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quarta-feira, 2 de julho de 2014

O Humor deve ter um limite?



Muitas pessoas defendem que o humor é algo que não tem limites. Que pode usar qualquer coisa, para fazer uma pessoa rir.

Sou contra o politicamente correto e sou contra o humor não ter um certo limite. O humor sem dúvidas deve ser utilizado para quebrar paradigmas impostos pela sociedade, mídia, politica e assim por diante. O humor nada mais é do que uma crítica a certos costumes e padrões impostos.

Se o humor não tem limite, aqueles que se utilizam do humor acabam impondo sua vontade acima dos direitos de outras pessoas. Uma coisa é fazer humor em relação a politica, ao trafico ou policia, ao país, a sociedade, outra coisa é fazer um humor que atinja e ofenda pessoas como deficientes mentais (como a piada de Rafinha bastos, que por mais que nos faça rir é uma vergonha, alguém necessitar ir tão baixo para conquistar seus objetivos).

Acredito sim que o humor tenha limites que não deve ultrapassar, como no caso mencionado no paragrafo acima, em contrapartida, o humor é uma excelente ferramenta da qual crítica certas posições e costumes, e isso é excelente.

Por mais que certas piadas sejam engraçadas como a utilizada sobre a Vanessa Camargo e sua gravidez, ela é uma vergonha e uma ofensa, da qual, por mais que tenha feito sentido, é simplesmente algo horrível somente de imaginar o pensamento de uma pessoa ao dizer o que faria com a criança no útero de sua mãe.

Isso não é um paradigma a ser quebrado, isso é um limite ao qual o humor não deve ultrapassar, caso contrário o humor perde o foco da maturidade.

Humor em relação a costumes, sociedade, mídia, religião, ateísmo, teísmo, radio, alguma situação que acontece ou aconteceu, alguma atitude inusitada, tudo isso é válido, mas não espere que eu aceite piadas direcionadas para:

- Pessoas com câncer, aids;
- Deficientes mentais;
- Crianças no útero ou em relação ao estupro.

Em relação a posições de artistas do humor sobre os temas acima, a justiça tem todo o direito de intervir e defender tais pessoas.

Perceba que os argumentos utilizados acima, não é uma posição contra o humor, na verdade é defendendo o verdadeiro humor que não necessita ir tão baixa para conquistar o objetivo que se espera.

Em última análise, sim é possível fazer piadas utilizando os temas propostos acima, sem ofender as pessoas dentro do temas propostos acima. Tudo isso vai depender exclusivamente de que direção o humorista quer seguir.

Um outro exemplo de humor que passa dos limites, são aqueles aos quais utilizam de pornografia em seus shows. Se o show for direcionado a isso, tudo bem, mas ficar pelado em público não é um paradigma que será quebrado pela sociedade, logo por mais que seja engraçado a situação ou a crítica, é algo ofensivo, ao qual, eu me retiraria do show. Como no caso que aconteceu, na entrega dos prêmios aos artistas e músicos.

Um homem (apresentador) colocou duas asas, foi alçado por um cabo, e quando voltaram do comercial, ele foi solto, totalmente nu voando por cima da plateia e caiu em ciam de Eminem. Na hora (com toda a certeza eu faria o mesmo), ao qual, as partes intimas do homem, atingiu a cabeça de eminem (que por mais engraçado que tenha sido foi uma vergonha e uma ofensa da qual nem como brincadeira deve ser aceita).

Depois eminem foi obrigado a fazer uma declaração, dizendo que entendia que aquilo era uma brincadeira, para não passar a impressão de que ele ‘não suporta as brincadeiras utilizadas pelo humor’.

Eu teria processado o show e os responsáveis por tal brincadeira, que tenho certeza que nem por brincadeira os meus amigos ou amigos deles, colocam as partes intimas ou encontram as partes intimas em mim, quanto menos um estranho faria isso. E se você é uma das pessoas que defendem que o humor não deve ter limites, sua posição é tão estupida quanto o cara saltando nu em cima de alguém.

Existem certos limites que não devem ser ultrapassados e outros que é uma OBRIGAÇÃO E DEVER DO HUMOR ultrapassa-los.

Obrigado por ler. Atenciosamente Gabriel Melo.


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Item Reviewed: O Humor deve ter um limite? Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli