O primeiro passo na manipulação é
a identificação dos condicionamentos do outro. O segundo passo é a descoberta
do agente desencadeador da ação mecânica. O terceiro passo é a
instrumentalização desse condicionamento, a descoberta de situações em que o mesmo
é útil aos propósitos do manipulador. Então basta ‘apertar os botões’ e as
reações se desencadeiam sozinhas.
O Manipulador faz um levantamento
dos condicionamentos comportamentais e dos objetos que exercem atração e
repulsão em sua vítima. Então os utiliza conforme lhe for melhor.
Quando as reais intenções do
manipulador são percebidas, sua imagem sofre um desgaste perante a vítima. Para
recupera-la, este precisará agir como se o objeto de seu desejo fosse altamente
desinteressante (isso te lembra alguma coisa de cafajestes, manipuladores e
canalhas?) e, em seguida, dar continuidade aos atos encantadores (ou seja, é
obrigado a dar alguns passos atrás, para que possa conquistar a confiança da
pessoa novamente).
Na manipulação opera-se por
alternância. Não se opõe força contra a força, mas ao contrário, se intensifica
e instrumentaliza os fluxos de força existentes. A insistência em uma única
direção produz um fluxo de força resistente na direção contrária. A lisonja e o
carinho continuo e excessivo conduzem a irritação e ao fastio da vítima. A
indiferença e o desprezo contínuos consolidam a frieza e o afastamento da
vítima. De qualquer forma, a falta de equilíbrio nas atitudes, pode e irá gerar
um desgaste que poderá ser irreversível. Essa é a razão do manipulador, não
demonstrar totalmente um nem o outro.
O manipulador combina
dialeticamente os opostos: toma atitudes encantadoras ao mesmo tempo em que
simula desinteresse (mais a frente falaremos sobre a diferença entre tirar o
livre arbítrio da pessoa e das pessoas que utilizam as mesmas táticas porém com
a intenção de manter o livre arbítrio da pessoa – Essa é a diferença entre
pessoas de bem e de pessoas dispostas a fazer o mal com outras pessoas por
prazer e egoísmo). É muito importante compreender que todos nós somos
manipuladores, a diferença se utilizamos o que sabemos para o bem ou se
utilizaremos o que sabemos para o mal.
Um manipulador compreende que
opor-se à satisfação do outro é torna-lo inimigo e favorece-la é torna-lo nosso
amigo. Dar livre curso aos desejos alheiros é tornar a si mesmo de algum modo
útil e necessário ao outro.
Contra os próprios desejos, a
resistência dos seres humanos comuns é nula por não terem alcançado uma
maturidade, mentalidade e adaptação ideais. Não se tem noticias de alguém que
se torna inimigo de uma pessoa por ter sido auxiliada pela mesma na satisfação
de seus desejos, sonhos, anelo e etc. Compreendemos assim, que este é um ponto
fraco ao qual nunca se fecha totalmente e com frequência em pessoas simples,
existem poucas barreiras. O que implica que aqueles que possuem poucas
barreiras, são facilmente manipulados. Tal abertura à manipulação é utilizada
pelos malfeitores expertos mas pode também ser aproveitada em casos justos nos
quais precisamos nos defender, nos envolver ou ajudar alguém. A manipulação é
utilizada por todas as pessoas, seja na conquista, na criação dos filhos, com
os amigos e familiares, ao conquistar um trabalho, ao conquistar um
companheiro(a), a questão é se utilizamos a manipulação de forma equilibrada ou
utilizaremos para fazer o mal a alguém.
Uma vez excitada a paixão ou
desejo, seu portador se mobiliza para satisfazê-la, atirando-se em direção ao
objeto cobiçado como um bala de revolver em direção ao alvo. É algo
absolutamente mecânico e irresistível, que até parece mágica para quem não
compreende o que está se passando.
A Apoderação da vontade alheia
Todo comportamento humano
apresenta reflexos ou reações no outro. Tudo o que alguém faz possui a intenção
de provocar sentimentos, pensamentos e ações nas outras pessoas. Seja para
manter o que tem, ou para conquistar o que deseja. Quando cumprimentamos alguém
temos a intenção de fazê-lo crer que somos amigáveis e de sentir empatia, ou
pelo menos, evitar que sinta antipatia. Aquele que escarnece de uma pessoa,
quer induzi-la a se enfurecer ou a se sentir diminuída. O bandido que aponta um
revólver para sua vítima, quer induzi-la a sentir medo. Queremos ostentar luxo
para que os demais sintam admiração ou inveja. A mulher que exibe seu corpo quer provocar desejo. Todos esses
comportamentos, e quaisquer outros comportamentos sociais, são intencionais e
manipulatórios pois visam forçar o próximo a cair em estados emocionais
específicos. O ser humano, ainda inconscientemente, não age sem segundas intenções.
Isso não é, em si, mau, desde que não sirva como meio para prejudicar o próximo
ou atingir fins egoístas e exagerados. As habilidades humanas devem ser
empregadas para defesa legítima ou para o benefício.
Estava aqui pensando sobre a
conquista, já que a mesma também é e faz parte de nossos comportamentos sociais
ao qual tem o intuito de gerar emoções especificas, o que implica que a
conquista/Sedução é um ato manipulador, ao qual pode ser usado tanto para o
bem, quanto para o mau. Qualquer pessoa possuí a conquista e utiliza para
conquistar o que deseja. Não importa quem seja.
A identificação dos rumos
associados pelos fluxos libidinais de alguém permite estreitamente de afinidade
simpática. Os fluxos libidinais são a fraqueza: amores, ódios, anelos e terrores.
Uma vez identificadas as fraquezas, podem ser instrumentalizadas para a
dominação.
A instrumentalização acontece
principalmente pela fala mas também pela expressão fácil e pelas atitudes (dos
quais tem enorme efeito sobre uma mulher na hora de conquista-la). Para roubar
a vontade alheia, o manipulador precisa falar mal daquilo que a vítima detesta,
elogiar aquilo que ela ama e dar-lhe segurança contra aquilo que teme (já parou
para pensar nas pessoas e objetos que tem ao seu redor?). Deste modo, o fluxo
libidinal é intensificado pela junção de fluxos libidinais s e
cria-se uma cadeia magnética (a pessoa passa a buscar o que deseja, acreditando
que está fazendo isso por vontade e desejo próprio).
A eficácia do poder magnético é
diretamente proporcional à vontade impressa no ato. Se o manipulador agir com
vacilação, o elemento passivo não será magnetizado o suficiente. Ao falar-se
com intenso sentimento e concentração, imprime-se força à corrente magnética e
está absorve os fluxos da vontade alheia (em outras palavras, a pessoa passa a
se sentir conectada com aquele que se utiliza de tal discurso e passa a
necessitar de quem discursa como objeto de satisfação pessoal e prazer –
Exemplo, são os cantores famosos e a perseguição de seus fãs).
Em geral aquele que quer se
apoderar da vontade de alguém, costuma primeiramente estreitar sua afinidade
simpática com esse alguém, como fazem alguns vendedores. Para obter tal
estreitamento, as paixões necessitam ser identificadas. Em seguida, se bendiz
aquilo que a pessoa ama e maldiz o que a mesma detesta a fim de se encaixar
perfeitamente na estrutura de suas paixões. Assim a afinidade simpática se
estreita e se aprofunda até um ponto perigoso.
Uma vez que a cadeia esteja ativa,
ou seja, que a simpatia tenha se aprofundado o manipulador se defronta com a
dificuldade de controla-la. O controle é obtido ao se fazer o outro crer que
realizará seus desejos ao adotar os comportamentos desejador pela pessoa. A
palavra joga grande peso nesta etapa.
Uma vez que a vítima esteja
aberta, em guarda baixa, é induzida a acreditar, através do dialogo, nas
vantagens das atitudes que o manipulador quer que a mesma tome. Porém nada
disso será possível se a vítima estiver fechada à influência. O isolamento
simpático atrapalha totalmente este trabalho, e é portanto uma maneira de nos
defendermos de manipuladores ou de atos manipuladores que possam nos
prejudicar. Porém, uma pessoa que não compreende os atos manipuladores, não
conhece a si mesma, e não possuí uma maturidade, mentalidade e adaptação em
níveis ideais, a mesma se torna uma presa fácil, da qual é facilmente
manipulada através das influências e daquilo que sente. Essa é a razão de
cafajestes, canalhas, manipuladores, psicopatas, sociopatas, serem tão influentes
com tais pessoas. Porém, cerca de 90% deles, são incapazes de quebrar as
barreiras impostas por pessoas que sabem lidar com esses manipuladores.
Pessoas que acreditam em destino,
príncipe encantado, que relacionamento tem que durar por muito tempo, que acreditam
em destino, acreditam sem questionar em seus instintos, em amor a primeira
vista, pessoas que são dependentes emocionais, inseguras, medrosas, tendem a
serem as mais fáceis de serem enganados e com frequência são enganadas. As
principais vítimas de canalhas e cafajestes, são pessoas inseguras que
acreditam em um amor ideal. Que acreditam que aquilo que sentem é o que
importa. Essas pessoas são fáceis de serem manipuladas. Por outro lado,
manipuladores se afastam de pessoas que são capazes de desmascara-los e jogar
melhor que eles. Essa é a razão da necessidade do manipulador buscar os mais
fracos para satisfação pessoal.
O desejo mais intenso e profundo
da alma de uma pessoa, por mais sublime, altruísta e maravilhoso que seja, é
seu ponto fraco. Essa é a chave para sua perdição. Essa é a razão de
trabalharmos e melhorarmos nossa maturidade, mentalidade e adaptação, da qual
estaremos preparados para enfrentar os atos manipuladores e colocar barreiras
impossibilitando ou dificultando que alguém chegue até o ponto fraco para
utilizar nossa fraqueza contra nós. Não tem problemas tem pontos fracos, já que
todos nós temos, o que realmente importa é ter a mentalidade correta para
impedir que pessoas com segundas intenções, se aproveitem de nossos pontos fracos.
É revestir com alguma armadura, aquilo que nos enfraquece. Se um inimigo acenar
com a possibilidade de satisfazê-lo, incendiará sua paixão e poderá leva-lo
para onde a pessoa quiser. Por este motivo as pessoas que nos agradam podem ser
tão perigosas quanto as que nos desagradam. Pergunte-se, quais são seus desejos
mais intensos e a resposta irá revelar os meios pelos quais sua vontade pode
ser capturada e manipulada por alguém, tornando-o em escravo ou dependente do
manipulador.
O Caráter auto-dominatório da manipulação
O processo dominatório é
auto-propulsor. Na verdade, não é, em última instância, o manipulador que
domina o outro: o elemento passivo é dominado por seus próprios complexos
(defeitos e ego). Ao ativar suas fraquezas passionais, o criminoso apenas atua
como simples agente facilitador e intensificador de um processo que já existia.
Neste caso o manipulador é como um vendedor de casas, que tem clientes
interessados em comprar uma casa. Tudo que ele tem que fazer é mostrar as
casas, e os clientes decidiram qual comprar. Essa é a ideia de que o
manipulador não domina, apenas atua sobre sua vítima, mas é a vítima (o
elemento passivo) que gera em si tais necessidades.
Na manipulação, o manipulador não
impõe caprichos, anelos e metas contra a vontade da vítima, mas ao contrário,
confere às suas vontades, já existentes como uma utilidade. Não a força a ir
contra si mesma: a joga de cabeça em seus próprios desejos, sonhos e loucuras.
O manipulador será o objeto que oferecerá o prazer que a pessoa já possuí.
Isto, quando utilizado de forma negativa, é um crime contra a pessoa, pois
retira da mesma o libre arbítrio, transformando-a em escrava de si mesma para
satisfazer a vontade daquele que a manipula. Dependentes emocionais são um
ótimo exemplo de como aquilo que sentem, fica a mercê de quem está ao lado
deles.
Para encontrar sentido nas
tendências alheias é preciso imensa experiência com o trato humano e
conhecimento da singularidade do elemento passivo. O manipulador descobre, nas
tendências alheias, convergências com suas metas e não tenta impor, a partir de
suas metas a tendência a ser excitada. Entretanto, tudo dependerá do objetivo.
Se for sua intenção destruir ou abusar do próximo, o que infelizmente é o mais
comum, algumas paixões específicas terão que ser ativadas. Nos casos em que a
intenção é ajudar, outras serão as paixões excitadas. Ativar o gosto pela vida
em um candidato suicida é uma boa ação. Utilizar para obrigar a pessoa fazer o
que bem se entende, é uma má ação.
A partir de certos comandos
específicos, as emoções impelem necessariamente as pessoas em certas direções.
Para conduzi-las inconscientemente nessa mesma direção, basta que se conheça os
comandos corretos e os aplique. A manipulação depende da aptidão de identificar
as tendências que, inversamente à aparência, levem o elemento passivo ao
encontro dos objetivos. Este é o ponto mais difícil. Uma vez que identificada a
tendência correta, tudo flui facilmente mas o trabalho de identificação nem
sempre é fácil, requer grande experiência com o trato humano e conhecimento da
natureza especifica da pessoa a ser manipulada.
As principais paixões
determinantes de um processo manipulatório são as aversões e os desejos. As
aversões correspondem a medos e ódios; os desejos correspondem as cobiças, aos
anelos e aos sonhos. Obviamente, todos os elementos psíquicos se entremeiam. As
aversões promovem antipatia e os desejos promovem simpatia. A vítima sempre
tende a crer mais facilmente naquilo que teme ou deseja. Aquilo que fica entre
o temor e o desejo, geralmente é ignorado.
Contra as formas internas, sem um
preparo adequado, as pessoas são indefesas. Não é necessário manipular tais
pessoas de fora quando se sabe ativar os elementos internos que o levarão a
meta almejada.
Respeitar o livre arbítrio do
outro é permitir-lhe o direito de auto dominação, deixe-lo ser o que é e fazer
o que quer. É respeitar os seus desejos ao invés de tentar fazê-los fluir
contrário. Curiosamente, quando tal se verifica, a pessoa abre a oportunidade
de ser dominada através de si mesma, infelizmente vulneráveis e expostos a
menos que descubram e combatam tanto suas fraquezas, quanto enfrentem
adequadamente aquele que a manipula.
Pode-se corromper as pessoas
através de suas más inclinações (como acontece no crime organizado, corrupção,
tráfico, vícios e etc). Para tanto, basta que o manipulador as acenda por meio
de palavras e gestos. Felizmente, pela mesma via podemos regenerá-las. Entrar
em sintonia com aquele que se pretende dominar é ser capaz das mesmas atitudes
e falas as quais o mesmo está inclinado. A maleabilidade exigida se consegue
apenas por meio de adquirir uma maturidade, uma mentalidade e uma adaptação
ideal. Obviamente se estiver conscientes de nossas fraquezas, e nos
encontrarmos em um ponto de ideal de equilíbrio, não cairemos nos atos
encantadores dos manipuladores.
Lidando com pessoas perigosas, manipuladoras, complicadas e difíceis
Ao lidarmos com pessoas extremamente
perigosas, complicadas ou difíceis, temos que aprender a nos mover entre suas
paixões. ‘Colocar-se na mesma corrente de pensamentos e emoções’, como escreveu
Eliphas Lévi, é ser capaz de simular semelhança e convergência de propósitos. ‘Manter-se
moralmente acima do mesmo’, é estar isolado da mesma influência e não ser
atraído pelo mesmo objeto. Em outras palavras: simular um comportamento com o
cuidado de não ser absorvido e dominado por este comportamento, reforçar as ideias
do outro sem ser magnetizado por elas.
Tudo se resume em estar
interiormente livre para permitir o curso das paixões alheias sem ser afetado e
nem arrastado pela corrente que se cria, mas ao contrário, arrastando-a. Desta
forma somos capazes de nos livrar em si, dos atos manipuladores da maioria das
pessoas.
Os Maus necessitam do sofrimento
dos bons para se satisfazerem. Empreendem imensos sacrifícios para
prejudica-los e até mesmo se expõem a riscos. Quando não conseguem atingir este
intento, muitos deles sofrem emocionalmente pois a energia maligna que criaram
dentro de si não encontra receptáculo
fora e retorna ao seu ponto de partida, podendo inclusive provocar-lhes
doenças, vícios, males e dependência emocional. É deste modo que os nos
atormentam os maus.
Como vencer os manipuladores e pessoas perigosas
Uma pessoa que possuí uma
maturidade, mentalidade e adaptação abaixo do ideal, sempre terá dificuldades
em lidar com manipuladores e com outras pessoas. É inevitável que essas pessoas
não possam fazer nada contra pessoas que estão em um degrau de conhecimento
superior ao delas. Essa é justamente a fraqueza de pessoas simples de nosso
cotidiano, ou seja, podem ser facilmente induzidas a fazerem o que um
manipulador deseja e quer.
A primeira forma de começar a
enxergar as tendências de um manipulador é buscando conhecer como um
manipulador age, pense e deseja. Da mesma forma que nossas fraquezas são nossos
desejos e medos, um manipulador também tem seus desejos e medos, o que implica
se a pessoa está tentando te manipular ou é porque você tem algo que ela quer
ou porque ela tem medo de você.
O segundo passo é melhorar sua
maturidade emocional e não deixar de buscar conhecimento para trazer equilíbrio
para sua vida. O terceiro passo é ser capaz de se impor adequadamente sobre
aqueles que tentam te manipular, desta forma limitando-os.
Uma vez que se compreende ou ao
menos tenha em mente como certas tendências funcionam, somos capazes de nos
afastar dos indivíduos que possuem segundas intenções e nos envolver com
pessoas que realmente queiram um equilíbrio em suas relações.
Para despotenciar e confundir um
manipulador hábil e deste modo nos defendermos, temos que alcançar uma
maturidade, mentalidade e adaptação ideal. Ao fazê-lo, diminuímos e teremos maior
controle sobre as reações mecanizadas e padronizadas, induzindo o manipulador
ao erro. Ao nos estudar, o manipulador de vontades tirará conclusões errôneas a
respeito de nossos padrões de ação e reação. Então ficará surpreso que não
reagimos como ele havia previsto. Tentará repetir outras vezes mas sempre
ficará desconcertado com a ausência de padrões reativos. O interessante é que
uma vez que se compreende o padrão que um manipulador procura, é através desses
padrões que podemos engana-los. Porém, não compreender tais padrões, permite
que o manipulador passe pelas barreiras facilmente e conquiste seu objetivo.
Através de uma maturidade,
mentalidade e adaptação ideal, impedimos que o manipulador penetre em nossa
individualidade. Impede que o manipulador tenha poder sobre nós e nos domine, fazendo-nos de escravos de sua
vontade. Uma vez que o manipulador identifique nossas fraquezas, ele as
excitará até níveis insuportáveis para que suas nefastas consequências se façam
sentir. Em outras palavras, quanto maior for seu sofrimento e dor, maior será o
prazer que o manipulador terá de suas ações.
Um erro muito comum que acontece
com frequência, é que muitas pessoas acabam recompensando comportamentos
negativos de forma positiva. Analisei o caso de uma mulher que era dependente
emocional, e que o marido a traia com frequência, agredia verbalmente e
fisicamente, utilizava o ciúmes para inibir que a mulher pegasse carona ou
conversasse com outros homens, forçava o sexo sem consentimento, enfim,
diversas ações negativas. O que obrigava o manipulador a manter esse
comportamento negativo, era justamente que a esposa estava recompensando
positivamente tais comportamentos negativos ao invés de puni-los.
Ao saber que estava sendo traída,
ao invés de se impor e impedir qualquer próxima traição, a mesma pensava que se
ela oferecesse um sexo melhor o marido preferiria a esposa ao invés da amante.
Ao invés de punir o marido por destruir o vinculo de amizades, a esposa fazia
justamente o que ele queria, ou seja se afastou de toda a família e amigos. Ao
invés de punir o marido saindo de casa quando era agredida por ele, a mesma
continuava debaixo do mesmo teto e fazendo tudo o que o manipulador pedia.
Desta forma, o manipulador percebeu que poderia fazer o que quisesse que receberia
sexo de qualidade, que receberia tudo na mão na hora que quisesse. Ou seja, a
mulher estava motivando o manipulador a continuar com seus atos, fazendo-a
sofrer cada vez mais e mais, aprisionando-a em um ciclo sem fim. Porém, este
ciclo teve um fim quando algumas pessoas ajudaram essa mulher a abrir os olhos.
Hoje ela está em um outro relacionamento equilibrado e sem sofrer como antes.
Conheci muitos homens e mulheres
que sofriam na mão de seus companheiros. Alguns deles entraram em um grau de
depressão muito profundo, e alguns deles cometerem suicídio. Por outro lado, a
grande maioria conseguiu dar continuidade as suas vidas, compreendendo que
certas coisas não poderiam mudar. Muitos deles torcem para que um dia o governo
possua Leis puna tais manipuladores que destroem o bom andamento da vida de
mulheres de pessoas.
Conclusões
As paixões, sem controle, torna o ser humano vulnerável. Os desejos são
paixões e podem nos arrastar.
A mente do apaixonado está viciado através do amor. Do qual se o mesmo
estiver envolvido com alguém que é manipulador, tentará ao máximo tirar o
melhor da pessoa, implantando o sofrimento e a dor.
O apaixonado não é dono de si mesmo, suas ações não lhes pertence.
Não e licito tomar a iniciativa de manipular o próximo, com segundas
intenções de o prejudicar. É licito utilizar a manipulação de forma equilibrada
permitindo assim que a pessoa tenha seu livre arbítrio e faça o que deseja
tendo consciência de suas escolha. Podemos utilizar a manipulação com a
intenção de controlar alguém que utilize a manipulação para se aproveitar das
pessoas.
Nem sempre as pessoas simpáticas querem o nosso bem e nem sempre querem
o nosso mal. Nem sempre as pessoas antipáticas querem o nosso mal e nem sempre
querem o nosso bem.
A força manipuladora flui no cotidiano. O livre arbítrio alheio deve ser
preservado. Evitamos que nossas crenças sejam manipuladas por meio do correto
ceticismo. A temperança, o equilíbrio, a serenidade e a sobriedade são muito
mais recomendáveis do que a exaltação passional.
Não é possível vencer um manipulador, sem compreender as artimanhas da
manipulação. Não se vence um manipulador, sem estar preparado para o enfrentar
de acordo.
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Fonte: Livros de Nessahan Alita (são 5 livros e pode encontrar todos online e totalmente gratuito).
Fonte: Livros de Nessahan Alita (são 5 livros e pode encontrar todos online e totalmente gratuito).
Muito bom!
ResponderExcluirNa veia! Sou abusada por
ResponderExcluirnão ter para aonde ir. Condições de pagar uma renda sozinha. Mas não abaixo a guarda só quando me é conveniente