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terça-feira, 4 de outubro de 2016

O pastor que não compreende o Livre arbítrio



Não é novidade que temos o livre arbítrio. De fato, essa afirmação é correta porém temos que levar em consideração outros fatores que nos influenciam a não ter o livre arbítrio como:

Ø     Sentimentos, emoções, impulsos, tendências, programação biológica e psicológica, instintos, e etc.

Para entendermos melhor vamos pegar o caso de uma mulher que tem uma doença patológica em relação ao sentimento que tem por alguém. Neste caso, a pessoa tem a realidade trocada e sua vida passa a depender exclusivamente do objeto de seu desejo. Mesmo que a pessoa tenha a opção de terminar a relação abusiva o sentimento intenso a obriga a continuar na relação. Nesse caso a mulher tem duas opções:

(a)                   Desistir da relação;
(b)                   Continuar com a relação;

Podemos dizer que ela é livre para escolher os dois lados, porém essa seria uma falha muito comum. A regra diz assim: quanto maior e intenso for o sentimento por algum objeto de desejo (obsessão), menos livre a pessoa é para fazer uma escolha.

De forma simples se o sentimento estiver no nível mais intenso, vamos dizer 100%, a pessoa não seria livre para escolher uma das duas opções acima, de fato a pessoa somente teria uma resposta:

Ø     Opção (b) continuar com a relação;

Outro exemplo muito interessante é quando falamos do amor de mãe para seu filho. A mãe tem duas opções:

(a)                   Amar seu filho;
(b)                   Não amar seu filho;

Porém como sabemos, as mães não escolhem amar seus filhos, o que implica que ela não é livre para escolher amar ou não o próprio filho.

Nosso ponto aqui é bem simples, nós temos o livre arbítrio porém quando mais o sentimento é intenso, menos importante é o livre arbítrio e em alguns casos o livre arbítrio por causa da intensidade sentimental, não existe.

Os instintos, os impulsos, nossa programação que nos faz ser homens, homossexuais ou mulheres, nossas tendências e necessidades psicológicas estão muito além de liberdade de escolha. Se sou programado como homem, logo mesmo que eu tenha opções de deixar de ser homem, não conseguirei. Isso prova de forma simples que o livre arbítrio somente importa quando o sentimento não é intenso e principalmente quando somos capazes de racionalmente, sem interferência ou influência interna ou externa, tomar a melhor decisão.

O livre arbítrio de cada pessoa está relacionado com a resistência emocional da mesma e dos níveis de racionalidade. Quando a razão e a resistência emocional são ignoradas, passamos a agir pelo que sentimos, isso implica que por mais que exista várias opções seremos obrigados a seguir apenas uma.

Você não escolhe amar sua mulher, você simplesmente a ama.


O livre arbítrio existe, só que não existe da forma como as religiões insistem em pregar ou seja, que somos capazes de sempre escolher entre o certo e o errado. Essa crença religiosa surgiu muito antes da compreensão de como o corpo humano e a mente humana, funcionam. Logo esse conhecimento não tem serventia e deve ser reformulado, isso é claro se as religiões desejam sobreviver no futuro. 
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Item Reviewed: O pastor que não compreende o Livre arbítrio Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli