pessoa acreditará que seja uma verdade ou sentirá como se fosse uma verdade.
Para que algo faça sentido é
necessário uma base responsável por intensificar algo. A Ideia de ID, oferecida por Freud é muito simples para explicar algo muito complexo.
Essa Base que me refiro, significa a busca por
prazer, felicidade, satisfação, conforto, confiança, que traga equilíbrio emocional,
Vazio Emocional. Diferentemente do que dizem sobre ID, ao afirmarem que não possuí uma 'ordem' ou seja, é desorganizado, eu tendo a negar essa afirmação. Tanto porque ela está fora de um contexto geral, do qual explica na Segunda parte, sobre a Base Primária.
Todas as crenças possuem está
base. Em uma criança, é fácil perceber como
essa base primária se estabelece. O que é certo ou errado para uma criança não
é baseado no que consideramos moral ou não, é baseado naquilo que traga prazer. Quando a Criança não consegue o que quer, as influencias inconscientes criam uma Necessidade e daí é gerado o Vazio Emocional (que é o oposto ao que a base primária deseja) Por causa disso, a criança pode chorar e espernear para receber algo que queira, e isso acontece pois é uma forma da criança buscar o prazer através de algum objeto.
Essa Base primária de buscar
prazer, felicidade, e assim por diante, foi chamada por Freud de ID.
‘O "ID", grosso modo,
correspondente à sua noção inicial de inconsciente, seria a parte mais
primitiva e menos acessível da personalidade.
Freud afirmou:
"Nós chamamos de (...) um caldeirão cheio de excitações fervescentes.
[O id] desconhece o julgamento de valores, o bem e o mal, a
moralidade" (Freud, 1933, p. 74). As forças do id buscam a
satisfação imediata sem tomar conhecimento das circunstâncias da realidade.
Funcionam de acordo com o princípio do prazer, preocupadas em reduzir a tensão
mediante a busca do prazer e evitando a dor. A palavra em alemão usada
por Freud para id era es, que queria dizer
"isso", termo sugerido pelo psicanalista Georg Grddeck, que enviara
a Freud o manuscrito do seu livro intitulado The book of it (Isbister,
1985).
O id contém a nossa
energia psíquica básica, ou a libido, e se expressa por meio da redução de
tensão. Assim, agimos na tentativa de reduzir essa tensão a um nível mais
tolerável. Para satisfazer às necessidades e manter um nìvel confortável de
tensão, é necessário interagir com o mundo real. Por exemplo: as pessoas
famintas devem ir em busca de comida, caso queiram descarregar a tensão
induzida pela fome. Portanto, é necessário estabelecer alguma espécie de
ligação adequada entre as demandas do id e a realidade.’ – Fonte: http://www.psicoloucos.com/Psicanalise/id-ego-e-superego.html
Essa Base primária afeta toda sua
Vida e te afeta a todo momento. A razão de existir tantas crenças ao redor do
mundo, tantas filosofias, tantas ideologias, tantas descobertas e busca por
conhecimento, tem sua base primária como centro.
Esse caldeirão trabalha com a
intensão de sempre lhe dar prazer, satisfação, felicidade, conforto, dos quais
geraram a confiança, trarão esperança, do qual gerará o que chamamos de
Sentido. Podendo ser Sentido da vida ou Sentido naquilo que dizemos ser nossa
propriedade, como por exemplo dizer:
- Objeto - Filho.
- Objeto - Mãe.
- Objeto - Carro.
- Objeto - casa.
- Objeto - coisas.
Todas essas são afirmações que por
trás possuem uma Base Primária para dar sentido para cada um dos
pontos mencionados. Para que isso aconteça é necessário uma ligação entre o objeto e o individuo, ao qual chamo de Vínculo.
O problema é que, temos vínculos com uma quantidade gigantesca de objetos, então porque um objeto possuí maior importância que outro objeto?
Isso é porque os vínculos podem sofrer intensificações. Quanto maior a intensificação (você pensar em questão de forte e fraco se preferir) maior será o significado de um determinado objeto. Como Objeto-mãe x Objeto - Mãe de um amigo.
Para que algo se torne ‘MEU’ com
sentido, é necessário que essa base primária seja direcionada em
direção a um determinado objeto.
Sua família faz sentido pois este
vínculo foi direcionado a ela, o que obrigou está base primária a ser
direcionada para sua família. De tal forma que mesmo que sua família não seja
sua família (da qual acredita que seja), você ainda estaria ligados a eles por
causa desse vinculo e sua intensificação. O convívio diário com algo, nos liga diretamente com este objeto. Com o passar do tempo, este objeto vai ganhando ais valor, vai se intensificando,
Se deseja algo, isso provém da
ideia de posse. A ideia de posse possuí ligação direta com a Base primária, da
qual direcionará prazer, satisfação e felicidade para o objeto de desejo. A
partir deste ponto este objeto de desejo passa fazer sentido, esse sentido fará
você buscar o objeto que ‘sacie’ seu desejo. Caso não consiga taç objeto, o oposto de Equilíbrio Emocional acontece, como o desejo não foi atendido, criasse uma necessidade através do Vazio Emocional. Por isso o individuo tenta se livrar de um problema que surge e o está afetando emocionalmente.
Essa busca insaciável por prazer,
satisfação e felicidade, da qual oferece sentido naquilo que é feito ou sentido
de vida, faz o individuo andar por caminhos mesmo que nada agradáveis ou
imorais.
Por isso muitas pessoas dizem
frases como:
- Entre o certo ou errado prefiro
aquilo que me faz feliz;
- O impossível é uma questão de
opinião;
- Nada é tão errado se te faz
feliz;
Neste nível Primário, é fácil
compreender essas pessoas, pois elas estão seguindo o que a Base primária a
obriga a seguir. De fato, essa não é a verdadeira pessoa, é uma pessoa que
qualquer coisa que faça na vida, ela se permite ser influenciada pelo que sente
como certo.
Nenhuma dessas frases segue o que
é moralmente correto. De fato, a moralidade se torna relativa e é daqui que o
termo relativismo surge.
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