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domingo, 6 de julho de 2014

ID, Base Primária e Sentido nos Objetos


Toda crença possuí uma base. Não importa qual seja ela. Pode ser a crença em Deus ou na Descrença em Deus. Acreditar que sua Mãe é sua mãe é uma crença. A ideia de propriedade como filhos, carros, casa, também são uma crença. Toda crença é uma convicção íntima.


Quando falo sobre a Base Primária, não me refiro a crença mas sim aquilo que está por trás da crença que faz a pessoa sentir como se o que é acreditado fosse verdadeiro e também é o que torna a Crença em algo tão pessoal ao qual a pessoa acreditará que seja uma verdade ou sentirá como se fosse uma verdade.

Para que algo faça sentido é necessário uma base responsável por intensificar algo. A Ideia de ID, oferecida por Freud é muito simples para explicar algo muito complexo.

Essa Base que me refiro,   significa a busca por prazer, felicidade, satisfação, conforto, confiança, que traga equilíbrio emocional, Vazio Emocional. Diferentemente do que dizem sobre ID, ao afirmarem que não possuí uma 'ordem' ou seja, é desorganizado, eu tendo a negar essa afirmação. Tanto porque ela está fora de um contexto geral, do qual explica na Segunda parte, sobre a Base Primária.

Todas as crenças possuem está base. Em uma criança,  é fácil perceber como essa base primária se estabelece. O que é certo ou errado para uma criança não é baseado no que consideramos moral ou não, é baseado naquilo que traga prazer. Quando a Criança não consegue o que quer, as influencias inconscientes criam uma Necessidade e daí é gerado o Vazio Emocional (que é o oposto ao que a base primária deseja) Por causa disso, a criança pode chorar e espernear para receber algo que  queira, e isso acontece pois é uma forma da criança buscar o prazer através de algum objeto.

Essa Base primária de buscar prazer, felicidade, e assim por diante, foi chamada por Freud de ID.

‘O "ID", grosso modo, correspondente à sua noção inicial de inconsciente, seria a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade.

 Freud afirmou: "Nós chamamos de (...) um caldeirão cheio de excitações fervescentes. [O id] desconhece o julgamento de valores, o bem e o mal, a moralidade" (Freud, 1933, p. 74). As forças do id buscam a satisfação imediata sem tomar conhecimento das circunstâncias da realidade. Funcionam de acordo com o princípio do prazer, preocupadas em reduzir a tensão mediante a busca do prazer e evitando a dor. A palavra em alemão usada por Freud para id era es, que queria dizer "isso", termo sugerido pelo psicanalista Georg Grddeck, que enviara a Freud o manuscrito do seu livro intitulado The book of it (Isbister, 1985).

O id contém a nossa energia psíquica básica, ou a libido, e se expressa por meio da redução de tensão. Assim, agimos na tentativa de reduzir essa tensão a um nível mais tolerável. Para satisfazer às necessidades e manter um nìvel confortável de tensão, é necessário interagir com o mundo real. Por exemplo: as pessoas famintas devem ir em busca de comida, caso queiram descarregar a tensão induzida pela fome. Portanto, é necessário estabelecer alguma espécie de ligação adequada entre as demandas do id e a realidade.’ – Fonte: http://www.psicoloucos.com/Psicanalise/id-ego-e-superego.html

Essa Base primária afeta toda sua Vida e te afeta a todo momento. A razão de existir tantas crenças ao redor do mundo, tantas filosofias, tantas ideologias, tantas descobertas e busca por conhecimento, tem sua base primária como centro.


Esse caldeirão trabalha com a intensão de sempre lhe dar prazer, satisfação, felicidade, conforto, dos quais geraram a confiança, trarão esperança, do qual gerará o que chamamos de Sentido. Podendo ser Sentido da vida ou Sentido naquilo que dizemos ser nossa propriedade, como por exemplo dizer:

- Objeto - Filho.
- Objeto - Mãe.
- Objeto - Carro.
- Objeto - casa.
- Objeto - coisas.

Todas essas são afirmações que por trás possuem uma Base Primária para dar sentido  para cada um dos pontos mencionados. Para que isso aconteça é necessário uma ligação entre o objeto e o individuo, ao qual chamo de Vínculo.

O problema é que, temos vínculos com uma quantidade gigantesca de objetos, então porque um objeto possuí maior importância que outro objeto?

Isso é porque os vínculos podem sofrer intensificações. Quanto maior a intensificação (você pensar em questão de forte e fraco se preferir) maior será o significado de um determinado objeto. Como Objeto-mãe x Objeto - Mãe de um amigo. 

Para que algo se torne ‘MEU’ com sentido, é necessário que essa base primária seja direcionada em direção a um determinado objeto. 

Sua família faz sentido pois este vínculo foi direcionado a ela, o que obrigou está base primária a ser direcionada para sua família. De tal forma que mesmo que sua família não seja sua família (da qual acredita que seja), você ainda estaria ligados a eles por causa desse vinculo e sua intensificação. O convívio diário com algo, nos liga diretamente com este objeto. Com o passar do tempo, este objeto vai ganhando ais valor, vai se intensificando, 

Se deseja algo, isso provém da ideia de posse. A ideia de posse possuí ligação direta com a Base primária, da qual direcionará prazer, satisfação e felicidade para o objeto de desejo. A partir deste ponto este objeto de desejo passa fazer sentido, esse sentido fará você buscar o objeto que ‘sacie’ seu desejo. Caso não consiga taç objeto, o oposto de Equilíbrio Emocional acontece, como o desejo não foi atendido, criasse uma necessidade através do Vazio Emocional. Por isso o individuo tenta se livrar de um problema que surge e o está afetando emocionalmente.


Essa busca insaciável por prazer, satisfação e felicidade, da qual oferece sentido naquilo que é feito ou sentido de vida, faz o individuo andar por caminhos mesmo que nada agradáveis ou imorais.

Por isso muitas pessoas dizem frases como:

- Entre o certo ou errado prefiro aquilo que me faz feliz;
- O impossível é uma questão de opinião;
- Nada é tão errado se te faz feliz;

Neste nível Primário, é fácil compreender essas pessoas, pois elas estão seguindo o que a Base primária a obriga a seguir. De fato, essa não é a verdadeira pessoa, é uma pessoa que qualquer coisa que faça na vida, ela se permite ser influenciada pelo que sente como certo.

Nenhuma dessas frases segue o que é moralmente correto. De fato, a moralidade se torna relativa e é daqui que o termo relativismo surge.


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Item Reviewed: ID, Base Primária e Sentido nos Objetos Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli