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terça-feira, 4 de outubro de 2016

Padrões do amor – Amar não é uma escolha / Destino é para os fracos



O ser humano, desde a antiguidade aprendeu a separar o sentimento da paixão e do amor. Sendo assim temos diversos padrões esperados em nossa sociedade de como deve ser o amor e também como tem que ser o amor verdadeiro. A religião tem seu próprio padrão para definir o que é o amor verdadeiro, assim como a sociedade em seu nível superficial tem a crença que o amor tem que ser de determinada maneira. Porém ser o que esperam e o que é real, são duas coisas bem diferentes. O amor não funciona como eles aprenderam.

O sentimento varia de pessoa para pessoa. Em algumas pessoas o sentimento será duradouro, enquanto para outros o sentimento pode acabar em meses. Dito isto não existe um padrão que pode ser imposto ao que é sentido, mesmo que tenha seu valor padronizar o amor esperado. Podemos ainda nos apaixonar por diferentes pessoas de formas diferentes. Por algumas podemos ter um sentimento ‘normal’, por outras o sentimento pode ser extremamente intenso. Porém, nem todos podem ter o sentimento intenso, e acontece baseado em certas condições. Por mais que tentemos padronizar o que acreditamos ser o amor, o sentimento prova que, em muitos casos é possível, porém existem muitas variáveis que devem ser analisadas.

Analisar essas variáveis é extremamente importante, caso contrário falharemos em nossa missão. Devemos entender que a maturidade, conhecimento e adaptação interferem na forma como lidamos com nossos sentimentos. Assim como devemos levar em consideração como os sentimentos podem oscilar através das influencias internas e externas. Temos que levar e conta a experiência, a ‘seca’, a necessidade para enfim avaliar mais a fundo o sentimento.

Para piorar um pouco mais nossa situação, temos que avaliar como diferentes pessoas lidam com o sentimento em um relacionamento afetivo. Eu gostaria que fosse fácil tratar sobre o assunto do amor e da paixão, mas é extremamente complexo. Até mesmo, esses dias estava pensando que as pessoas que utilizam padrões como ‘o amor verdadeiro jamais faria isso’, depois de anos aprendi que essa crença é falsa. O que realmente são nossas atitudes, ações, comportamentos, mas principalmente com a forma como nos relacionamos com as pessoas e como lidamos com o que sentimos.

Quando falamos sobre sentimento, sabemos que não existe um jeito certo de amar alguém. A questão que realmente importa é se estamos preparados para lidar com o sentimento ou com a falta do sentimento em diferentes situações.

O que aprendi é que a intensidade do sentimento interfere nas decisões que tomamos. Eu chamo de “ponto sem volta” quando alguém está tão apaixonada pela pessoa que não consegue tomar as melhores decisões baseadas na razão. A pessoa passa a enxergar somente o objeto de seu afeto, e como consequência, nossos pensamentos passam a ser – na maior parte do tempo – voltado para a pessoa de nosso afeto. Nesse caso não tem como dizer se é ou não ‘amor verdadeiro’ pois hoje sabemos que o sentimento tem intensidades diferentes para cada pessoa.

O principal problema com os sentimentos é que eles podem ser facilmente influenciados. Por exemplo, um cafajeste (podendo ser mulher ou homem) é um indivíduo que se aproveita das pessoas psicologicamente para obter aquilo que deseja. Nesse sentido, eles utilizam o sentimento e as necessidades da pessoa como forma de aprisiona-la e obter o que querem. Nesse sentido podemos compreender que existe uma preocupação de muitas pessoas em não serem enganados, pois sabem que a dor sentimental de ter se envolvido com uma pessoa que não deveria será terrível. Quando não criamos resistência baseado na maturidade emocional, em buscar conhecimento e nem nos adaptamos corretamente, estamos criando o cenário perfeito para que certos indivíduos se aproveitem de nossos sentimentos para obter aquilo que desejam. Nossos sentimentos são mais frágeis do que imaginamos, sendo assim, o que podemos fazer é fortalecer as barreiras que nos tornam atentos para pessoas que podem nos ferir. Isso não significa que seremos capazes de suportar qualquer coisa, não. O que isso significa é que cometeremos menos erros dos quais iriam nos ferir sentimentalmente. Nos tornamos aptos a evitar prováveis problemas avaliando nossos potenciais parceiros. É claro que isso não é romântico de dizer, mas é na grande maioria das vezes, a melhor escolha.

Padrão baseado na manutenção de pessoas

Ø     Pessoa A – Baixa manutenção, ou seja, alto nível de conhecimento, adaptação e maturidade. O que significa que é muito bom se relacionar.

Ø     Pessoa B – Média manutenção, ou seja, nível intermediário de conhecimento, adaptação e maturidade. O que significa que pode existir altos e baixos na relação, porém com soluções, ao menos na maioria dos casos.

Ø     Pessoa C – Alta manutenção, ou seja, baixo nível de conhecimento, adaptação e maturidade. O que significa que será muito difícil de lidar com essas pessoas. Elas buscam validação de si mesmas e acreditam fielmente que devemos aceita-las como elas são.

Uma vez que temos o padrão baseado na manutenção de pessoas, temos que compreender que é possível entendemos um pouco melhor como os relacionamentos acontecem:

Ø     Pessoa A se relaciona com pessoa A = Relacionamento perfeito, com poucos problemas, e com a visão no equilíbrio e na relação de longo prazo.

Ø     Pessoa A se relaciona com pessoa B = Pode-se dizer o mesmo acima, com uma  simples mudança: alguns problemas podem surgir pois a pessoa B não se encontra em um alto nível de maturidade, adaptação e conhecimento.

Ø     Pessoa A se relaciona com pessoa C = Pode-se dizer o mesmo que os dois pontos anteriores, porém com uma drástica mudança em alguns pontos, pois a pessoa A tende a causar muitos danos e problemas na relação, por ser uma pessoa difícil de lidar.

Ø     Pessoa B se relaciona com pessoa B = espera-se que a relação consiga se manter por um bom período de tempo, mas como ambos pertencem ao padrão B, é esperado diversas dificuldades na relação.

Ø     Pessoa B se relaciona com pessoa C = nesse caso espera-se muitos problemas, envolvendo brigas, discórdias, e as relações tendem a não durar muito tempo. Nesses níveis mais baixos é comum que o casal possua uma mente mais fechada, e mesmo que se amem, por causa de não desenvolverem suas habilidades afetivas corretamente, acabam falhando em muitas relações. A falta de conhecimento, adaptação e maturidade faz o relacionamento não durar tanto quando deveria.

Ø     Pessoa C se relaciona com pessoa C = Prepare-se para o caos. Tipos assim de relacionamento sempre tem problemas, pois ambos são pessoas difíceis de lidar e não sabem ou não possuem interesse em desenvolver as habilidades afetivas corretamente.

O que quero ressaltar nesse ponto é que cada pessoa no mundo se enquadra em algum padrão envolvendo a pessoa A, B ou C. uma vez que reconhecemos o padrão, podemos nos adaptar e entender o que tem de errado. Isso é claro se queremos manter nossa relação.

Para finalizar, quando observamos os padrões podemos compreender que o sentimento de cada pessoa é o mesmo o que muda é o nível de manutenção e a intensidade do sentimento. Quanto mais intenso o sentimento, maior a tendência de ficarem juntos por muito tempo, mesmo que a relação seja extremamente conturbada. Quando o sentimento não é tão intenso é possível agir mais pela razão, porém pessoas que dão muito valor aos sentimentos ou seja, somente se relacionam por causa do sentimento, acabam entrando na relação por terem sentimento e acabam saindo pelo sentimento diminuir ou acabar. Essas pessoas são as mais difíceis de lidar.

Como grande parte das pessoas acreditam que o ‘amor verdadeiro’ dura para sempre, eles se esquecem que a neurociência já provou que essa crença é perda de tempo. Sem dúvidas encontremos pessoas que nos relacionaremos por muito tempo, porém quanto piores forem nossas habilidades afetivas, maiores são as chances de perdermos a pessoa que amamos. É um fato que o ‘amor’ como sentimento sozinho não vale muita coisa, pois serve apenas para unir duas pessoas, o que realmente importa são as habilidades afetivas que ajudam o casal a se manter unido por muito tempo. Além disso, adiciona-se que o sentimento é apenas uma parte do relacionamento e mesmo que o sentimos acabe é possível manter uma relação saudável.

Acredito que essa parte deve ser extremamente pesada para as mulheres pois o que elas sentem muda o humor e se estão apaixonadas sentem-se completas, porém quando o sentimento acaba ou diminui drasticamente muitas mulheres relatam que ‘não se sentem mais tão completas’ e que o ‘humor’ não é mais tão bom como quando estavam apaixonadas. Isso é normal, pois os sentimentos não foram programados para durar intensamente ou durar por longos períodos de tempo. O que foi descoberto pela neurociência é muito interessante pois mesmo que aquela intensidade acabe, ainda sim, um sentimento de longo prazo será gerado, e esse sentimento é o que consideramos o sentimento do amor. Porém a palavra amor não está relacionada apenas ao sentimento mas também a forma como tratamos alguém independente de nosso sentimento. É nesse ponto que a maioria das pessoas falham, pois acreditam que sem sentimento, não existe amor.


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